11.30.2010

SEPARADOS PELA MORTE



SEPARADOS PELA MORTE

Em muitos corações, quebrantados pela morte dum ente querido, têm ecoado as palavras de Jacob:«Se perder os filhos, sem filhos ficarei» (Gn 43:14). Desespero e pessimismo afligiam a alma de Jacob, mas a verdade é que José não tinha morrido, como ele imaginava, nem Benjamim ficaria desterrado para sempre, como ele receava.

Para nós, contudo, a separação pela morte não é uma ilusória imaginação. Pelo contrário, é muitíssimo real; jamais veremos aqui na Terra a pessoa amada que a Morte arrebatou, seja filho, marido ou esposa. Partiram, deixando-nos um sentimento de abandono e de perda irremediável. A vida nunca mais volta a ser a mesma, ainda que defrontemos a nova situação com coragem.
Algumas separações, resultantes da morte dos entes queridos, são particularmente difíceis de suportar, tais como a morte dum filho único ou do
marido, na flor da vida, deixando a viúva com a responsabilidade de prover às necessidades das crianças, sobretudo quando uma delas é inválida ou sofre de doença crónica que requer cuidados especiais.
Não pode deixar de haver um sentimento de abandono e solidão. No nosso isolamento e desespero, podemos sentir-nos incapazes de enfrentar o futuro incerto. Algumas vezes a Morte surge em condições dramáticas e imprevistas.

Procuro assim escrever num espírito de compreensão, como quem já passou por experiência semelhante e hoje não tem qualquer parente próximo. O crente pode defrontar esta situação, uma das piores que se conhecem, de maneira diferente por que é encarada pelas pessoas do mundo. Procedendo como verdadeiros cristãos, dando testemunho vivo da nossa firme crença e da confiança que temos no que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o problema da morte.
Temos de nos sentir tristes, inevitavelmente, quando um ente querido parte para não mais voltar ao lar, onde juntos partilhámos a vida em mútua harmonia. Há uma grande diferença entre a situação da pessoa que sobrevive e a da que partiu, após a descida do véu que as separou, pois o que partiu já não sente as tristezas deste mundo. O sentimento de separação, ainda que desolador, é mitigado, quando meditamos sobre determinadas passagens da Sagrada Escritura.
O apóstolo Paulo diz que não nos devemos entristecer como os demais, que não têm a esperança que nós temos (I Ts 4:13). Ele refere-se aos que morreram na fé, como os que «dormem em Jesus», e afirma categoricamente que Deus os tornará a trazer com Ele, isto e, não se separaram de nós para sempre; haverá uma abençoada reunião, porque seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares.
Será que tudo termina aqui neste lugar? Estamos neste mundo por engano?
A seguir, Paulo declara que os que morreram não só dormiram em Jesus, mas estão «com Cristo», o que é «muito melhor», portanto, «o morrer é ganho» (Fp 1:21,23). Falarmos da Morte como essa coisa desejável só é possível quando a consideramos como o meio de entrarmos no usufruto da bem-aventurança e da glória, das quais, presentemente, não temos uma verdadeira concepção.
Naquela passagem, Paulo salienta principalmente o ganho e a alegria duma vida vivida com Cristo, supremo objectivo do crente. Para ele, «o viver é Cristo» (Fp 1.21). Por isso ele dizia que estava em aperto, hesitante entre os dois caminhos. Preferia partir para estar com Cristo mas, por outro lado, ele reconhecia que, permanecer na carne seria necessário, por amor dos Filipenses. Muito bem disse o Bispo Moule: «Em qualquer dos lados do véu, Jesus Cristo era tudo para ele. Assim, ambos os lados do véu são bons, divinamente falando; só há uma diferença: as condições do outro lado do véu são tais que a tão ansiosamente esperada comunhão com o Mestre será muito mais perfeita e real no além.
(Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor, I S. Pedro 1:24).
Ansioso espero entrar/ Na terra além do véu;/ Dos santos o feliz lugar,/ Jerusalém do Céu. No corpo preso vou;/ As glórias longe estão;/ Mas cada vez mais perto estou/ Da pátria do cristão.
A morte é descrita como a dissolução deste tabernáculo (o corpo). O dia virá quando o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestirá da imortalidade. Quando este tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna nos céus (2ª. Co. 5:1,2). O corpo é comparado a uma barraca de campanha, abrigo ligeiro, para uso temporário, semelhante às tendas dos beduínos, que podem ser levantadas a toda a hora. Feliz o homem que, espiritualmente, está pronto para se encontrar com o seu Criador.
Não esqueçamos que este tabernáculo, em que vivemos temporariamente, pode ser desfeito (v. 1), pois é bem frágil e dificilmente suporta os conflitos e tempestades da vida. Este tabernáculo terrestre (nosso corpo), em que gememos e de que ansiamos libertar-nos, vai dar lugar à nossa à nossa habitação celestial. Em contraste com a tenda de campanha, será uma sólida construção, um edifício que permanecerá para sempre. A mesma palavra é usada para descrever o Templo de Herodes (Mc 13:1). Será uma habitação perfeitamente adequada e adaptada à nossa vida na Glória. Presentemente, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor, mas quando se der a dissolução, então estaremos ausentes do corpo e presentes com o Senhor no Lar celestial (2 Co 5:8).
A morte também é descrita como uma saída - literalmente êxodo (2 Pe 1:15), isto é, saída para fora do corpo. Mas, se é uma partida, também é uma entrada, pois no mesmo contexto Pedro diz que nos será amplamente concedida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A morte, vista deste lado, é uma saída, mas observada do outro lado é uma entrada. É como se
fôssemos transplantados dum vaso quebrado, para desabrocharmos mais perfeitamente no jardim celestial; é como a passagem por um pequeno túnel, curto e escuro, para emergirmos imediatamente naquela nova terra, onde o Dia nunca acaba. Portanto, a Morte é:
1 - Adormecer em Jesus;
2 - Estar em Cristo, o que é muito melhor;
3 - Ser recebido no Lar Celestial;
4 - Habitar com o Senhor na morada que foi preparar para nós, os salvos por Ele (Jo 14:1-3).
Como tudo é diferente deste frágil tabernáculo terrestre. Na ressurreição, também, receberemos as coisas feitas no corpo (2 Co 5:10). Neste mundo, não temos visto o resultado ou a recompensa final de tudo quanto temos feito. As coisas que fizemos serão julgadas e então receberemos o merecido galardão.

