8.28.2012

Comunicado da ADASCA à Imprensa sobre o Estatuto do Dador de Sangue


Comunicado da ADASCA à Imprensa sobre o Estatuto do Dador de Sangue

Desde que o Estatuto do Dador de Sangue foi publicado no Diário da República a 27 do mês em curso, a imprensa escrita de âmbito nacional, incluindo as Televisões, tem vindo frequentemente a publicar apenas declarações de duas pessoas a saber: Dr. Hélder Trindade (Presidente do IPST), e do Sr. Joaquim Moreira Alves (Presidente da FAS), como se fossem os principais obreiros que deram origem ao Projecto que motivou a aprovação na Assembleia da República daquele Estatuto, o que não é verdade, merecendo assim a mais profunda contestação da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro – ADASCA.
Face ao exposto, de acordo com artigos 24º, 25º e 26º da Lei de Imprensa (Lei nº 2/99 de 13 de Janeiro), requeremos o direito ao esclarecimento e dissociação clara daquelas declarações com base no seguinte:
1 - Consultando o arquivo de recortes de imprensa que a ADASCA tem vindo a organizar, onde consta uma diversidade de declarações das pessoas acima referidas, constatamos que o primeiro recentemente desvalorizou a aprovação do dito Estatuto, o segundo nunca fez parte integrante do Grupo de Trabalho, nem subscreveu a Campanha Nacional para Angariação de Assinaturas, tendo até ofendido aqueles elementos, tratando-os de criminosos, quando os mesmos revindicaram a reposição da isenção da taxas moderadoras aos dadores nos serviços hospitalares, no inicio de Fevereiro do corrente ano.
2 – Tanto o Dr. Hélder Trindade como o Sr. Moreira Alves, deviam ser mais prudentes nos comentários que fizeram sobre o presente Estatuto do Dador de Sangue, tendo em consideração que ambos pouco ou nada fizeram para a agora existência do mesmo, e passar posteriormente a ser aplicado por força de Lei.
3 – O Sr. Moreira Alves vem publicamente aplaudir o quê? Com que autoridade moral se arroga a chamar a si ou à federação que representa um objectivo, pelo qual nada fez? Classificamos esta atitude como uma clara usurpação indevida, com o beneplácito da comunicação social, o qual merece da parte desta associação o mais veemente protesto e indignação, a que não podemos ficar indiferentes.
4 – Esta postura vai ser alvo de apreciação no decorrer da 2ª. Convenção Nacional de Dadores de Sangue que vai decorrer no dia 22 de Setembro em Viana do Castelo, que esperamos merecer a melhor atenção dos mesmos órgãos de comunicação social que se disponibilizaram a dar cobertura a quem não devia, preterindo pela negativa quem tudo fez pela existência deste Estatuto.
5 – O Movimento de Associações de Dadores de Sangue, do qual a ADASCA faz parte integrante desde o seu surgimento, é que solicitou aos partidos com assento na Assembleia da República, incluindo a Comissão Parlamentar da saúde um conjunto de reuniões, e no decorrer das mesmas foram entregues mais de 4000 assinaturas de dadores de sangue e dirigentes associativos, para que fosse reposta a isenção das taxas moderadoras, onde o Sr. Moreira Alves nunca esteve presente, como prova a foto em anexo.
6 – Ao contrário do que se tem vindo a fazer crer pela pessoa do Dr. Hélder Trindade, através da comunicação as social, a principal causa da redução brutal de dádivas de sangue, reside tão-somente na retirada da isenção das taxas moderadas, que devia ser vista como um mero incentivo à dádiva de sangue, e nunca como uma contrapartida financeira, ou coisa que o valha.
7 – O usufruto daquele benefício motivou durante anos milhares de pessoas a aderir à dádiva de sangue, pelo que merece ser sempre destacado não só pela ADASCA como ainda pelo Movimento de Associações de Dadores de Sangue, que se pauta pela total independência em matéria natureza partidária ou religiosa.
8 – Com a não inclusão da isenção das taxas moderadoras no supracitado Estatuto do Dador de Sangue, jamais o IPST vai ter de regresso os dadores regulares, como acontecia antes. Os valores que o Ministério da Saúde começou a cobrar aos dadores nos hospitais, são um montante irrisório, comparativamente com os prejuízos acumulados.
9 – O IPST na pessoa do seu Presidente, tem vindo a revelar uma clara falta de consideração pelas campanhas de sensibilização para a dádiva de sangue, promovidas pelas associações de dadores a nível nacional, sendo a ADASCA das tais.
10 – Reiteramos o nosso protesto pelas declarações feitas pelo Dr. Hélder Trindade coadjuvado pelo Sr. Moreira Alves, quando estes se arrogam a chamar a si a concretização de um objectivo, para o qual em nada contribuíram. Encontramo-nos assim perante uma usurpação clara, que se devia transformar num crime de natureza moral.
Tomamos a iniciativa de convidar desde já toda a comunicação social, para estar presente na 2ª. Convenção Nacional de Dadores de Sangue que vai decorrer no dia 22 de Setembro na linda cidade de Viana do Castelo, ai sim, as razões do nosso descontentamento vão ser dadas a conhecer, elas são bem diferentes daquelas que por vezes surgem na imprensa.
Esperamos que o direito de resposta seja integralmente respeitado, repondo assim a verdade integral neste assunto.

