12.18.2011

QUE NATAL PARA OS NOSSOS POBRES?

O meu coração, embora cansado de bater, transborda de ternura e de amor para com os seres e as coisas, nesta quadra festiva e evocativa. No entanto, nunca como nesta data, me sinto mais triste e angustioso. Lembro-me dos que nada têm, nem família ou parentes chegados, e que nesta altura se sentem como se nada fossem nesta vida e neste mundo onde se instalou a confusão, com agravante da chaga do desemprego.

A esses eu abro os braços, e todos os que sofrem, por várias razões, são a grande família que neles aperto de encontro ao meu coração. Mas sofro ainda mais porque não tenho possibilidade, de levar um pedaço de pão a todos os que têm fome, um agasalho aos que têm frio, uma palavra de conforto aos desesperados.

Eu sozinho, pouco posso fazer em favor dos famintos e dos desgraçados a quem a vida jamais sorriu. Mas tu, amigo, e tu aqueloutro e outro mais, todos nós em conjunto, se quisermos, somos capazes de realizar alguma coisa de belo e humano e erguer uma voz cujo eco repetirá pelas artérias congestionadas dessas grandes cidades.

As riquezas do mundo estão mal distribuídas, e em cada homem existe uma dose de egoísmo (excepção feita aos espíritos raros) que empalidece o brilho dos seus sentimentos.

Não é preciso ter a piedade de Jesus, a filosofia de Job ou a ternura de S. Francisco para dar a quem sofre. Para isso basta dedicar um único dos mil quatrocentos e quarenta minutos que o dia tem, analisar as nossas acções. Quantas iniquidades cometemos com o sorriso nos lábios, e valha a verdade, sem mesmo as avaliar. Perdulários, vaidosos e sôfregos de prazer, há homens e mulheres que consomem fortunas nas suas futilidades, quase sem discutir preço, mas pensam três vezes na modestíssima quantia com que hão-de subscrever um donativo.

É verdade que os bens terrenos não têm uma divisão equitativa, mas eu não censuro os ricos... Nada disso. Que Deus lhes aumente ainda mais a riqueza! O que eu lhes peço é que se lembrem dos que nada têm e por eles distribuam um pouquinho da sua fartura.

É isso o que eu te quero dizer, amigo. Que o teu monte cresça; gasta ou amealha, conforme queiras, mas não te esqueças de que há tanta gente necessitada a quem as migalhas da tua mesa e as roupas quase esquecidas nas tuas gavetas, poderiam alimentar e agasalhar.

Na maioria das casas ainda não existe o chamado "quarto de arrumos" que melhor se chamaria o "cemitério das coisas". Durante anos, objectos e roupas ali envelhecem, se deterioram e quando o bolor e a traça completam a sua nefasta acção, vai tudo para o lixo. Isto só tem uma qualificação: procedimento criminoso. Nalguns casos raros, dá-se a um pobre um casaco já bafiento ou um par de sapatos com as solas esburacadas. No entanto, esse casaco, há anos, quando foi "arrumado" no tal quarto, era de aspecto decente e não tinha bafio; porque não se deu nessa altura a quem dele precisasse? Para que se deixou estragar? Os sapatos que se puseram de parte, ainda em estado de conservação aceitável, por que não se deram também nessa ocasião? Porque o egoístico sentimento de posse não o permitiu. Há quem estupidamente delire em dizer para si mesmo: "está ali, é meu"! "E o está ali" apodrece, não lhe serve para nada nem aproveita a ninguém!

Não se suponha que faço aqui a apologia de se exercer a caridade apenas na quadra do Natal. Os pobres precisam durante todo o ano, mas eu, amigo, é que aproveito esta oportunidade da Festa Familiar para falar ao teu coração, para lembrar aquilo que deves fazer sempre: DAR!

Há uns anos, numa digressão que efectuei ao Algarve, li um reclame que dizia assim: "Comer chocolates da marca tal é sempre Domingo". Porquê? Porque o domingo é o dia que nos agrada, é o dia que nos dá maior prazer. Ora, para termos o prazer de dar, é sempre domingo!