Devemos, confiadamente, aceitar tal verdade, mas nos dias que se seguem ao da morte do ente querido, a dor parece difícil de suportar. Para vos dar um exemplo que possa ajudar-vos, prefiro citar as palavras dum outro escritor, em vez de vos narra a minha própria experiência.
Pouco depois do falecimento da esposa e da perda do único filho, o Bispo Moule diz: «Eu desejaria não ser fraco nem egoísta na minha dor, mas sou ambas as coisas, fraco e egoísta, contudo o meu Senhor pode e quer levantar-se, para pensar menos em mim e mais n'Ele e ajudar-me a cuidar mais dos que também lamentam a perda dos seus queridos. Devo tratar da minha saúde e, depois dum descanso de cinco ou seis semanas, prosseguir no meu
trabalho.» Noutra carta, passado pouco tempo, ele escreveu: «O Senhor Jesus guarda-me tranquilo e em paz: é agradável saber que a Sua mão está comigo. Assim, afasta Ele o negrume da solidão. A minha natural tendência é recordar e reviver o passado sem cessar, saudoso e lamentando-me mas, gradualmente, a nota predominante dá lugar à acção de graças por tudo quanto se passou. Eu descobri que a acção de graças, espontânea e diligente, é um valioso calmante.»
Há pessoas que passam horas sem conseguir dormir e que, ao recordarem certas datas, sentem uma estranha solidão e assim o seu espírito se perturba, invadido pela tristeza. Que remédio haverá para isto? Aprender e dar graças ao Nosso Senhor Jesus pelos admiráveis bens que uma recordação do passado pode trazer à memória; assim pode dissipar-se a sensação triste da solidão. Há coisas que perduram e não cessam de produzir fruto: elas continuarão a enriquecer-nos, tornando-nos ainda mais intimamente e duma forma geral ao provir de felicidade e santidade, de que participaremos quando deixarmos a Escola de Deus e o Seu ensino aqui em baixo, para passarmos à presença de Deus e lá nos encontramos com os ente queridos, cuja memória tão preciosa nos é.
Não devíamos viver só das gratas recordações do passado, mas devíamos disciplinarmo-nos, a fim de prosseguir com zelo sempre crescente nos deveres normais desta vida, pois a dedicada perseverança no Serviço do Senhor tem provado ser um admirável bálsamo para o espírito atribulado. Alguém, que tinha perdido a esposa e cinco filhos, disse: «Procurai força e graça para isto, e ser-vos-ão dadas.
Apesar de tudo, a sensação de tristeza pode perdurar até passarmos para além do véu, a despeito de todas as actividades da vida e agradáveis recordações. O Bispo Moule diz que, durante alguns dias, os seus pensamentos e os anseios da sua alma tinham por fulcro a sua saudosa esposa e filha.
Se não fosse por amor a Cristo, a sua vida teria sido inútil e infrutífera, mas Cristo tem o poder de tudo modificar! Ele dá-me capacidade, em certa medida, para compreender que é possível aceitar a perda dos entes queridos com tal resignação que nos conformamos com a situação, sobretudo se descobrimos que a nova situação nos permite prestar maior ajuda espiritual aos que sofrem.


NB: Este artigo foi publicado na Revista Evangélica "NOVAS DE ALEGRIA", edição de Fevereiro de 1990, págs.32, 33 acompanhado de foto minha.



ANDAMOS À PROCURA DE SANGUE NOVO

ANDAMOS À PROCURA DE SANGUE NOVO
Dá Sangue, dá vida


























Tu que és jovem podes fazer a diferença. A tua dádiva de sangue pode significar salvar a vida de uma pessoa. Não é possível fabricar sangue artificialmente, só o ser humano o pode doar, o que quer dizer que para os Serviços de Sangue terem sangue disponível dependem inteiramente do gesto valiosíssimo de quem dá de forma benévola.
Todos os dias é necessário sangue, para doentes com anemia, cirurgias, pessoas acidentadas, pessoas que fizeram transplantes, doentes oncológicos em quimioterapia, entre muitos que fazem tratamentos diários com componentes sanguíneos.
Jovem toma nota: se tens 18 anos ou mais, se és saudável, se pesas pelo menos 50 kg, tomamos a liberdade de te convidar a aderir às nossas Colheitas de Sangue. Para tanto, convém fazeres-te acompanhar do teu B.I. não deixando de tomar o pequeno-almoço, com a exclusão de bebidas alcoólicas.
As próximas Colheitas vão decorrer nos seguintes dias e locais:

- Dia 27 de Setembro na Fábrica da Renault de Cacia (interna)
- Dias: 2,8,16 e 22 de Fevereiro no Posto Fixo da ADASCA,
Dia 20 de Fevereiro nas instalações do IEFP de Aveiro
- Dia 21 na Renault de Cacia (Interna).

Todas as Colheitas de Sangue, decorrem entre as 9:00H e as 13:00  Horas, podendo prolongar-se um pouco mais se se justificar.
Dia 16 de Fevereiro a ADASCA comemora o seu 6º. Aniversário junto da sua Sede. A cerimónia é no Mercado Municipal de Santiago 1º., em Aveiro.

Mais informações; 964 470 432 (sede) 
ou via e-mail:geral@adasca.pt 
O Mapa de Colheitas de Sangue para todo o ano de 2013 pode ser consultado no site que segue:http://www.adasca.pt/

11.29.2010

QUATRO RAZÕES PARA SE TER UMA CÃO



QUATRO RAZÕES PARA SE TER UMA CÃO


1) - Conversas. Muitas pessoas falam com os seus cães. Elas discutem o que está acontecendo em suas vidas, suas alegrias e tristezas. Os cães respondem? Não, mas fazem algo melhor: ouvem.
Diferentemente das pessoas, os cães ouvem tudo o que temos a dizer. Pode estar a TV ligada ou o rádio eles não irão se distrair. Os cães tem um ouvido maravilhoso, muito apurado - algo que deveríamos aprender com eles.

2) - Como ter uma uma boa saúde. Se você quer ter uma vida longa com poucas idas ao médico, aqui vai algumas dicas: coma direito, faça exercício, tenha um CÃO treinado. Numerosos estudos mostraram que donos de cães, tem a pressão mais baixa, e colesterol mais baixo e menos problemas de saúde em geral.

3) - Alivia o seu stress. Quando ficamos stressados nossa pressão sanguínea e taxa cardíaca crescem, respiramos mais rapidamente. Todas estas razões são as tentativas do corpo de ajudar-nos a lidar com a situação.
Felizmente, tendo um cão, ou mesmo estando perto de um, podemos reduzir respostas a situações stressantes. Porquê? Os cientistas atribuem isto ao apoio incondicional do cão.
4) - Fazer Amigos. O cão é o melhor AMIGO DO HOMEM. Ele não tem nada contra se encontrar estranhos ou a dizer, desde que não seja provocado ou o seu dono.
Sejamos amigos dos animais, eles se são bem tratados, são nossos AMIGOS.