Cordialmente,
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Tm: 964 470 432
Site: www.adasca.pt
Blog: aveiro123-portaaberta.blogspot.com

Aveiro, 28 de Agosto de 2012

Contactos:
Alberto Mota – Tm: 939 337 289
(Presidente da Direcção da Associação de Dadores de Sangue de Guimarães)

José Passos – Tm: 934 883 408
(Presidente da Direcção da Associação de Dadores de Sangue do Distrito de Viana do Castelo).

8.27.2012

Menos 20 Mil Unidades de Sangue entre Janeiro e Julho


Saúde
Instituto do Sangue colheu menos 20 mil unidades entre Janeiro e Julho
27.08.2012 - 08:40 Por Alexandra Campos

Quebra nas colheitas acentuou-se quando os dadores perderam a isenção do pagamento de taxas moderadoras nos hospitais (Foto: Nuno Ferreira Santos)

Quebra nas dádivas continua, mas os meses de Verão têm decorrido sem grandes problemas, graças às campanhas entretanto lançadas, que permitiram conquistar 4800 novos dadores num mês.

A quebra acumulada nas dádivas de sangue continua a ser muito expressiva: entre Janeiro e Julho, o Instituto Português de Sangue e Transplantação (IPST) colheu menos cerca de 20 mil unidades do que no mesmo período do ano passado, uma diminuição da ordem dos 15%.

Apesar deste decréscimo, o Verão – que tradicionalmente é um período difícil porque muitos dadores estão de férias – tem decorrido sem grandes sobressaltos, garante o presidente do IPST, Hélder Trindade.

"Este ano estamos a viver no limite", admite, porém, Hélder Trindade, ao mesmo tempo que sustenta que a situação está sob controlo. A meio da semana passada, por exemplo, a reserva era superior a oito mil unidades de sangue, o que em teoria dá para uma semana, dado que a média do consumo diário ronda as 1100 unidades. Não é o ideal, mas é o suficiente para evitar a necessidade de fazer alertas públicos, afirma o responsável, que precisaria de ter mais de nove mil unidades na reserva para ficar tranquilo.

A explicação para este aparente paradoxo - o não haver quebras alarmantes nas reservas em Agosto apesar da diminuição acentuada das dádivas de sangue desde o início do ano - reside nos resultados obtidos graças às 12 medidas que foram lançadas pelo ISPT no início do Verão. "Em cerca de um mês [entre Junho e Julho], conseguimos 4800 novos dadores", exemplifica o presidente do instituto, que não consegue, todavia, contabilizar quantos dadores habituais se terão perdido este ano.
Em 2011, já se tinha verificado uma quebra ligeira nas colheitas de sangue, mas foi a partir do início deste ano que a situação se complicou, depois de os dadores terem perdido a isenção do pagamento de taxas moderadoras nos hospitais (a isenção mantém-se apenas nos centros de saúde). Esta tem sido, aliás, apontada como a principal razão para o decréscimo observado nas colheitas, somada à dificuldade sentidas pelos dadores para suportar os custos do transporte até aos locais de colheita.

Nos últimos meses, tem havido alguma recuperação - em Julho, por exemplo, a quebra foi já de 10% face ao mesmo mês de 2011, mas o certo é que a diminuição continua. “Em Lisboa e no Porto foi possível recuperar, mas na região Centro e sobretudo nos meios rurais está a ser difícil [voltar aos níveis habituais] ", concretiza Hélder Trindade.

