11.21.2012

Heliflex conquista 39 países em quatro décadas de existência



Heliflex conquista 39 países em quatro décadas de existência

Data de Publicação:Durante 37 anos, a Heliflex pertenceu a um grupo multinacional. Mas em Fevereiro de 2007 passou a ser, na totalidade, de capital português. Nessa altura, a empresa de tubos e mangueiras de Ílhavo, apostou na internacionalização. Hoje marca presença em 39 países espalhados pelos cinco continentes: Europa (França, Holanda, Irlanda, Hungria, Bulgária, Polónia, Roménia, Suíça, Croácia, Eslovénia, Moldávia, Itália, Dinamarca, Finlândia, Chipre, Grécia, Alemanha, Suécia, Espanha, Grã-Bretanha, Portugal), África (Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Marrocos, Argélia, Tunísia, Gana, Maurícias, Senegal), América (Brasil, Chile, Venezuela, Peru) e Ásia (Israel, Rússia, Irão, China). O grosso da produção é para exportar sendo que o conteúdo técnico, a imagem e a qualidade é o que distingue um produto Heliflex dos demais.

 

Numa empresa com quatro décadas, certamente foram muitos os projectos. Como é que foi o desenvolvimento da Heliflex?

A Heliflex nasceu de uma forma muito simples. Foi numa feira de agricultura em Paris que um sócio da firma Henrique Vieira & Filhos, Lda (Henrique Simões Vieira) teve contacto com o grupo A. G. Petzetakis, S.A., de origem grega, que oferecia a gama de tubos desejada. Neste contacto, a multinacional grega mostrou-se interessada numa possível representação em Portugal, estando assim lançada a semente que frutificou rapidamente, vindo, a 1 de Setembro de 1969, a nascer a Heliflex Portuguesa (Tubos Flexíveis), Lda, que, posteriormente, passou a ser Heliflex Petzetakis Tubos, S.A. A 6 de Fevereiro de 2007 assumiu a actual designação social: Heliflex Tubos e Mangueiras, S.A. Contudo, num congresso de representantes em Atenas, com a participação dos anteriores gerentes, Acácio Vieira e Anselmo Santos, nasceu a ideia, que se veio a concretizar, da criação de uma unidade produtiva, que acabou por suceder a 1 de Janeiro de 1971. Foi o primeiro momento alto de um projeto credível e ambicioso. 
Desde então, a Heliflex tem, progressivamente, introduzido no mercado uma gama variada de produtos com alto nível técnico e de qualidade, aspetos estes que sempre pautaram a sua imagem de marca, garantindo a liderança no mercado.

Quantos anos após a criação da empresa é que aconteceu a internacionalização?

Convém aqui fazer um pouco de história… 
Durante 37 anos a Heliflex pertenceu a um grupo multinacional, A.G. Petzetakis S.A. (detentora desde Setembro de 1969 a Fevereiro de 2007, de 51por cento do capital social da Heliflex), pelo que a cultura internacional fez-se logo sentir desde o seu nascimento. As regras de organização dos espaços internacionais impuseram limites à internacionalização da empresa, dado que o grupo detinha fábricas e delegações/parcerias em vários países. Aquando da passagem da Heliflex para capital 100 por cento português (em Fevereiro de 2007), a aposta na internacionalização ficou claramente marcada, já que todos os países se tornaram potencialmente receptores dos produtos da Heliflex. 
A cultura de abertura (com o grupo multinacional) a outros mercados, que não unicamente o mercado doméstico (português), a visão dos então Administradores, não só com vista ao crescimento e ao óbvio lucro, bem como a extensão do ciclo de vida dos produtos (em declínio nuns mercados e em outros em crescimento) foram as principais razões que estiveram na origem da internacionalização da Heliflex. A especialização em produtos técnicos, para segmentos específicos que não se encontram facilmente no mercado doméstico, e a sua busca em mercados externos, estiveram também na origem da internacionalização da Heliflex, o que justifica outra razão ainda: a pequenez do mercado doméstico. 
A estratégia de internacionalização da Heliflex focaliza-se no crescimento e expansão, o que passa pela criação de filiais com investimento misto (quer comercial, quer industrial); parcerias com clientes (não com contratos de exclusividade formais, mas com claro respeito por áreas geográficas de exploração comercial); representantes que detém o controlo do canal de distribuição e das especificidades do país, funcionando como comissionistas.