Por Joaquim Carlos


A Felicidade não reside na Paz



A Felicidade não reside na Paz

Realizou-se recentemente um congresso, promovido pela Associação dos Parlamentares, vista à criação de um governo mundial. Estavam presentes delegados de 28 países, escolhidos entre os homens mais experientes dos nossos tempos os quais possuem as teses e as formulas mais lógicas e mais eficazes para conseguir uma paz permanente e definitiva, capaz de garantir a felicidade de todos os seres humanos, sem reservas e sem omissões.
As suas propostas resumem-se em três pontos, a saber:
- Um governo super-nacional, mundial; um tribunal de Justiça mundial para julgar todas as causas que surjam à face do planeta; um exército internacional para garantir a execução das decisões. Um trópico digno PASCAL: a razão, a justiça e a força, unidas num todo harmonioso e potente que imporia as suas regras e as suas leis ao mundo, desvendaria publicamente as manobras da juventude delinquente, arbitraria também as questões conjugais e todas as disputas entre os povos, e disporia de uma policia extra-forte, nuclear e imbatível, para trazer à razão, mercê, se necessário, dos meios mais convincentes, os sediosos, os burlões, os barulhentos, os comilões, os partidários de sistemas não aprovados pelo Olimpo, e os oposicionistas de toda a espécie.
Não haveria mais revoltas para dominar, mais reformas para discutir, mais revoluções, mais lutas, mais heróis da resistência, nem sequer heróis de nada.
A humanidade tornar-se-ia semelhante ao mundo astronómico onde os planetas, as estrelas, os cometas e todos os outros vínculos do arsenal cósmico giram, cada qual na sua órbita, e desempenham a sua função imutável nem comentário, desde o início dos tempos e até à eternidade.
Há talvez razão para perguntar se esta ambição de paz universal, a supressão da luta, de todo o esforço, a poltrona ao sol e o doce «não fazer nada» integral, sem riscos nem perigos, constituirão verdadeiro o ideal para que devem tender os povos, e o seu supremo de perfeição.
Já no âmbito de uma nação se observa o esforço para atingir uma forma de civilização considerada ideal, em que o esforço individual deixe de ser acalentado, onde se aconselham os cidadãos a evitar os riscos, a luta, a entregar-se de mãos e pés ligados aos poderes públicos, que os embalam, os adormecem, para melhor enredá-los nas malhas da lei, das ordens, das disposições, das obrigações, das proibições dos deveres, dos processos, da burocracia, das taxas; com um sistema e um comportamento que se parece muito ao das aranhas em relação à moscas.
Há, em suma, a tendência para reduzir a vida humana ao nível das aves, das formigas e das trémites, que têm uma forma de governo que remonta, imutável, ao dealbar dos séculos e que dá a estes insectos uma existência colectiva imposta, passiva, mecânica e regulada, sem possibilidade de desvios e sem imprevistos que não venham do exterior.
O protótipo da felicidade seria pois criado à imagem dos formigueiros. E os homens, que tem atrás de si centenas de milhar, ou milhões de anos de vida, teriam expresso ideias individuais da mais alta genialidade, originais e fecundadoras de outras ideias não menos geniais, e realizado e edificado em todos os campos obras esplêndidas, para concluir por fim que, para encontrar a felicidade e a perfeição, nem regime ideal de sociedade, é necessário descer ao nível dos insectos que, no entanto, não ignoram o assassínio nem a guerra!
É certo que o aumento da natividade e as possibilidades de realizações de toda a espécie que se estão verificando em todos os sectores de actividade, impõem hoje à humanidade normas de viver que seriam inconcebíveis apenas há 100 anos, barreiras que devem ser ultrapassadas, regras e directrizes inumeráveis para observar.
É também verdade que este progresso material da espécie humana, com os novos meios que ciência pôs à sua disposição talvez um pouco prematura e imprudentemente, trouxe a certeza e a ameaça de terríveis catástrofes e agitações infindáveis; e que estas ameaças são feitas mais para induzir a gente à renúncia e ao abandono do que à afirmação e desprezo dos próprios direitos e das próprias liberdades individuais.
Mas a vida dos indivíduos tem a suas prerrogativas, e é feitas de vontade, iniciativa, de vitórias e derrotas, de sucessos e insucessos, de mutações e movimento.
A calma e a uniformidade, o conformismo, e o resignar-se sem objectar e sem lutar perante toda a espécie de imposições, é a morte da inteligência e da alma e uma antecipação da morte física que se aproxima já, fatalmente, talvez até com indesejável presteza.

Por Jean Prieud

NB: Encontrei este artigo no meu arquivo, onde existiu durante alguns anos, desconheço eu a sua origem, cuja tradução fica muito aquém do que seria desejável, mas, creio que o seu objectivo é claro: criar um Governo Mundial.



11.28.2010

DOPÉ - CENTRO DE PODOLOGIA


PROTOCOLO DE PARCERIA ADASCA Versus AVEISANUS - SERVIÇOS INTEGRADOS DE SAÚDE



A citada empresa com que a ADASCA celebrou um Protocolo no Dia 19 de Novembro, tem a sua sede na Rua Eng. Luís Gomes de Carvalho, nº. 30-1º. D, 3800-211 Aveiro, sendo representada aqui por Dra. Sofia Vaz Cabral como primeiro outorgante.

Damos apenas a conhecer aos associados da ADASCA os benefícios que podem beneficiar desde que cumpram com o estabelecido. Assim na sua Cláusula 2, o primeiro outorgante, compromete-se ao atendimento dos associados (extensível aos cônjuges, ascendentes e descendentes directos) do segundo outorgante nas suas instalações.
Os mesmos terão, como beneficio, 10% de desconto, sobre os preços de tabela relativa aos tratamentos efectuados em todas as especialidades, sendo estas:
- Medicina Dentária,
- Podologia,
- Nutrição,
- Psicologia,
- Terapia da Fala,
- Acupunctura,
- Psiquiatria e
- Doenças Nervosas,
fazendo prova do vínculo com a ADASCA - Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro, sempre mediante apresentação do Cartão de Sócio ou credencial fornecido pela mesma associação.
Outras informações podem ser obtidas através do Telef: 234 386 129

OS POEMAS DA MINHA VIDA



OS POEMAS DA MINHA VIDA

ÀS ARMAS DE PORTUGAL!...

No meio desta angústia que me oprime,
Eu tive a sensação de haver sonhado
Com Factos e Figuras do Passado
Em rasgos de epopeia mais sublime.

Porém, em vez da gesta que redime
E livre faz um Povo acorrentado,
súcias e komunas lado a alado,
Na Pátria a consumar infando crime!...

Por entre a cerração que nos enlaça,
- Rebanho sem pastor - Populaça
Arrasta-se sem fé e deprimida...

As hordas da traição, ó Povo, arrosta!
E vamos, como fez Gomes da Costa,
Trazer este País de novo à vida!

(Artur de Carvalho)

A MINHA PRECE


Há tanto que o País anda vergado
Ao peso esquerdizante da desgraça
Que cada instante mais que hoje se passa
Mais duro faz ainda o nosso estado.

Lá vem outro Natal desventurado,
Sem réstia de esperança mesmo escassa,
Sem vermos que o Poder algo já faça
Na mira de mudar tão negro fado.