Doze medidas

Para tentar contornar este problema, no início do Verão foram apresentadas 12 medidas, que incluem uma campanha a nível nacional de sensibilização e apelo à dádiva, um call center para contacto directo com os dadores de sangue, brigadas de recolha nas praias, em vários centros comerciais, em todas as etapas na Volta a Portugal em Bicicleta e até em várias estações da CP. "Nunca se lançaram tantas campanhas seguidas", destaca o presidente do IPST.

Foi, entretanto, criado um sítio na Internet (darsangue.pt) onde os interessados podem consultar os locais e horários das colheitas, nomeadamente das brigadas móveis por distrito e dos hospitais.

A quebra nas dádivas de sangue já se tinha verificado nos últimos meses do ano passado, ainda que a diminuição fosse ligeira (menos 2%, ou seja, 8685 unidades). Os três centros regionais do IPST são responsáveis por cerca de 60% das colheitas, sendo o restante sangue colhido nos serviços de vários hospitais do país.

O Hospital de S. João (Porto), o que faz mais colheitas a nível nacional, também lançou este Verão uma campanha para motivar os dadores e em Setembro vai avançar com uma aplicação para iPhones e smartphones. Os valores têm-se mantido mais ou menos semelhantes aos de Agosto de 2011, afirma o director do Serviço de Imuno-hemoterapia, Fernando Araújo, que lembra que o S. João continua a enviar sangue para Lisboa, onde a falta continua a ser mais acentuada.

Depois de, no passado, se ter feito uma grande aposta nesta área e se ter conseguido atingir "um ponto de equilíbrio, 2012 está a ser um ano de enorme instabilidade, com alertas sucessivos", lamenta. "Este ano temos estado sempre em crise".

 Notícia publicada na íntegra às 14h30
Fonte: Jornal “Público”

Comentários1 a 3 de 3 Escrever Comentário
Anónimo, Lisboa. 27.08.2012 10:27
Dar sangue.....
Antigamente, quem dava sangue, costumava ter o dia como benesse para descansar e recuperar. Hoje, a pessoa que vai dar sangue é vista como "mais um malandro que não quer trabalhar nesse dia". O que fizeram as pessoas que estão na assembleia, que se calhar nunca deram sangue na vida "Vamos acabar com esta malandragem que dá sangue, acabou-se o direito ao dia." Aproveitaram e fizeram também o seguinte: "acabamos também com a isenção nas taxas moderadoras" E assim se fez história, quem dava sangue e fazia o seu contributo para uma sociedade justa, deixou de ser uma pessoa honesta e válida e passou a ser mais um malandro e um aproveitador do sistema, que como tal não deve ter qualquer benesse na sua dádiva.

João , Lisboa. 27.08.2012 10:17
Aquisição ao estrangeiro
Humm, como estará o negócio de compra de sangue ao estrangeiro? É que para mim a supressão de parte da isenção aos dadores, que é nitidamente o motivo da diminuição das dádivas, tem mesmo como objectivo aumentar o volume de aquisição a outros países. Pois é, negócios de Estado com afilhados pelo meio. A questão da isenção nem sequer se deveria pôr, tanto para os dadores como para qualquer outro português, simplesmente se deveria ser de livre acesso, porque todos os serviços de saúde sempre foram pagos pelos nossos impostos, e, importante salientar que antes de aparecerem as taxas moderadoras, os impostos chegavam plenamente para todos os serviços de saúde, depois de começarmos a pagar as taxas moderadoras, começámos a ter menos serviços disponíveis e a pagar cada vez mais impostos.

Spitzer , Margem Sul. 27.08.2012 10:00
Sangue à borla?
Se tudo se vende. porque é que o sangue se «dá»? Se a saúde é para ser um negócio, porquê «doar» os meus órgãos? Porque não vende-los? Querem transformar a saúde num «business»? Então vamos a isso.