O prazer de dar suplanta todos os outros. Experimenta, amigo, e verás com que alegria dás aos necessitados o que a ti não faz falta! Contudo, dá o que pode ser imediatamente aproveitado e não, por exemplo, o par de sapatos esburacados; quem os recebe não tem dinheiro para a meias solas e, por isso, continua a andar com os dedos de fora; assim dá-lhe ao menos, o necessário para o sapateiro; isso será duplamente agradecido. Não basta dar; é preciso dar o que é útil.

Dá com o coração e com a cabeça e lembra-te sempre que "dar aos pobres é emprestar a Deus". Não te sentirás ufano em ser credor da Omnipotência? Pois olha que isso é fácil. Dá tudo o que não precisares, e dá também, se assim o entenderes, alguma coisa do que necessitas. Vê bem que os pobres, como tu, possuem um estômago e, como tu também, um corpo que precisa de ser vestido. Não alimentes nem estimules com o teu óbulo (donativo) a mendicidade industriosa, mas socorre a verdadeira miséria, e principalmente a miséria envergonhada, aquela que raras vezes estende a mão à caridade pública. Eleva um pensamento a tua mãe quando encontrares aquela velhinha trôpega, recorda-te dos teus filhos quando vires dois garotinhos andrajosos, de facezitas esquáticas, e lembra-te de i próprio se eles te pedirem esmola para o pai doente.

Ah! Tu já tens lágrimas nos olhos! Bom sinal! Eu bem sabia que tinhas coração, amigo. Aproveita então esta oportunidade do Natal e faz uma revista ao "quarto de arrumos", compartimento, aliás, que agora penso que já existe nas novas casas, visto que os técnicos negaram em tempos e com razão, a sua "utilidade". Quer tenhas quer não, abre os armários, as gavetas e as malas. O que ai há de roupa que não usas! Vestido de tua mulher, fatos teus, calçado, um mundo de coisas entregues à volúpia da traça, por mais naftalina que lhe ponhas.

Não haverá ao pé da tua porta pessoas a quem sejam altamente úteis essas tuas inutilidades? Não tens a quem dar? Então despacha isso para nós, melhor entregue tudo isso na nossa associação. A ADASCA sabe onde a miséria vive; nós conhecemos pobres que necessitam do teu auxílio, aqueles a quem as coisas velhas, sem préstimo para ti, vão servir de coisas novas, cheinhas de utilidade.

Procede como te digo e, aliás como o teu coração manda. Quando vires pela porta fora os velhos trastes e roupas do teu "cemitério das coisas", sentirás um imenso alívio na consciência e um aleluia bem fundo no coração. O teu fato com que embirravas, e por isso não vestias, em vez de jazer no túmulo duma mala, vai de novo servir para cobrir um ser igualzinho a ti, mas a quem a fortuna não bafejou. Isto não te alegra? Certamente que sim. Verás como este Natal terá um novo encanto!

Sentado à mesa farta, no aconchego da tua casa e rodeado pela tua família, pousarás os olhos no Menino rosado do presépio, que, desde as palhinhas do seu berço, te sorri com elevo.

O olhar de Jesus Cristo cai sobre ti, e o seu coração, como o meu e o teu, transborda de ternura e alegria, ao ver que os homens não esqueceram de todo a verdade do Seu Verbo, nem em vão Ele viveu uma existência terrena de martírio, a pedir para os que têm fome e têm frio. As riquezas amontoadas causam perturbações sociais e inquitação permante. O mundo tem necessidade de gestos solidários. O frio chegou: o necessitado espera.

Boas Festas, amigo, e em nome dos deserdados que, nesta quadra, devem a ti um pouco de conforto, a eterna gratidão do amigo de sempre.

Por Joaquim Carlos.