Por isso, como sempre, só nos resta
Pedir ao Deus-Menino, em Sua festa,
Que escute a nossa voz mais uma vez...

E ponha, nesta "bota" esburacada
Da Pátria - que foi tudo e não é nada
- A graça de um PR português!...

(Artur de Carvalho)

EDUCAÇÃO ABRILINA
(Às professoras orientadoras e às Colegas do meu
estágio profissionalizante)


Merece repúdio eterno
Quem ganha a vida com ágios...
Maldito seja no inferno
Quem inventou os estágios!...

(Artur de Carvalho)

TEM TENTO!...

Passaste por mim há pouco:
Sorrias toda emproada.
Pois guarda o teu sorriso louco
Que é fútil, não vale nada!...

Se tens na vida o que queres:
Saúde, amor e dinheiro,
Tem pena de outras mulheres
Que sofrem o dia inteiro.

Contém-te, moça que a gente,
Nos tempos de agora,
Se um dia sorri contente,
Ao outro dia já chora!...

(Artur de Carvalho)


NATAL DO NOSSO AZAR

Que quadra natalícia amargurada
Vivemos neste nosso Portugal!
A insânia socialista bestial
Não poupa tradições, crenças, nem nada!

De sombras se cobriu a lusa estrada
E é negro o horizonte nacional.
Por culpa dos ateus, este Natal
É mais uma Quaresma negregada.

Sonhávamos presépios de doçuras,
Com anjos a cantar pelas alturas
E a luz da linda Estrela de Belém...

E trouxe-nos o Demo, por azar,
Um mono que nem sabe governar
E é oco e mais balofo que ninguém!...

(Artur de Carvalho)

11.26.2010

CAMPANHA DAS MIL ASSINATURAS SOLIDÁRIAS A FAVOR DA REVISTA TRIBUNA DA ADASCA

CAMPANHA DAS MIL  ASSINATURAS SOLIDÁRIAS A FAVOR DA REVISTA TRIBUNA DA ADASCA

A ousadia da Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro - ADASCA, de avançar com com um Projecto Editorial desta envergadura, tem merecido algumas críticas muito pouco construtivas, quiçá atendendo á natureza dos assuntos que pretende abordar e claro, levá-los não só ao conhecimento do público no geral, mas essencialmente aos dadores de sangue.
Trata-se na verdade de um Projecto que á moda portuguesa, tem levantado algumas suspeitas, observações um pouco duvidosas, deixando ante-ver o que é que vai sair daqui e se faz sentido a existência de uma Revista desta natureza.
A Revista em causa, vai procurar trazer em cada edição uma entrevista diferente, para além de dar a possibilidade dos seus leitores participarem com as suas opiniões.
Para além do editorial, queremos manter as seguintes Secções: Tem a Palavra, Sociedade, Opinião, Entrevista com..., Saúde, Poesia, entre outras, como ainda levar a efeito cobertura de diversos eventos na área da promoção da dádiva benévola de sangue, e claro procurando apoio empresarial como forma de fazer face às despesas com a sua edição.
A TRIBUNA da ADASCA está registada na Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) e como não podia deixar de ser está sujeita ao direito de resposta ao abrigo da Lei da Imprensa, com estatuto editorial.
Pretendemos que a TRIBUNA da ADASCA seja uma Revista para todos e não só para alguns, pelo que deve ser respeitada por todos, incluindo aqueles que não concordam com a sua existência ou a encaram com desconfiança.
Face ao exposto, convidamos os leitores deste Blogue a subscrever uma Assinatura Solidária a favor da mesma pelo valor de 20 € anuais, cujo valor servirá para manter a sua continuidade e para suportar os portes de correio. Em contra-partida pela subscrição de uma assinatura solidária, será oferecida uma inserção de cartão de visita com a duração de 3 meses.
Assim, para começar a receber a referida Revista no seu domicilio, incluindo a edição Zero e já a edição nº.1 convém que sejam fornecidos os seguintes elementos
:

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Cupão de Assinatura Solidária
(Preencher com letra bem legível)

Desejo receber no meu endereço a Revista TRIBUNA da ADASCA, beneficiando das condições acima propostas.Nome_________________________________________________________Morada________________________________________________________Localidade_____________________________________________________Código. Postal ___________ ____________Telef: _______________________________E-mail___________________________________________________________Morada___________________________________________________________
Profissão_________________________________________________________

Habilitações Literárias_______________________________________________

Data de Nascimento_____________________________________________

Contribuinte____________________________________________________

Junto Cheque_____ ou Vale Postal_____ no valor de 20 € à ordem da ADASCA ou por Transferência Bancária para o NIB da ADASCA:0036 0189 99100051821.35, Montepio Geral, Balcão: Aveiro-Eucalipto, Rua de Anadia, nº. 10, Empreendimento Vila Jovem, 3810-208 Aveiro.
NB: Após o preenchimento do Cupão, o mesmo deve ser enviado para a ADASCA a fim de ser emitido o respectivo recibo.
Aguardamos pela vossa adesão, na certeza que o vosso contributo vai ser bem aplicado a favor de uma causa socialmente justa.

EDIÇÃO Nº. 1 DA REVISTA TRIBUNA DA ADASCA



EDITORIAL

SOLIDARIEDADE E DEMOCRACIA

Por Joaquim M. C. Carlos *

Andam de braço dado, poderia dizer-se, a solidariedade e a democracia. Se bem que o não sejam, na sua expressão fundamental e na prática, totalmente coincidentes.
Concretamente, a solidariedade implica, por caracterização intrínseca, a reciprocidade de direitos e deveres em plena fluidez da comunicabilidade. A democracia, implicando a igualdade de direitos e deveres dos cidadãos, impõe-lhes a subordinação da decisão política á vontade das maiorias.
Na solidariedade fluem as leis naturais e recíprocos deveres. Na democracia imperam as leis de jurisprudência criada pelo homem e aprovada pelas maiorias, com as condicionantes que lhe retiram o valor universal.
_____________________________________
DEVERES E HAVERES