Reportagem no Diário de Notícias: Campanhas conseguem 4800 novos Dadores de Sangue


Reportagem no DN: Campanhas conseguem 4800 novos Dadores de Sangue

Li e voltei a ler a reportagem que o Diário de Notícias (DN) divulgou no pretérito dia 24 de Agosto, preenchendo as páginas 4 e 5 cujo título podia ser outro para além do que consta em epígrafe.
Antes de avançar com algumas considerações, é da mais elementar justiça expressar por este meio os meus parabéns à Jornalista Ana Maia, pela forma como construiu do ponto de vista pedagógico a extensa reportagem, elucidando assim os leitores deste prestigiado órgão de comunicação, de qual fui leitor dezenas de anos.
Mais 4800 dadores de sangue conquistados entre o dia 4 de Julho a 4 de Agosto, na opinião do Dr. Hélder Trindade são como uma cereja em cima do bolo da noiva: todos a querem comer, aliás, mais do isso, é ouro.
Adiante diz que “é fruto das últimas campanhas e do alerta lançado há alguns meses, quando as reservas de sangue desceram a mínimos perigosos”. Face a esta declaração é caso para perguntar: quem promoveu as campanhas e onde decorreram?
Quem desenvolveu as campanhas de rua? É fruto dos contactos do call center ou do novo site que em termos de qualidade deixa muito a desejar? O Dr. Hélder aproveitou a reportagem para enviar um agradecimento a todos quantos ajudaram no aumento de dádivas versus dadores de sangue. Não lhe fica mal este gesto de reconhecimento público. Contudo, ficamos sem saber quem participou ou promoveu as referidas campanhas de norte a sul. Como vem sendo habitual, muitos trabalham para uns poucos colherem os frutos. É típico assim acontecer neste País.
No âmbito das suas declarações, avança com mais uma novidade (?), entre tantas outras desde que lhe foi conferida a tomada de posse na qualidade de Presidente do Conselho Directivo do IPST, motivando alguma perplexidade, pois “todos os dadores, sobretudo os mais antigos, estão a ser contactos por telefone.” Podemos saber o que lhes está sendo dito? Vai informá-los que não foi reposta a isenção das taxas moderadoras mediante a aprovação do Estatuto do Dador, mas, que o IPST sente a sua falta?
Em abono da verdade devo informar que fico satisfeito, por saber que a reserva global anda sempre na ordem das oito mil unidades. Não lhe fica mal reconhecer que na mesma data do ano transacto, existiam mais três mil unidades de sangue. A que se deve esta diferença? Que causas são apontadas?
É verdade que em Fevereiro do ano em curso, o ministro da saúde e não só, alertou através da comunicação social para a preocupante falta de sangue e por força dessa angustiante necessidade apelou à boa vontade dos dadores. Ao contrário do que é afirmado na reportagem em causa, a resposta ficou muito aquém do que era esperado. Todos sabemos que se tratou de um apelo com reflexos de desespero pelos danos causados pela retirada da isenção das taxas moderadoras ao abrigo do Decreto-Lei nº. 113/2011 de 29 de Novembro.
Fico perplexo pelo facto do Dr. Hélder Trindade reconhecer na dita reportagem que “as pessoas estão desmotivadas”, mas, já não posso concordar com as causas que a seguir aponta. As causas que motivaram o distanciamento dos dadores dos locais das dádivas, não estão relacionadas com o aumento dos combustíveis, ou com o trabalho dito precário, aliás, o Dr. Hélder Trindade sabe disso, mas, insiste nestes factores porque é uma forma de se desviar da principal substância. Estamos perante uma postura politica.
Por sua vez o ministério da saúde teima em fazer dos dadores estúpidos. Se a dádiva é generosa, logo considera a questão da perda da isenção das taxas moderadoras nos hospitais como uma falsa questão, aliás, a entrevista à TVI foi bem clara sobre este assunto, deixou de ser assunto. Se assim é, como se explica a existência da divida dos hospitais púbicos ao IPST no valor o valor de 45.635.600€ até 31.12.2011, sem incluir a dos serviços hospitalares privados?
É facto que, ninguém é coagido a doar sangue, pois os propósitos que o motivam a cada um diz respeito. Cada cidadão deve proceder tendo em vista o fim social (solidário) da vida pessoal e o fim pessoal da vida social. O solidarismo assim compreendido tem por fim, como a justiça social, o bem comum, com o pensamento centrado em que dele necessita.
O DN prestou sem dúvida um excelente serviço ao IPST, às associações de dadores de sangue nem por isso, entendeu que não devia contactar com nenhuma delas. A reportagem em causa desagradou-nos imenso, fazendo crer que, o IPST foi a única entidade que desenvolveu as Campanhas de Sensibilização para a Dádiva de Sangue. Nem sequer uma associação de dadores foi contactada, todas preteridas, limitando-se a recolher o testemunho de uns quantos dadores num local de colheita.
A Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro (ADASCA), desenvolveu duas campanhas a saber: a primeira durante uma semana junto ao Fórum de Aveiro, com recurso a uma Unidade Móvel onde foram realizadas colheitas de sangue, a segunda junto da estação velha da CP de Aveiro, com inicio no dia 11 de Agosto, prolongando-se até ao dia 17 do mesmo mês. É verdade que não estamos em Lisboa, pelo que não merecemos mais do isto.
Esta forma de fazer jornalismo não serve. Admiro o DN ter cometido um erro jornalístico com esta dimensão. Será que não há mais vida para além do IPST? Para que servem afim as associações de dadores de sangue? Tinha o DN como um órgão de comunicação de âmbito nacional de referência, comprando-o sempre para os dadores lerem no decorrer das colheitas no Posto Fixo, vou deixar de o adquirir.
Já a RTP através do programa Sociedade Civil no Canal 2, cometeu semelhante erro no Dia Mundial do Dador de Sangue. Nós damos os ouvidos e cara junto dos dadores descontentes e da comunidade, enquanto aqueles senhores ficam confinados aos gabinetes, não somos tidos nem achados. Os solidários somos nós, apesar dos sacrifícios pessoais e financeiros.
Esta é a consideração que merecemos? Tomo a liberdade de convidar o DN a fazer cobertura jornalística à 2ª. Convenção Nacional de Dadores de Sangue, que vai decorrer no dia 22 de Setembro em Viana do Castelo, e ai ouvir o que as associações têm a dizer não só sobre as taxas moderadoras, como ainda sobre outros assuntos que nos preocupam imenso.