Presidente da Direcção da ADASCA

Site: www.adasca.pt

Blog: aveiro123-portaaberta.blogspot.com

Tlm: 967 023 502 + 964 470 432

NB: Os interessados em ajudar com donativos podem fazê-lo de forma segura por transferência bancária, ou através de cheque nominativo a ADASCA.

NIB da ADASCA: 0036 0189 99100051821.35, Montepio Greal, Balcão de Aveiro, opção donativo, Eucalipto, Rua de Anadia, nº. 10, Empreendimento Vila Jovem, 3810-208 Aveiro.

*Aceitamos roupas de adulto e criança, calçado, brinquedos, azeite, óleo, bacalhau, enlatados, arroz, massas, frutos secos, farinha, açucar, bolachas/biscoitos, leite, chocolate em pó em barras, bolos rei, café, chá, entre outros bens alimentícos de longa duração.

Emitimos recibos.

12.13.2011

Dirigentes Associativos Indignados com as Taxas Moderadoras



Dirigentes Associativos Indignados com as Taxas Moderadoras

A ADASCA de Aveiro, está a fazer a sua parte ainda que não dê nas vistas. O silêncio que se faz sentir não é novidade, pelo menos para mim, vou ter que me habituar a este estado de alma lusitana.
Acredito que existe no mundo da dádiva de sangue homens e mulheres determinados a não ficar resignados, porque as associações sem dadores deixam de ter razão de existir, tendo em conta que a nova direcção do IPS vai implementar medidas de contenção mais duras, por determinação do Ministro da Saúde.
Vão ser despedidos mais funcionários, além de administrativos, inclui médicos e enfermeiros. Aguardo para ver onde vai parar a onda de cortes, até parece que os dadores são os seus causadores.
Sou da opinião que os dirigentes associativos indignados com as medidas que vão entrar em vigor em Janeiro, forçando os dadores a pagar os valores das taxas moderadoras, devem reunir-se no Centro Regional de Sangue do Porto, os da zona Centro, no Centro Regional de Sangue de Coimbra, os do Sul em Lisboa ou noutros locais, afim de ser eleita uma Comissão de Dirigentes Indignados com as referidas medidas, sob pena de amanhã sermos nós acusados pelos dadores nossos associados de laxistas, acomodados, de crermos ficar bem na imagem ao lado de quem nos está a entalar, que não nos respeita.
Pela parte que me diz respeito, na qualidade de fundador e Presidente da Direcção da ADASCA estou disponível para promover uma reunião do género em Aveiro, ou deslocar-me ao Porto se os Colegas do norte assim o entenderem, tendo em conta que já ontem era tarde, não podemos ficar paraplégicos.
O Senhor Ministro da Saúde por imperativos morais deve ouvir os dirigentes das associações, os tais que trabalham todos os dias no terreno em prol da dádiva de sangue. Se quiser ouvir as lamentações das federações que o faça, mas, tenha em conta que nós os indignados não se revêm nestas federações, pelo que não devem falar em seu nome.
Em Aveiro, estou a ponderar a possibilidade de recomendar aos nossos associados a não pagarem as brutais e indignas taxas moderadoras que nos querem impor. O IPS tem vindo a somar lucros à nossa conta... por isso reclamamos o devido respeito, não só pelo nosso trabalho como pelos que acreditam em nós, e que de livre vontade fizeram questão de se associar a nossa associação.
Finalmente, sou um dos que não acredito na eficácia da famigerada Comissão Nacional para a Promoção da Dádiva, considero-a uma iniciativa infeliz, além de tendenciosa, com o passar do tempo vamos ver os frutos que vai dar. “Tudo se cala, sabes, até a nossa alma – ou então somos nós que não ouvimos” (Marguerite Yourcenar).