Direitos do homem. Direitos da mulher. Direitos da criança. Direitos dos animais. Direitos dos trabalhadores. Direitos dos estudantes. Direitos dos jovens. Direitos dos filhos. Direitos dos idosos. Direitos dos pais. Direitos dos professores. Direitos, direitos, direitos... Direito à saúde. Direito à informação. Direito à habitação. Direito ao trabalho. Direito à liberdade de expressão. Direito a férias. Direito à instrução. Direito à vida. Direito a isto, direito àquilo, direito aqueloutro...
E deveres? Talvez aqui a chave da aflição dos nossos tempos: nós, todos nós, temos direitos, todos os direitos. E não nenhuns deveres. (Lourenço de Almeida).
_______________________________
A solidariedade é um sentimento e modo de estar da convivência humana. A democracia é um sistema político para convivência humana. É neste ponto fulcral que se encontram e divergem os princípios naturais e as bases ditadas que enformam as condutas de humanas e desumanas.
Na realidade, o princípio da igualdade de direitos e deveres das pessoas em sociedade, que baseia a "igualdade de oportunidades à partida", permite desde então a divergência de resultantes e não anuncia sequer a continuidade dessa oportunidade - pois ela cessa pontualmente à partida - nem exige tão-pouco por princípio de relacionamento a reciprocidade que em solidariedade é estabelecida entre os mais e os menos dotados.
Se a tais factos adicionarmos o da heterogeneidade da sociedade, em termos de condições das pessoas, é facilmente conclusivo que a lei, divergindo da fluência espontânea do direito natural, pode conduzir às situações atrás referidas conforme o "status" dos estratos ou grupos sociais sobre que incide.
Por isso que, mesmo em democracia como sistema político até hoje posto em prática com a esperança teórica de melhor cumprir o princípio da igualdade entre os seres humanos como pessoas, não foi possível ainda criar a metodologia de aplicação fluida e espontânea de meios compensatórios das condicionantes que promovem as situações existenciais diferenciadas.
Os problemas de solidariedade encontram assim razão sobrante e justificada de pô-la em prática quer através de acções, seja directa ou indirectamente, para melhoria de situação dos mais carenciados, quer fomentando a sua aceitação, de molde a que a solidariedade seja um modo de convivência do quotidiano.
Deste modo, iremos embebendo a própria gestão da democracia do sentimento de exigência indispensável ao homem, para se desenvolver conforme as exigências da sua natureza e para tender à perfeição do seu ser, na qual consiste o seu essencial como membro da sociedade humana.

* Director da Revista TRIBUNA da ADASCA.

EDIÇÃO ZERO DA REVISTA TRIBUNA DA ADASCA



EDITORIAL

Por: Joaquim M. C. Carlos *

A edição desta revista marca uma evolução sem igual no mundo da dádiva de sangue, não apenas pelo seu aspecto gráfico, como também pelos conteúdos, e pelo facto de se tratar de uma iniciativa promovida pela única Associação de Dadores de Sangue existente no Concelho de Aveiro.
Através desta revista pretendemos dar a conhecer as actividades que a ADASCA tem vindo a desenvolver desde o seu início, como as que vão ser realizadas no futuro, ainda que a sua edição seja trimestral.
É verdade que estamos em crise, mas não é só crise financeira que mais se faz sentir. A crise de valores morais e sociais, com o egoísmo e individualismo a minar o terreno da solidariedade, também nos preocupa imenso. Perante este sentimento não podemos nem devemos cruzar os braços.
Com a edição zero desta Revista, apenas com oito páginas a cores, damos a conhecer um pouco do muito que a ADASCA já realizou e prol da comunidade nomeadamente aquela que depende da transfusão de sangue e seus derivados.
Aproveitamos para agradecer ao Presidente do Instituto Portugues do Sangue (IPS), Dr. Gabriel Olim e à Directora do Centro Regional de Sangue de Coimbra (CRSC), Dra. Helena Gonçalves, a confiança que em nós tem sido depositada. Pela relação cordial existente entre nós, não podia deixar de agradecer às empresas (poucas) que decidiram contribuir com o seu apoio publicitário, na certeza que na próxima edição será mais expressivo.
Pela parte que me diz respeito, sempre fui caracterizado como irreverente e por muitas vezes dizer aquilo que os outros apenas pensam, e sem medo de falar do que for, sempre na defesa e pelo respeito integral dos direitos dos dadores de sangue nossos associados.
Sentimo-nos muito honrados pela gentileza de dedicar algum tempo à leitura desta Revista, o que desde já agradecemos, esperando que ela seja agradável, como também pelas sugestões que nos queiram enviar.

*Director da Revista TRIBUNA da ADASCA

11.23.2010

COMBATENDO O APOLITICISMO CONTEMPORÂNEO





COMBATENDO O APOLITICISMO CONTEMPORÂNEO

O problema político é, no momento presente, o grande problema dos povos, o problema número um das nacionalidades.
As massas desorientadas, sufocando, em seu próprio prejuízo, o escol social, ameaçam a Civilização no que ela tem de mais nobre - não propriamente o conjunto das modernas conquistas científicas, mas os princípios morais a cuja sombra a humanidade tem podido viver e desenvolver-se.

Esta indiferença é, porém uma realidade inegável, e isso já levou Angel Lopez Amo a abrir o seu livro que intitulou "La Monarquia de la reforma social", com as seguintes melancólicas palavras: "Falar ou escrever de política, em nossos tempos, é coisa tão necessária como arriscada. É necessária porque nunca como agora os povos marcharam, sabe Deus para onde, desprovidos de um pensamento político sério,
vociferando e debatendo-se com uma angústia que só é comparável à sua cegueira e ao seu pessimismo. Mas, ao tempo, homens e povos vão estando aferrados a uns princípios ilusórios, nos quais cifram nada menos do que os valores eternos da Humanidade: Liberdade, Democracia, Igualdade, Direitos do homem..."
Mas, como sentenciou o Marquês de Valdeiglésias - grande batalhador pela verdade política em Espanha - "serão inúteis todos os esforços individuais, todos os incitamentos, discussões e predicas dirigidas aos homens para que se capacitem da gravidade do momento e da importância das suas decisões, se, previamente, nada se tiver decidido sobre o grande problema da ordem política."
É portanto, um dever imperioso para os que têm responsabilidades, chamar insistentemente as atenções gerais para este problema humano.


Imagem da Assembleia da República

Muitos dormem um pr
ofundo sono político porque, tal como na parábola do Evangelho, ninguém apareceu a contratá-los para trabalhar. Outros andam desinteressados porque não se apercebem de que pode, de um momento para o outro, chegar a hora em que todos teremos que nos defender, mesmo contra a nossa vontade, para evitarmos de morrer ingloriamente.
E deste sono, e deste desinteresse resulta o apoliticismo, o grande mal desta geração, sobretudo porque, paradoxalmente, em tempo algum, como agora, as massas foram tão solicitadas, quase arrastadas a apoiar governantes ocasionais, saídos dos acasos das eleições, ou do jogo dos golpes de Estado. E este apoliticismo, que os próprios governantes fomentam, para que as massas sejam, mercê da sua ignorância, mais facilmente manejáveis e propendentes à docilidade, faz com que a participação destas na política, tenha deixado de ser um acto de inteligência, voluntário e consciente, para assumir todas as características de uma atitude passiva, quase irracional.
Combatendo o apoliticismo, não pretendemos fazer aqui a defesa de uma agitação política, esterilizante do labor da Nação. Entendemos, pelo contrário, que o cumprimento dos deveres políticos deverá ser um acto tão natural, tão despreocupado, como por exemplo, o dever profissional, não afectando qualquer dos outros deveres do homem, e enquadrando-se perfeitamente na sua vida normal.
O apoliticismo tem até o efeito de ser o primeiro e decisivo passo para o tripudio da tirania, na qual um povo está sempre em risco de cair, quando uma grande parte do seu escol se desinteressa dos problemas da governação pública.
É preciso, por isso, gritar a todos os desiludidos, aos saudosos das suas liberdades, aos arrependidos de antigas simpatias e colaborações, que o indiferentismo, abstenção, a apatia, nada resolvem, nada criam e de coisa alguma absolvem; e também esclarecer aqueles, que apesar de possuidores de espírito cívico, andam extraviados, ou correm sério risco de o serem, arrastados pelos erros filosófico-sociais que recheiam as doutrinas desumanas e satânicas. Fernando Amado disse certa altura que: "O povo tem direito à opinião; o povo tem direito ao diálogo; tem direito à crítica, tem direito a participar na vida política. E até, nas decisões graves tem direito a ser consultado. O Povo tem direito a estar presente na vida pública, representado o mais perfeitamente possível", o que não tem acontecido até aqui, porque caso contrário o País não estaria tão doente como está, tanto na área política como economicamente, quiçá a corrupção não teria minado esta sociedade em que estamos mergulhados, sem que dela nos vejamos livres.

