11.20.2012

MAIORIA DOS PORTUGUESES FORA DO MERCADO DO TRABALHO


Economia

MAIORIA DOS PORTUGUESES FORA DO

 MERCADO DO TRABALHO

A maioria dos portugueses não trabalhava em 2011, de acordo com ocensos definitivos divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Eram 52 por cento do total da população, num conjunto onde se inserem estudantes, domésticos, pessoas com menos de 15 anos e reformados. Um total de 5.492.332 pessoas que estavam fora do mercado de trabalho.

Já 42% do total de portugueses, 10,562 milhões, estava a trabalhar e apenas 6% encontrava-se desempregado.

Pelas contas do INE, a maioria das pessoas empregadas eram homens (52%, contra 48% de mulheres). Pelo contrário, no cenário dos reformados, a maioria era feminina (51% de mulheres, 49% de homens), assim como na população «doméstica» (98% mulheres, 2% de homens).

Cerca de 5,5 milhões de pessoas estuda, ou é doméstica ou já está reformada
Mais de 500 mil vivem com ajuda do Estado

Quanto à principal fonte de rendimento, o grande peso vai para o salário. Cerca de 48% dos portugueses vive do seu trabalho, seguindo-se as pensões e reformas para 27% das pessoas.

Já 6% dos portugueses, cerca de 512 mil pessoas, tinham, em 2011, como principal meio de vida os apoios do Estado - subsídio de desemprego (3,3%), rendimento social de inserção (1,2%), apoio social (0,4%) e outros subsídios (0,8%).

Há ainda 18% dos portugueses que vive a cargo da família e 0,4% que vive de rendimentos da propriedade.

Perfil do trabalhador português

Ainda em relação ao mercado laboral, 81% trabalhava por conta de outrem. Destes, 18% cumpriam um horário semanal de 45 horas ou mais, concluiu o INE.

O grande foco do trabalho vai para o setor dos serviços, com as áreas do comércio, alojamento, transportes e comunicações a atrair 30% da população ativa em Portugal.

As atividades financeiras e imobiliárias concentravam 11% do emprego, a indústria 18% e a construção civil 9% do total de mão-de-obra empregada.

Já somente 3% das pessoas no mercado de trabalho se dedica à agricultura e pescas. 

Casa e carro: compras eleitas pelos portugueses

Ainda a pintar o quotidiano dos portugueses está o uso elevado do automóvel - 62% anda diariamente de carro - enquanto o uso generalizado de transportes públicos, bicicletas e motos diminuiu na última década.

Também as habitações são, na sua maioria, compradas e habitadas pelo proprietário, tendo os edifícios destinados à habitação aumentado 12% - para 3,4 milhões - e os alojamentos crescido 16% - para 5,9 milhões.

Além disso, as residências secundárias também aumentaram, representando já 19,3% do parque habitacional do país - 1.133.300 casas.

Já o arrendamento representava, no ano passado, 20% do total, sendo Lisboa a região com maior peso.

De acordo com o INE, a maioria das casas arrendadas custava, em média, 200 a 400 euros mensais (36% dos arrendatários pagava esta renda), com a grande parte dos contratos ser de duração indeterminada. Os contratos a prazo certo representavam 31,6% do total e os de renda social ou apoiada apenas 8,6%.

Falta ainda a atenção para as pessoas com mobilidade condicionada - cerca de 59% dos edifícios não tinham uma entrada acessível para estes casos.



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