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Director da Revista Tribuna da ADASCA
(Jornalista)
Site: www.adasca.pt + geral@adasca.pt

11.18.2011

Alterações no Conselho Directivo do IPS,IP - Prof. Hélder Trindade sucede na presidência a Álvaro Beleza





Alteração no Conselho Directivo do IPST

Cessa funções o Conselho Diretivo do IPS, IP presidido, pelo médico de imunohemoterapia, Álvaro Beleza, coadjuvado pelos vogais Dra. Eva Falcão e Professor António Sousa Uva.
O Instituto Português do Sangue, IP tem um papel fulcral no bom funcionamento do sistema de saúde português e presta um serviço inestimável à comunidade, pelo que no quadro atual do país, era necessário reestruturá-lo, torná-lo mais moderno e eficaz, sem nunca perder de vista a garantia de excelência reconhecida internacionalmente.
Após quase 10 meses à frente da Instituição é tempo de fazer o balanço da atividade desenvolvida e do caminho traçado para o futuro.

Custos e Receitas
Os resultados obtidos, comparados com os relativos ao mesmo período de 2010, revelam um decréscimo do total dos custos em 11% (cerca de 3 milhões de euros) e um aumento da receita cobrada em 13% (cerca de 4 milhões de euros).
Na atividade do IPS, IP regista-se também um aumento da produção e envio de componentes do sangue para os hospitais em 2%, graças à diminuição de inutilizações em 7%, o que significa um claro incremento da produtividade.
Ao longo do corrente ano, CD do IPS,IP preparou também um conjunto de medidas que significarão, no futuro – nalguns casos a breve prazo –, uma redução de despesa, no qual se destaca aquilo que será o novo modelo funcional do Instituto, resultante da fusão entre o IPS, IP, a Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST) e os Centros de Histocompatibilidade.

Comunicação e Promoção da Dádiva
Houve um forte incremento de toda atividade relacionada com a comunicação.
Foram criadas comissões nacionais, nos diversos domínios, constituídas por profissionais dos 3 Centros Regionais, Serviços Centrais e Serviços de Sangue, promovendo desta forma um maior conhecimento das realidades e variantes regionais, permitindo avançar numa harmonização de processos.
Neste processo houve também uma abertura aos nossos parceiros, uma vez que foram envolvidos no trabalho e definição estratégica do IPS, IP, os dirigentes de Associações de dadores de reconhecido mérito, do norte, centro e sul do país, integrando a comissão nacional de promoção da dádiva. (e os outros o que são?)
O sítio de internet do IPS, IP foi reestruturado tendo agora uma imagem mais moderna e foi criada a página oficial do Facebook que tem agora uma atividade regular e é consultada por centenas de pessoas, sobretudo as mais jovens. Foi, ainda, lançada a sua primeira Newsletter apelidada de “Notícias de Cá e Lá.
A renovação geracional dos dadores de sangue foi o elemento central no lançamento da Campanha de verão Dador-Salvador, que contou com colaboração do surfista Tiago Pires e da judoca Telma Monteiro e profusamente divulgada na comunicação social.
Ao longo do mês de Agosto, com 7 Unidades Móveis estacionadas nas principais praias do país, inscreveram 3006 pessoas, colheram-se 2315 unidades e 914 pessoas deram sangue pela primeira vez.
No passado dia 14 de Outubro foi inaugurado o novo Centro Regional de Sangue de Coimbra, o que permitirá uma maior racionalização e eficácia da gestão de recursos humanos e materiais, nomeadamente em toda a rede de Sessões de Colheita a nível nacional.