Joaquim Carlos

* Imagem na Assembleia da República

11.22.2010

Características da pessoa amadurecida

Características da pessoa amadurecida

I. SENTE-SE BEM, COM RESPEITO À SUA PRÓPRIA PESSOA.

1. Sabe controlar as suas emoções os seus receios, a sua ira, o amor, os ciúmes, as ansiedades e o sentimento de culpa.
2. Sabe aceitar os desapontamentos da vida.
3. É tolerante, e não demasiado exigente para consigo, nem para com os outros. Sabe rir de si mesmo.
4. Não subestima, nem super estima as suas próprias deficiências e limitações.
5. Aceita as suas próprias deficiências e limitações.
6. Tem um respeito saudável (sadio) à sua própria pessoa.
7. Encontra satisfação nas coisas simples da vida: o pôr-do-sol, uma amizade, o cântico de uma criança.

II. TEM UMA BOA ATITUDE PARA COM OS OUTROS.

1. Sabe amar e considerar os direitos dos outros.
2. Estabelece e mantém relações com outras pessoas, que lhe proporcionam alegria e satisfação.
3. Predispõe a gostar de outras pessoas e a confiar nelas. E crê que elas vão corresponder!
4. Respeita e aceita as diferenças que encontra em outras pessoas.
5. Não procura mandar nos outros, nem manipulá-los; não permite que alguém assim proceda a seu respeito.
6. Tem capacidade de identificar-se com um grupo e integrar-se nele.
7. Sente a sua responsabilidade para com o vizinho e a humanidade de modo geral. Tem a consciência de que vive numa sociedade.

III. SABE ENCARAR E RESOLVER OS PROBLEMAS E OS DESAFIOS DA SUA VIDA.

1. Encara e tenta resolver os problemas, ao surgirem.
2. Aceita as suas responsabilidades.
3. Quanto possível, controla o mau ambiente; quando isso não é possível, faz os ajustamentos necessários ao seu próprio estilo de vida.
4. Faz planos para o futuro mas não receia o futuro.
5 . Recebe de bom grado novas experiências e novas ideias.
6. Desenvolve as suas capacidades naturais: procura sentir-se uma pessoa realizada.
7. Determina alvos realistas para a vida.
8. Pensa por si e decide por si.
9. Faz, de costume, o melhor que lhe é possível e encontra satisfação no próprio esforço para conseguir atingir os alvos propostos.

Joaquim Carlos
(Adaptado)