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Site: www.adasca.pt
Blog: aveiro123-portaaberta.blogspot.com
Aveiro, 27 de Agosto de 2012

NB: Vídeo alusivo à Campanha de Sensibilização para a Dádiva de Sangue promovida pela ADASCA. http://videos.sapo.pt/mMzgqY7YgjD2Rp3fSltQ
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8.25.2012

Reflexão de um Inconformista


Reflexão de um Inconformista

Neste Blogue são publicados artigos de opinião que não é conveniente lançar no site da ADASCA, respeitando assim as motivações solidárias que levaram a Openquest a oferecer o mesmo, como ferramenta imprescindível à divulgação da dádiva de sangue.
Não sou um crítico mordaz no campo da política, sou sim, um inconformista pela forma como vejo o meu País a ser desgovernado pelos putos da política, que nem sequer a casa deles sabem gerir, quanto mais um País. Os resultados estão bem à vista de todos, mas, ninguém se preocupa, ainda lhes batem palmas.
Os partidos que tem abusado da confiança do Povo mediante o voto nas eleições, e claro, os seus dirigentes deviam no fim dos seus mandatos serem detidos e julgados perante um Colectivo de Juízes Veteranos do Supremo Tribunal de Justiça, como forma de se apurar o que fizeram de mal a este misero País, e perceber os seus interesses pessoais. Sabem porquê? É que a maior parte deles entram para lá “pobres” mas, saem de lá ricos. Onde está a honestidade desta gente? O que fizeram de concreto em prol do Povo que os elegeu? Nada, rigorosamente nada.
Ora, isso não tem acontecido porquê? Julgam-se assim acima da Lei? Mas a Constituição da Republica diz que ninguém está acima da Lei, e por sua vez esta é igual para todos, o que vemos é precisamente o contrário. Na verdade, não é isso que nos entra pelos olhos dentro, eles sabem que o Povo não é estúpido. Roubaram o dinheiro do Povo que estava à sua guarda nos Bancos, e nada de relevante lhes aconteceu. Transferiram avultadas quantias de dinheiro para os designados paraísos fiscais, nada lhes aconteceu. Enriqueceram em meia dúzia de anos de mandato, nada lhes aconteceu. Os tribunais nada fazem com esta casta de gente, tendo em conta que são os próprios que fazem as leis à medida de cada caso. Se for um humilde cidadão contribuinte, leva pela medida grossa, passa a ser visto pelos vizinhos como um de que todos devem desconfiar, se se tratar de um político de fato e gravata, corrupto, todos lhe dão espaço para se sentar primeiro, ainda passar à frente duma qualquer fila. Somos mesmo pobres de espírito, ingénuos, sei lá que mais. Algum ser humano formado de carne e osso é mais importante do que o outro? Quanto muito já nasce com algumas diferenças genéticas, de personalidade, etc. etc.
Quando o Povo manifesta a sua indignação, se necessário for enviam a polícia para o terreno, para esta agredir o Povo que os elegeu, e ninguém lhes pede contas. É como o filho desse uns murros no Pai. Porquê? Porque os políticos só são diferentes enquanto não estão no Palácio do posso e mando. O Sócrates deu corda aos sapatos para França, o Passos Coelho, quando sair da toca, vai para o País da sua esposa (com o devido respeito pela senhora). A venda à Angola de um conjunto de empresas de alto rendimento são prova do que aqui digo, quem duvidar, deixe que o tempo seja testemunha. Os factos mudam, o tempo não, nesse ninguém mexe. Preparam tudo ao abrigo dos acordos de Estado, para que nada falhe...