Quais os primeiros mercados na internacionalização?

O início da internacionalização da Heliflex, com excepção dos negócios estabelecidos intercompanies, deu-se com Espanha e Marrocos, países mais próximos geograficamente. Logo de seguida os PALOP.

Quais os mercados até hoje conquistados?

Actualmente, a Heliflex actua em vários mercados internacionalmente, em quatro dos cinco continentes existentes: Europa (França, Holanda, Irlanda, Hungria, Bulgária, Polónia, Roménia, Suíça, Croácia, Eslovénia, Moldávia, Itália, Dinamarca, Finlândia, Chipre, Grécia, Alemanha, Suécia, Espanha, Grã-Bretanha, Portugal), África (Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Marrocos, Argélia, Tunísia, Gana, Maurícias, Senegal), América (Brasil, Chile, Venezuela, Peru) e Ásia (Israel, Rússia, Irão, China), o que perfaz 39 países.

Em que países pretende a Heliflex marcar presença?

Actualmente, a Heliflex centra-se na conquista de novos clientes e novos mercados, mas também na consolidação dos clientes/mercados actuais. Nesta estratégia de internacionalização global, que passa não só pela conquista ‘simples’ de clientes (grandes distribuidores), como pela criação de filiais, a América do Sul torna-se mais apetecível até porque equilibra a sazonalidade produtiva da Heliflex no seu posicionamento mais europeu.

Qual o volume de facturação?

Em 2011, a facturação rondou os 11,7 milhões de euros.

A nível de exportação, qual o montante?

Para fora de Portugal vai 53,9 por cento da produção.

Quantos funcionários tem a Heliflex?

Emprega cerca de 110 pessoas.

O que distingue os vossos produtos dos demais?

Os nossos produtos distinguem-se da concorrência pelo seu conteúdo técnico, pela sua imagem, pela sua qualidade.

Quais são projectos para 2012?

É intuito da equipa colocar a Heliflex, em todo o mundo, como referência na fabricação de tubos, mangueiras e sistemas de rega, pelo que o principal desafio e actual da empresa é o desenvolvimento e expansão internacional. No futuro esperamos dar continuidade a esta linha, sobretudo tendo em vista a expansão internacional da Heliflex e a melhoria dos rácios de rentabilidade.
 

Inovação. Que produtos estão pensados para esta área?

Todos os anos a Heliflex lança no mercado, em média, três novos produtos, fruto da nossa I&D, know how e investimento tecnológico. Este facto relaciona-se com as quatro grandes vantagens competitivas da Heliflex face à concorrência. 
Em 2012 toma destaque a tecnologia no fabrico da gama de mangas planas, calibradas a ar, para sistemas de rega: monoflat e airflat. Em www.heliflex.pt poderá consultar em específico estes produtos.

A empresa já recebeu distinções? Quais?

Sim, várias: desde PME excelência durante vários anos, várias distinções ao nosso stand em várias feiras, Top 200 Companies Portugal Offer, IPAM: Prémio Business to Business, Produto do Ano, entre outros. 
É uma empresa certificada (pela norma mais recente, ISO 9001:2008), com vários produtos certificados.

É habitual a participação em feiras e em outros eventos empresariais?

Sim. Em várias feiras, quer a nível nacional, quer a nível internacional, nas quatro áreas de negócio onde estamos presentes com a nossa gama de produtos. Consideramos que as feiras constituem um veículo importante de entrada. 
Eventos empresariais também marcamos presença, quer relacionados com o nosso core business, quer de âmbito mais geral, organizados por exemplo pela ANQIP, AIDA, APCER, instituições de ensino, etc. No nosso site e/ou blog poderão ter acesso a todas as iniciativas onde estamos representados (www.heliflex.pt ou www.heliflex.blogspot.pt).

Quais os principais clientes nacionais e internacionais?

A Heliflex actua em contexto business to business, dirigida a distribuidores e grandes armazenistas e grandes superfícies especializadas em bricolage, jardim e materiais de construção, com marca da Heliflex e/ou marca própria do cliente. Vendemos directamente apenas a fabricantes e grandes utilizadores.