11.21.2010

CURA DO EGOÍSMO, RAZÃO DA LEI DO SACRIFÍCIO

CURA DO EGOÍSMO,  RAZÃO DA LEI DO SACRIFÍCIO

Nem todas as tendências dentro de nós são boas, de forma a poderem levar-nos a excessos. As três básicas dentro de nós dizem respeito ao espírito, ao corpo e às coisas. O instinto que pede aumento de conhecimento pode transformar-se em orgulho e a liberdade em licença. O instinto da carne e da propagação pode transformar-se em sensualidade invulgar. O instinto, ávido de posse, pode vir a ser avareza e exagero de guia. Se deixarmos à solta estes ímpetos, sem disciplina, serão como o potro por treinar ou o cão que não foi habituado à casa.
Há ainda outra razão para disciplina: é que existe em nós uma dupla lei da gravidade: uma a lei espiritual impele-nos para Deus, nosso Criador; a outra, resultado da herança do pecado, e a lei que nos empurra para baixo, para a Matéria. Todas as pessoas se transformam, de acordo com o que amam. Se a criatura ama o espírito, espiritualiza-se. Se ama a carne. materializa-se. As duas leis da gravitação podem ser comparadas a uma encosta. Se o homem sobe por meio do seu esforço e autodomínio, obedece à primeira lei. A segunda é o precipício, onde se cai fatalmente sem energias defensivas.
No egoísmo, o ego é centro de tensão, preocupação e satisfação, enquanto que aos outros se oferece a circunferência. De forma a podermos desenraizar o eu, e colocá-lo na circunferência, de forma a levarmos uma vida consagrada toda ao sacrifício, os outros têm de ser localizados no centro. Para isto, porém, é necessário domesticar os impulsos errantes, matar em nós toda a tendência para o que é baixo, por vezes disciplinar até as mais legítimas satisfações. A vida pode então atingir um ponto em que, em vez de serem os outros o centro, é Deus que começa a sê-lo. Nesta altura, o ser humano começa a ser utilizado pelo Omnipotente como instrumento Seu. Assim como um lápis escreve o que for que a pessoa dita, assim a pessoa inteiramente consagrada a Deus é instrumento do poder divino. Se o lápis voltasse contra a mão que o segura, a sua eficácia correria perigo. As obras máximas na terra são executadas por aqueles que totalmente se entregaram à vontade de Deus, em sacrifício absoluto, de forma que nos seus pensamentos, palavras e acções só poder divino se manifesta.
O desejo de erguer-se a alguma coisa de superior acaba por dar a morte a tudo que é inferior. Se as cordas de um violino pudessem ser conscientes, no momento em que o violinista as repuxa, gritariam de dor e agonia em protesto vibrante. Então o violinista teria de lhes assegurar que só submetendo-as a esta disciplina momentânea poderiam executar as mais belas melodias escondidas dentro delas. Se a um bloco de mármore fosse concedida consciência, gritaria de angústia ao ver aproximar-se o escultor com martelo e cinzel. Escondida dentro de cada bloco de mármore existe uma imagem, mas, precisamente como é impossível fazer surgir essa imagem sem retalhar, matar e sacrificar, assim é impossível ver aparecer a Divina Imagem, oculta em cada um de nós, sem ser à custa de cortes e mortificações. Tal como uma árvore dá melhor fruto depois de podada, assim a criatura produz mais e melhor se nela vier esculpir-se a cruz. O solo no Outono e no Inverno fica coberto de folhas podres, hastes e raízes, mas tudo isto produz o que é conhecido como húmus, ou antes matéria que vivifica a terra. Graças a esta morte, salpicando o chão, novas folhas, novas raízes, novas hastes surgem, cada vez em maior abundância. Como Francisco Thompson disse:
«Nada começa e nada acaba
Sem seu preço de sofrimento.
Todos nós nascemos da dor alheia,
E morremos na angústia só nossa».
Pode bem ser que o comunismo seja a morte ou o adubo ou a fecundação neste inverno de tristeza, de forma a poder surgir a primavera de uma civilização melhor. Muita gente vive abaixo do normal; se soubessem, se fossem assaz fortes para viver segundo a lei do sacrifício, começariam a exercer um autodomínio e, tornando-se senhores, capitães do próprio destino, achariam aquela paz que ultrapassa todo o entendimento. A lei do carácter exige que, se não tivermos uma Sexta-Feira Santa nas nossas vidas, nunca celebraremos o Domingo de Páscoa; sem a coroa de espinhos não pode haver halo de luz; sem corpo mortificado, não haverá corpo glorioso.
A tragédia do nosso tempo é o divórcio, visível em todas as suas obras e pompas. O maior divórcio é o que existe entre Cristo e a Cruz. O mundo ocidental divorciou Cristo da Cruz, e o comunismo pegou na cruz. Tem agora a cruz sem o Cristo.
Porque o cristianismo ocidental aceitou Cristo sem a cruz, pôs em equação o cristianismo com a doçura.
Não deseja ver as mãos trespassadas de chagas, pregando o sacrifício; só quer ver as mãos liriais, cor de neve, de um Mestre. Como Bernard Shaw disse um dia: «A cruz vista ao crepúsculo, barra o caminho». Shaw tinha razão: Barra o caminho. Veda o caminho à guerra, ao egoísmo e à crueldade. O nosso cristianismo ocidental deseja um sofá, e não uma cruz; um soporífico, não um desafio; enfim, deseja um cristianismo sem lágrimas. Trata-se pois de uma religião que não acorda oposições, porque não pode sentir-se hostilidade contra uma actínea ou contra uma cobertura de penas. Tão diluído anda este cristianismo, que é fácil fazer um pouco de Freud, um pouco de filosofia, salpicando a boa camaradagem com o sal do espírito de Kiwanis (1).
Um Cristo sem a cruz é cristianismo sem sacrifício e sem autodisciplina; é romantismo, sentimentalismo, uma mão-cheia de sensaborias com fraca resistência para o mal, absolutamente desprovidas daquela indignação moral, que pega no azorrague e expulsa compradores e vendedores dos templos. Não admira que na torrente de uma falsa amplitude de visão, o mundo ocidental tenha identificado Cristo com Buda, pois Buda também não conhecia os feitos da cruz.
Quando o cristianismo ocidental divorciou Cristo da cruz, o cristianismo recolheu a cruz, mas rejeitou o Cristo. A cruz sem Cristo não passa de um sinal de contradição, um perfeito símbolo da filosofia da dialéctica, própria para a luta de classes, tese e antítese, guerra e discórdia.
Os nazistas tinham já negado a cruz e construíram uma cruz dupla. Apoderando-se da cruz sem Cristo, os comunistas já não podem pregar o sacrifício, porque sacrifício é impossível sem amor. Possuindo só ódio nos corações, a cruz transforma-se em violência; a violência toma a forma de perseguição, exílio, Sibéria, amolecimento de cérebros, assassinato, subterrâneos do Kremlin, armadilhas da Polícia Secreta, guerra e quintas-colunas. Em todo o caso instalaram no mundo, por eles conquistado, a renúncia, não em nome do amor mas por causa de um estado totalitário. Um dia, um capitão chinês disse a um missionário prisioneiro, que lhe lembrava que ele não tinha comido ainda e eram cinco horas: «Não quero comer o arroz do povo, até ter feito o trabalho do povo». Há alguma coisa de admirável nesta entrega tão abnegada a uma causa, mas que termina na frustração: a cruz sem Cristo não passa de uma barra vertical - a vida - cortada pela barra horizontal- a morte.
De um ponto de vista religioso, não se pode admitir nem o cristianismo sentimental ocidental nem o comunismo. O problema é este: encontrará Cristo a Sua cruz ou encontrará a cruz o Cristo? Logo que o mundo renuncia ao sacrifício da imolação e da disciplina, descobre que sacrifício e imolação voltam de novo debaixo de outro nome, isto é, voltam por meio da violência e do ódio dos comunistas. Se o nosso mundo ocidental recuperasse a autodisciplina no lar, ou seja a integridade na vida da família, na educação e na vida pessoal, prepararia a paz, que só pode ser alcançada por meio da guerra.
A paz não é alguma coisa que nos seja dada; a paz é alguma coisa que nós fabricamos. Bem-aventurados os pacíficos. A paz é o produto da guerra - guerra não contra os outros, mas contra o pecado, o egoísmo e o egotismo; o salário da guerra é a cruz, não a que luta cá fora como a espada de S. Pedro, que corta as orelhas dos outros, mas uma espada virada para dentro, para cortar o egoísmo que destrói a fraternidade humana com um único pai e a Redenção por meio de Seu divino Filho. Deus odeia a paz naqueles que destinou para a guerra, e nós todos estamos destinados à guerra contra tudo o que é vil e podre em nós mesmo.

(1): Associação Internacional de Clubes de Homens de Negócios organizada em Detroit em 1915 com o fim de difundir os princípios de hostilidade comercial, boa camaradagem, etc.




CURA DO EGOÍSMO (I)