Como se compreende que um País, como Portugal tendo sido governado por uma ditadura durante mais de 50 anos, respirando alguma democracia há 38, venda as suas empresas que tanto custou a erguer a Países que não respeitam os direitos humanos, quanto mais a democracia ou a liberdade de expressão? Em que cabecinhas pensadoras cabem decisões destas? Estas decisões apesar de serem classificadas como politicas, não deviam ser julgadas pelo Supremo Tribunal de Justiça ou pelo Tribunal Constitucional antes de se concretizarem? Para alguns quiçá não faça grande sentido, mas, para a maioria do Povo, assim devia acontecer.
Seja que governo for – cor politica -, quando é eleito, não tem por fim defender o País e o Povo que o elegeu? Porque será, quando se apanham sentados lá na cadeira do posso e mando, fazem tudo ao contrário do que prometeram durante as eleições? O discurso da vitória muda logo de figura, porque será? Onde deixaram a palavra de honra? A honestidade? A verticalidade? O bom nome? O sentido de responsabilidade? O que fizeram com os valores educacionais herdados da sua família? Os tais que aprenderam na escola e na igreja? Já pensaram que a quebra destes calores dessem origem a cancro na consciência dos políticos, não havia ninguém no governo nem na Assembleia da República – a chamada casa da democracia? A Que especialistas recorreriam eles para extirpar o maldito bicho da consciência? Se este fosse de origem contagiosa? Tudo isto e muito mais, incomoda-me imenso, deixa-me num estado de inconformismo.
Se um grupo de cidadãos movido pelo sentimento de indignação versus revolta recorre-se à lei da bala, seria classificado de criminoso, terrorismo puro, mas, os eleitos pelo Povo esmagam a dignidade do Povo que os elegeu, e nada lhes acontece. Porquê? São soberanos? Não me parece que o sejam, não passam de seres mortais, falíveis como qualquer um de nós, com necessidades básicas, que devem ser satisfeitas conforme as exigências do corpo humano.
Assim, vamos fazendo de conta que nada se passa, nada é connosco, isso não nos diz respeito, deixamos andar. Quando aqueles putos da política de lá saírem nada lhes acontece, passeiam-se à vontade, como autênticos inocentes, beneficiando de elevadas reformas entre outros benefícios, enquanto o pobre Povo, limita-se a mendigar um prato de sopa, um pão, um copo de água, uma peça de roupa, um exíguo espaço para dormir…
Alguém já compreendeu as razões do meu inconformismo? É que trabalhei uma vida inteira, e vou acabar os meus dias sem direito a nada. Porquê? Que mal fiz ao País onde nasci, estudei e trabalhei? Porque não fui para a política? Se o tivesse optado por essa forma de vida, hoje estaria rico, embora anda-se com a cabeça encharcada em medicamentos, quiçá com um cancro dos mais terríveis, não assumindo as consequências dos meus actos, porque era político, estava safo.
A terminar esta reflexão, informo que nunca fui nem sou simpatizante nem militante de qualquer partido politico, fui isso sim jornalista versus colaborador durante 26 anos em diversos órgãos de comunicação social, tendo ficado enjoado de tanta politiquice, de tanta traição. Se chamam a isto política, eu dispenso-a.
“Uma colectânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males.” (Voltaire). Os políticos não sabem da existência desta farmácia? É recomendo-a.