Implementação de medidas que melhoraram o desempenho do IPS, IP
Foi criado, neste período, um stock de Emergência Nacional de 2.500 unidades de sangue que garante as necessidades em casos extraordinários e de calamidade ou acidente.
Após vários anos de inatividade, as câmaras de frio começaram a funcionar, sendo possível armazenar todo o plasma, o que resultará numa enorme poupança para o país
Durante o mês de Novembro está prevista a introdução da Metodologia Única de Validação de Componentes Sanguíneos Durante a Produção e de Controlo Estatístico do Processo para Melhoria da Produção.
A introdução da Abordagem Metrológica Única, já preparada para ser aplicada a partir de Junho de 2012, no âmbito do futuro IPST, significará também uma forte redução dos custos em ensaios por comparação.
Durante esta gestão foi preparada igualmente a aplicação de um novo modelo de Acreditação dos Métodos Laboratoriais, que pode ser usado a partir de Dezembro do próximo ano. Este modelo significará uma melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade e está normalmente associado a um aumento do índice de satisfação dos clientes.
Foram celebrados protocolos com vários Hospitais para que o IPS, IP centralize as análises a todo o sangue colhido, permitindo através de uma economia de escala, grandes ganhos financeiros, pois dá uma maior margem de negociação com os fornecedores, sendo possível a aquisição de material a melhor preço.
Em síntese, o Conselho Diretivo do IPS, IP num período de cerca de dez meses de trabalho, contribuiu decisivamente para que estejam reunidas as condições para o novo Instituto Português do Sangue e do Transplante funcione em moldes europeus.
O novo Instituto Português do Sangue e do Transplante, fruto da fusão entre o Instituto
Português do Sangue, a Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação e os
Centros de Histocomptabilidade, tem um novo Conselho Diretivo presidido pelo Professor Doutor Heldér Trindade (atual Diretor do Centro de Histocomptabilidade do Sul) e pela Dra. Gracinda de Sousa (atualmente desempenha funções no Centro de
Histocomptabilidade e foi Diretora do Centro Regional de Sangue de Lisboa), médica de imunohemoterapia.
Dr. Hélder Trindade na imagem
O Professor Doutor Hélder Fernando Branco Trindade, nasceu a 8 de Novembro de 1953 e licenciou-se em Medicina em 1978, pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa. Em 1982, escolheu a especialidade de imunohemoterapia, área onde se tem destacado no seu percurso profissional, como um dos grandes especialistas.
O novo CD vai ter a seu cargo os destinos duma área da medicina, o Sangue e a Transplantação, em que a atividade desenvolvida em Portugal é reconhecida pela comunidade científica internacional.

Fonte: site do IPS
Data: 18/11/11

11.01.2011

Actuação Brilhantíssima do Quarteto de Clarinetes na Escola Integrada do Marão

Actuação Brilhantíssima do Quarteto de Clarinetes na Escola Integrada do Marão

No pretérito dia 25 de Outubro, a escola integrada do Marão levou acabo uma actuação musical talvez em tudo diferente das habituais, convidando para o efeito o brilhantíssimo Quarteto de Clarinetes da Banda Marcial da GNR do Porto.

Esta iniciativa, de acordo com o que nos foi dado saber pela Profª. Paula Magalhães, insere-se no Projecto Comenius que envolve o acolhimento de um grupo de jovens oriundos de Espanha, Itália, Turquia e Roménia, ficando os mesmos hospedados em lares dos familiares de alunos que frequentam aquela escola.

A Revista Tribuna da ADASCA esteve presente nesta iniciativa, e acompanhou a actuação deste quarteto de clarinetes, conforme as imagens demonstram, tendo sido com frequência aplaudidos por uma numerosa assistência de alunos e professores, que por sua vez revelaram uma atenção espantosa, para com esta actuação sem paralelo. Aos elementos do referido quarteto foram dadas as boas vindas em cinco línguas diferentes, incluindo o português.

Na opinião da promotora desta iniciativa, Profª. Paula Magalhães, “tudo decorreu como estava previsto, aliás, superando mesmo as expectativas iniciais, incluindo os alunos tendo em conta que nunca tinha interagido com elementos da GNR desta forma, do ponto de vista pedagógico faz-lhes bem”, acrescentou.

A Serra do Marão é uma serra localizada no norte de Portugal e divide os concelhos de Amarante e Vila Real e ao mesmo tempo divide o distrito do Porto e o distrito de Vila Real, é a sexta serra mais alta de Portugal.