Sem internacionalização e tendo em conta a crise que o País atravessa, acha que seria possível a sobrevivência da Heliflex?

Tal como verificámos nas questões anteriores, de facto a Heliflex quando se abriu ao mercado internacional, sem quaisquer obstáculos, a faturação em exportação tem vindo a aumentar face à facturação no mercado nacional. Hoje representa uma parte importante do volume total de facturação da Heliflex, acima dos 50 por cento, pelo que tem sido o volume de exportação que tem equilibrado quer o nosso nível produtivo, quer o nosso nível de facturação.

De todos os mercados qual o mais importante?

Não existe, para a Heliflex, um produto mais importante, um cliente mais importante, um mercado mais importante. Toda a nossa gama de produtos, todos os nossos clientes, todos os mercados e segmentos onde estamos presentes carecem e merecem toda a nossa atenção.

Os produtos são para que áreas?

Porque a nossa gama de tubos e mangueiras é extensa, sentimos necessidade de a dividir em quatro grandes áreas de negócio, pelo que surgiu a Heliflex casa-jardim, Heliflex agro, Heliflex tecno-indústria e Heliflex construção. 
Agricultura (sucção, transporte de água, rega pulverização agrícola) 
Jardins e casa (rega jardins, piscina e acessórios) 
Indústria alimentar (tubos não tóxicos) e indústria em geral (ar comprimido, gás) 
Construção civil e obras públicas (saneamento básico e abastecimento de água).

Qual o produto imagem de marca da Heliflex?

A Heliflex como empresa quando foi criada tomou o nome do primeiro tubo que fabricámos em Portugal: o tipo heliflex, com espiral flexível e rígida. Referimo-nos ao ‘tipo’ porque o tubo do tipo heliflex encerra em si uma gama extensa de produtos, tal como heliflex sl, heliflex lg, heliflex md, heliflex ind (conforme se é para sucção ligeira, média ou pesada), heliflex pu (com poliuretano), heliflex anti-estático (com integração de arame anti-estático), heliflex com a espira em arame de aço, entre muitos outros.

A matéria-prima para a produção vem de onde?

Na sua maioria vem do mercado internacional, uma vez que a oferta nacional carece de produtores de matérias-primas necessárias à nossa área de negócio.

Como é contornada a concorrência?

Com inovação, qualidade, assistência/apoio técnico e imagem de marca. 
No modelo de negócio destacamos os fatores críticos de sucesso do core business: Serviço, Canais de distribuição e Qualidade. 
O cliente desta área de atividade exige dos produtores um serviço que lhe dedique atenção e assistência técnica quase permanente, para que possa aconselhar a aplicação mais correta e acrescentar valor na cadeia de distribuição. A logística, a garantia da funcionalidade técnica e o preço são outras qualidades apreciadas neste mercado. Para que a empresa produtora se possa diferenciar face à concorrência, deverá apostar nestes critérios. Os prazos de entrega são quase elementos decisores no processo de compra e por isso fatores imprescindíveis na diferenciação no mercado face à concorrência. É uma componente importante do serviço de uma empresa produtora e que hoje conhece um ritmo de crescimento grande, face às plataformas de logística que as empresas de transportes oferecem. Sinal de evolução a ser agarrado pelas empresas com visão estratégica. 
Especificamente, a gestão da Heliflex centra-se em quatro vantagens competitivas: Qualidade dos produtos, Capacidade técnica, Capacidade de produção, Capacidade financeira. 
Detetar novas soluções e novos materiais são as directrizes da Heliflex no mercado, orientando a sua atenção para o cliente, para os segmentos de mercado especializados/técnicos, sempre com a óbvia articulação entre a qualidade, técnica e comercial. Destaque para a abrangência da gama e a proximidade com os nossos clientes. 
A capacidade tecnológica, aliada à capacidade de produção instalada constituem 2 fatores fundamentais no crescimento da Heliflex. 

 
NB: A Heliflex é uma conceituada empresa sediada no Concelho de Ílhavo, aliás, como confirma esta entrevista. Uma empresa com elevado sentido de responsabilidade social.


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