Joaquim Carlos
(Jornalista)

8.24.2012

Critica de um Dador de Sangue dirigida à ADASCA


Critica de um Dador de Sangue dirigida à ADASCA

Solicitar Estatudo do Dador de Sangue
From: Luis AlbuquerqueAdd to Contacts
Sent:  Fri, Aug 24, 2012 at 5:55 am
To:    geral@adasca.pt

Muito bom dia meus senhores e caros representantes da Associação ADASCA. Também eu sou um dador, ou antes era um dador assíduo de sangue, três vezes ao ano, quando dava para conciliar, agora uma, e vai lá vai.

Sem cartão, que já há muito alegam que está para ser substituído!!! Enfim, mais uma rasca e depauperada desculpa por parte de quem dirige este organismo. (ISPT) 

Certo é, que com tais cortes que foram impostos aos dadores, entenda-se nas taxas moderadoras, tal veio a revelar-se mais uma vez numa pura demonstração de indiferença por parte dos nossos governantes na desconsideração que denotam pelos cidadãos portugueses que os elegeram, sob o pretexto de falsas promessas e das mais utopias de que tudo iria ser resolvido. Alias, já chega de acreditamos nestes depiladores dos cofres públicos em detrimento da nação, e com proveitos avultados em seu abono, como é do conhecimento de todos nós portugueses.

Assim, digo também, que se lixem as eleições, e já agora se estar desempregado é uma forma de ver isso como uma nova oportunidade, porque razão não vão eles (governantes) para o desemprego, ou quem sabe emigrarem à procura de novas oportunidades em outros países onde podem continuar a enriquecer com os seus cursos de colar cartazes!

Como disse o Sr. Presidente da Direcção da ADASCA, Joaquim Carlos, e passo a citar “Os dadores pobres dão o que seu corpo produz, os ricos compram. Esta é a justiça social que temos ou merecemos”. Tudo isto porque o rico cada vez mais rico, e o pobre cada vez mais pobre.

É nos momentos de crise que o rico mais enriquece com a desgraça alheia.
Não me alongando mais no diálogo, solicitava que fosse enviado o texto do Estatuto do Dador de Sangue, se e caso não fosse grande incómodo.

Atenciosamente;
Luís Pinto.

8.23.2012

Promotor de Espectáculos Nacionais e Internacionais





Promotor de Espectáculos Musicais a nível nacionais e internacionais.

8.15.2012

Vídeo sobre a Campanha de Sensibilização para a Dádiva de Sangue promovida pela ADASCA

Olá!

http://videos.sapo.pt/mMzgqY7YgjD2Rp3fSltQ
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No próximo dia 18 de Agosto, entre as 9:00 h e as 13:00 horas vai decorrer mais uma Colheita de Sangue no Posto Fixo da ADASCA.

Nunca é de mais recordar que "A dádiva de sangue é um grande gesto de solidariedade para com o próximo que nem conhecemos." Aproveitem esta oportunidade para regularizar a vossa dádiva. Os doentes agradecem e nós, também.

A próxima colheita de sangue no Posto Fixo da ADASCA, localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso, vão decorrer no dia 24 de Agosto, todas entre as 9:00h e as 13:00 horas.

A ADASCA com a sua Campanha de Sensibilização para a Dádiva de Sangue, junto da Estação da CP de Aveiro. Trata-se da primeira inicitiva do género naquele local. Para colher temos que semear primeiro, esperamos que assim seja com esta Campanha. Estamos a fazer o que compete ao Ministério da Saúde...

Esperavamos poder contar com a colaboração do ministro da saúde, ou com um dos seus secretários de estado, dado ao seu empenhamento pelo reconhecimento público que tem evidenciado pelos dadores de sangue, começando pela não reposição da isenção das taxas moderadoras, como ainda pela forma como estes começaram a ser desconsiderados no SNS. Mandou-nos apanhar batatas...

Contamos com a melhor colaboração de todos, venham visitar-nos no local da Campanha entre as 8:00 h e as 18:00 horas, ou coloquem as vossas www.adasca.pt.

No nosso site podem ler o texo do Estatuto de Dador de Sangue, como ainda outras informações.



Joaquim Carlos

Presidente da Direcção da ADASCA

Blog:aveiro123-portaaberta.blogspot.com



NB: O Viedo que segue é alusivo à Campanha de Sensibilização para a Dádiva de Sangue, que está a decorrer até às 18 horas do dia 17 junto da Estação Velha da CP. Para o visionar basta clicar no Link em azul e esprar que passe o Spot publicitário.