Esta serra do ponto de vista de alguns dos seus habitantes, está bastante esquecida por parte quer dos municípios quer pelos investidores, pois é uma serra com belíssimas paisagens e miradouros onde se praticam a nível amador diversos desportos motorizados incluindo o TT, actividades que podem levar aquele local mais pessoas de diversos pontos do País.
Os acessos à base da serra são óptimos (IP4) ou (N15) mas os caminhos que permitem atingir e explorar o topo da Serra são na verdade uma lástima, na opinião de um dos moradores. Seria muito bom que alguém se interessa-se mais pelo turismo nesta zona.

De acordo com o que podemos apurar, a Banda Marcial da GNR do Porto, tem vindo gradualmente a perder elementos, colocando-se mesmo a hipótese da sua extinção ou a sua transferência para Lisboa, deixando antever tempos dificeis de preocupação, desmotivação e descontentamento generalizado, por parte dos seus elementos e pela das pessoas que se verão impossibilitadas de aceder a espectaculos de alto nivel como os que apresentaram. Todos perdemos sem esta mais-valia do norte de Portugal.

Quando procuramos saber o total de actuações já realizadas em grupo, foi-nos dito que já somam mais de 67, desde Fevereiro, o que não deixa de ser espantoso, visto serem espectaculos gratuitos e descentralizados dos locais onde normalmente se podem assistir a espectaculos de indole musical erudita.

A nossa reportagem procurou saber um pouco mais acerca dos elementos que compõem este brilhante Quarteto de Clarinetes, e soubemos que têm formação superior musical, com Cursos de Conservatório, Licenciaturas e Mestrados. Assim podem dar dão o melhor que sabem, não só às escolas que os convidam, como também às instituições de cariz social que muitas vezes os convidam para espectáculos de solidariedade.

Nesta imagem podemos ver o Paulo Vergilio, Manuel Pinho, Manuel Carvalho, Carlos Silva, João Colaço e o senhor Mário Cardoso, o designado elemento das relações públicas.

Ouvimos muitas vezes falar de certas opções por instrumentos, principalmente daqueles que desejam aprender música, quando escolhem o clarinete. O clarinete consiste num tubo cilíndrico, com uma palheta que vibra de encontro à boca do tubo. Esta palheta, por ser única, faz com que o som do clarinete seja nitidamente diferente.

A família do clarinete é entre os instrumentos de sopro a que mais recentemente ocupou uma boa posição na orquestra. Ainda Mozart, quando viajava na Europa Central, escreveu um dia ao pai, dizendo: «Se ao menos tivéssemos clarinetes! Não pode imaginar o efeito encantador duma sinfonia tocada com flautas, oboés e clarinetes!»

O clarinete-baixo fica uma oitava abaixo na escala dos clarinetes. Diferentemente do clarinete vulgar, tem maior comprimento e outro aspecto. A extremidade inferior do tubo dobra-se, ficando voltada para cima e terminando em forma de sino. A extremidade superior também está inclinada, mas para baixo e de forma a tornar-se acessível à boca do executante.

O clarinete-contrabaixo é um instrumento pouco elegante e que corresponde, em som, ao contrafagote ou ao contrabaixo. Aparece poucas vezes nas orquestras modernas, pois é essencialmente um instrumento de bandas militares, como acontece na Banda Marcial da GNR do Porto, ao estilo de música de câmara.

Esperamos que a Banda Marcial da GNR do Porto não venha a ser extinta, que essa possibilidade não passe de meras hipóteses, caso contrário, tanto a GNR como o Porto no seu todo ficam mais pobres no campo musical e da cultura, o que será de todo desagradável e inacreditável. Portugal não é só Lisboa!

Parabéns a estes profissionais do brilhante Quarteto, e lembrem-se sempre daqueles olhares dos alunos da Escola Integrada do Marão, que tanto vos aplaudiu.

Joaquim Carlos
Director da Revista TRIBUNA da ADASCA
Jornalista (C.P.TEnº. 525)
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Deixamos aqui algumas fotos tiradas em actuação na Escola do Marão. Para eventuais espectáculos deste brilhantíssimo Quarteto de Clarinetes, aqui deixamos o contacto através de E-mai: bmpgnr@gmail.com