A característica da criança é a ausência de qualquer intervalo entre o desejo e a sua satisfação. Logo que uma necessidade, um ímpeto se apoderam do espírito da criança, logo ela procura satisfação imediata. Esta é uma das razões por que as crianças choram com tanta facilidade. Quando essa característica se mantém na vida do adulto - muitas vezes assim sucede - podemos realmente chamar-lhe infantilidade. Observa-se isto, sobretudo em adultos que, quando sentem a necessidade de fumar um cigarro, ficam infelizes até satisfazerem o seu desejo. Quantas pessoas haverá no mundo, capazes de negarem a si próprias a satisfação de fumar um cigarro, só como prova de autodomínio, ou porque desejam oferecer o mérito do sacrifício pelo amor de Deus e pelos pecadores do mundo?
Todo o ser humano é propenso ao egoísmo. Oscar Wilde disse uma vez: «O amor por nós próprios é o começo de um romance que dura a vida inteira». O egoísmo pode manifestar-se na jactância, na vã vaidade em procurar o melhor lugar à mesa, em aborrecer os outros - porque um massador já foi descrito como o homem que nos priva da solidão, sem jamais servir de companhia. Nunca se viu pessoa alguma que monopolizasse a conversa, sem correr o risco de a tornar monótona. Uma rapariguita, numa festa, ao ver outra convidada mesmo na sua frente pegando numa fatia de bolo, exclamou: «Que gulosa tu és; pegaste na fatia maior! Era a que eu queria para mim».
Quando os excessos começam a manifestar-se, pouca gente há capaz de tomar a resolução de contrariar os seus desejos; todavia a resolução é a única coisa mais forte ao nascer do que em qualquer outra altura. As resoluções morrem novas, como acontece aos bons. O egoísmo manifesta-se por meio do orgulho, ambição, luxúria, gulodice, inveja e preguiça. A ideia básica desta filosofia é que devemos satisfazer todas as nossas vontades a todo o momento, e, já que este mundo é a única coisa que possuímos, devemos extrair dele quantos prazeres nos for possível obter.
Devemos lembrar-nos que existe outra filosofia ao lado do egoísmo. Esta outra filosofia pode resumir-se toda no princípio: primeiro o jejum, depois a festa. A filosofia do egoísmo dá a primazia à festa, e deixa para o dia seguinte as renúncias e os lamentos. A filosofia do autodomínio crê no autodomínio, isto é, crê que cada um pode e deve ser capitão e senhor do próprio destino, se tiver vontade firme. A filosofia do egoísmo significa que só os outros devem ser mandados. Formas externas de escravidão, tais como maus hábitos, propensão excessiva para as bebidas, acabam por fazer prisioneiro o eu, pois não existe unidade interna para opor ao exército invasor. Logo que a tentação se apresenta, a personalidade sucumbe.
A melhor definição da filosofia da autodisciplina e do autodomínio é-nos dada por Nosso Senhor, a quando duma visita feita pelos Gregos. Os Gregos não se dedicavam à filosofia do prazer como acontece com a nossa civilização ocidental; em todo o caso não podiam compreender sacrifício ou amor, capazes de sofrimento em busca de um lucro maior, todo espiritual; o seu sistema desconhecia os dois extremos. Aproximaram-se primeiramente de Filipe, talvez por este vir de uma cidade que havia sido influenciada pela civilização grega, talvez porque o seu nome era grego. Diziam os Gregos qual o seu desejo de ver Nosso senhor. Por sua vez, Filipe comunicou este desejo a André, detentor também de um nome grego. Houve então uma conferência entre os dois Apóstolos com os nomes gregos. Não sabemos qual o motivo por que os Gregos ousaram pretender ver Nosso Senhor. Pode ser porque Ele dissera que o templo seria casa de oração «para todas as nações». Resolução tão revolucionária deve ter agitado os Gregos, que escutavam um dia estas palavras de Alexandre: «Deus é pai comum de todas as nações». Não sabemos precisamente por que motivo queriam encontrar-se com Nosso Senhor, mas é-nos lícito supor que vinham solicitar a resposta que Ele lhes deu.
Provavelmente, disseram-Lhe que anteviam para Ele cólera, crescendo cada vez mais, ira e decerto a morte à Sua espera. Pode ser que Lhe dissessem:«Se ficardes aqui, morrereis e a vossa vida como Mestre em breve terminará». Vinde para a nossa grande cidade de Antenas, a cidade dos homens sábios. Só uma vez matámos um dos nossos mestres, Sócrates, e nunca mais deixámos de lamentar essa morte. Se vierdes connosco é bem natural que organizareis um estado como o de Sólon ou abrireis uma escola de Peripatéticos, como fez Platão, tão grande é a vossa ciência, ou então podereis fazer reviver e criar dramas à moda de Ésquilo. Todos os conhecimentos, toda a filosofia, tudo o que é intelectualidade no mundo veio de nós. Vinde connosco. Sentai-vos no Areópago e viveremos a ouvir-vos.
Eis decerto o teor das palavras dos Gregos, pois Nosso Senhor respondeu-lhes assim: «Para o Filho do Homem chegou o momento de concluir a obra da sua glória. Acreditai-me, quando vos digo: um grão de trigo tem de se sepultar na terra e morrer, ou nunca será mais do que um grão de trigo; mas, se morrer, dará rico fruto. Aquele que ama a sua vida perdê-la-á, aquele que desprezar a própria vida neste mundo salvá-la-á, e viverá eternamente». Nosso senhor disse aos Gregos: «Vós não desejais que eu permaneça aqui; quereis que salve a vida. E eu digo-vos que há duas coisas que podeis fazer a uma semente. Podeis comê-la ou podeis semeá-la. Se a comerdes, dar-vos-á um prazer momentâneo. Se a semeardes, sofre, é crucificada, é enterrada na terra; mas multiplica-se e ressurge numa vida nova. Deixai que vos diga que me considero a semente. Não vim ao mundo para viver; vim para morrer. A morte para o vosso Sócrates foi um obstáculo; interrompeu os seus ensinamentos. Para mim, porém, a morte é o alvo da minha vida; é o alvo que procuro. Sou o Único que jamais viveu a vida de trás por diante. Vim para morrer como a semente; assim como vós admirais o homem que dá a vida voluntariamente para salvar um outro homem de morrer afogado, também eu vim para morrer, de maneira a poder salvar a humanidade. Eu não sou um homem como os outros; sou Deus e homem. Não sou um Mestre. É por isso que me convidais para que eu vá a Antenas ensinar. Mas eu sou essencialmente o Salvador, o Redentor. É possível que tenhais escutado o Sermão da Montanha e agora desejásseis ouvir pregar em Antenas esta sabedoria. Não sabeis que existe íntimo e absoluto parentesco entre a montanha das Bem-aventuranças e o Monte do Calvário?»
«Que venha alguém a um mundo freudiano e diga: «Bem-aventurados os limpos de coração», e será crucificado. Que venha alguém ao mundo atómico e diga: «Bem-aventurados os mansos», e trespassar-lhe-ão aos e pés com cravos agudos. Que venha alguém ao mundo endoidecido à busca do prazer, e diga: «Bem-aventurados os que sofrem perseguições», e coroá-lo-ão de espinhos. Não vos vanglorieis que me pouparíeis a vida se eu fosse para Antenas; dentro de um ano, a minha sentença de morte estará escrita em grego sobre a minha cruz. A morte não será porém a morte. Ninguém pode tirar-me a vida. Sou. Sou eu que me despojo da vida. Enquanto viver, a minha existência é semente por plantar, valiosa em mim, mas quando, como desenvolver-me-ei em novas vidas, em aumento sempre constante. Este aumento não virá a despeito, mas sim em virtude da minha morte, que será pela Ressurreição. Esta é a minha glória».

Conclusão da I Parte. O próximo capítulo será dedicado à "Razão de lei do sacrifício."