Sent:

Wed, Aug 15, 2012 at 8:09 am

To:

geral@adasca.pt

Cc:

– Download all

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Sapo Vídeos

8.13.2012

Ministro da Saúde não Respondeu ao Convite da ADASCA para a Campanha de Sensibilização à Dádiva de Sangue.


Assunto: Ministro da Saúde não Respondeu ao Convite da ADASCA para a Campanha de Sensibilização à Dádiva de Sangue.
Exmo. Senhor Ministro da Saúde!
Cumpro o meu dever, vindo participar a V. Exa. por este meio o desconsolo que nos deu, ao não ter comparecido no local onde se iniciou a Campanha de Sensibilização para a Dádiva de Sangue, pelas 15:00 horas do dia 11 do mês em curso, junto da Estátua do Ilustre Dr. Lourenço Peixinho, em conformidade com o Convite que a ADASCA teve o prazer de endereçar a V. Exa. datado do dia 7 de Agosto (data coincidente com o meu aniversário), onde não faltaram os deliciosos Ovos-moles acompanhados de um Aveiro de Honra.
Compreendemos a sempre agitada e movimentada vida social e profissional de V. Exa. mas, isso não invalida que o Senhor Ministro da Saúde não respeitasse o estipulado no Artigo 37.º da C RP nº. 4 que diz o seguinte: ”A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.”
Senhor Ministro da Saúde, nós gostamos do seu falar desassombrado e claro, o que é pouco vulgar nos dias de hoje, nomeadamente quando o respeito pela dignidade dos dadores de sangue nunca esteve tanto em causa como agora. Saia da sua comodidade, pleiteia, venha até nós diga o que pensa. Faz bem à saúde e às relações humanas. Quantas causas belas e úteis se devem ter perdido neste País porque a inércia, o medo, falta de coragem matou! Atirar com pedra, escondendo-se a seguir sem assumir os estragos provocados, revela uma clara cobardia...
Em nós, o sangue solidário revolta-se pela forma como temos sido desconsiderados. O Sr. Ministro já pensou que estamos a passo, de os dadores só doarem sangue a quem dele na verdade necessita e desde que seja seu conhecido, como aconteceu no passado não muito longínquo? Esta possibilidade não lhe diz nada, não mexe com a sua consciência? A nós preocupa-nos profundamente.
Eu sou dos que ainda confiam no triunfo da força moral dos homens de boa vontade! Sou um crente da soberania da consciência moral, atributo que me parece faltar a quem diz publicamente defender o reconhecimento público aos dadores de sangue! A teoria na prática é sempre outra?!?
Nos Mitos da Medicina e dos Dogmas de Pasteur, está escrito que a imaginação é uma arma terrível, que levada para o campo do bem faz milagres e levada para o lado do mal só gera desastres e desgraça! Foi o que aconteceu com a retirada da isenção das taxas moderadoras aos dadores de sangue. O Sr. Ministro colocou a sua imaginação ao serviço do mal, da pior decisão que tomou na área da saúde e da solidariedade. Sabe disso, mas não o quer reconhecer publicamente.
Digo-lhe que se tiver a humildade de reconhecer o erro que cometeu e ordenar a reposição da isenção das taxas moderadoras, não lhe caem a calças por isso, nem deixa de ser menos homem, bem pelo contrário, dá um evidente sinal de inteligência e humanismo nesta área de solidariedade, reforçando assim o reconhecimento público por quem dá sangue, porque afinal o Sr. Ministro também dador, só que deve ser mais especial do que qualquer outro...
«Se a verdade é ocasião de escândalo, vale mais deixar que se provoquem escândalos do que deixar por isso, de se dizer a verdade.» (S. Gregório Magno, Papa da Igreja).
Presentemente a ADASCA representa cerca 2980 dadores de sangue associados em pouco mais de 5 anos e meio de existência. O Sr. Ministro tem a noção do esforço que é feito para mantermos estes dadores fiéis à dádiva de sangue, como ainda sensibilizar outros? Quiçá não tenha. Em Lisboa é tudo fácil, basta decretar... sem crer saber dos resultados negativos que podem dai resultar.
Em nome dos dadores aveirenses, principalmente dos que ainda doam sangue, aceite os nossos cordiais cumprimentos, matendo-se o Convite que foi enviado.
Atentamente,
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Site: www.adasca.pt
Blog:aveiro123-portaaberta.blogspot.com
Aveiro, 13 de Agosto de 2012