11.26.2012

BANCO ALIMENTAR A ENGORDA DA IGREJA CATÓLICA (2)


BANCO ALIMENTAR A ENGORDA DA IGREJA CATÓLICA (2)



De um amigo recebi o que anexo e que me foi dada autorização para divulgar.
Façam as vossas análises e tirem as respectivas conclusões.
Cumprimentos.


Meu Caro,

Temos o anti-clericalismo e a carbonária à solta.. O único defeito que eu noto - e já fiz notar ao responsável em Aveiro - é a de que cada campanha constitui uma imensa negociata para as "grandes superfícies": quereria vê-las, nesses dias, a fazer os tais descontos de 50%... Resume-se a uma imensa chantagem sobre o espírito de solidariedade de cada um... Mas daí ate´acusar de não sei quê as pessoas que voluntariamente procuram ajudar o seu semelhante vaio uma distância imensa: a que separa as pessoas honradas da canalha ("bloquistas", comunas e afins...) - recalcados, complexados, inúteis... - que bolsa estas asneiras...
Adianto uns escritos acerca do assunto (mas há muitos mais...). Se entender, pode divulgá-los.
Um abraço!


"A propósito dos recentes ataques a Isabel Jonet
Mário Pinto, Prof. jubilado do ISCTE e da UCP
1. Com as estruturas constitucionais e legais que ninguém nos impôs, mas são aquelas que como povo decidimos e gerimos democraticamente, entrámos numa grave crise económica e social. Essas estruturas são, aliás, análogas às de muitos outros países que não estão, ou estão muito menos, em crise como nós. É portanto evidente que as causas não são apenas estruturais, mas sim dos nossos costumes: não estaríamos como estamos, super-endividados e sem competitividade económica (ou estaríamos muito menos) se, governantes e governados, tivéssemos sido suficientemente sóbrios, diligentes e honestos. Mas esta explicação da crise é tabu. Como se comprova com a clamorosa agressão mediática raivosa, de uns tantos contra Isabel Jonet, apenas porque ela expressou algumas opiniões sobre a crise e os costumes na televisão.
2. Porquê tanto «ódio ideológico»? Porque se sentem incomodados (eles dirão: indignados, porque cada um padroniza a sua dignidade) por haver quem (por amor, ou caridade, é a mesma coisa) vai socorrer os que precisam, sem estar à espera de reformas estruturais ou políticas, utópicas e falsas — porque nunca e em nenhum lugar deixou de haver pobres e necessitados, e não se pode esperar por elas enquanto alguém sofre?
Se estes «indignados» fossem interrogados acerca da sua opinião sobre a legitimidade da censura à liberdade de expressão, eles indignar-se-iam outra vez, só porque se lhes admitia a indignidade de adeptos da censura. E contudo são censores; e ferinos censores. Eles são, aliás, os «acusadores eternos» — não apenas críticos — por tudo e por nada enquanto não seja tal e qual como pensam e querem mandar, apesar de se reclamarem como democratas.
3. A sua tese é muito simples, mesmo caricatural: nada de sentimentos personalizados, tudo estruturas e funcionários remunerados. Nada de doação, de gratuitidade na sociedade civil (que é sociedade de relações personalizadas entre iguais); tudo de prestações do Estado, pagas pelos impostos forçados de todos, proporcionalmente dos mais ricos, e realizadas mediante a intermediação de funcionários profissionalizados. Isto é, tudo em relações burocráticas exclusivamente políticas: entre, por um lado, o Estado sem face; e, por outro lado, cidadãos anónimos. O problema das relações das pessoas dos cidadãos, entre si, não se coloca. É assim que, paradoxalmente, defendem a liberdade, a igualdade e a responsabilidade dignificantes, em nome da dignidade da pessoa humana, segundo o lema da Contemporaneidade: liberdade, igualdade, fraternidade.
4. Não dizem é quem garante a «moralidade» do Estado e dos funcionários — quem guarda o guarda — quando tudo colocam na sua acção e poder burocrático, em que toda a gente é ninguém porque é anónima. Não admitem que o paradoxo que a sociologia moderna já desmascarou, entre o alegadamente generoso interesse geral e o realíssimo interesse egoísta privado, opera mesmo nos políticos e nos funcionários, como pode por exemplo aprender-se com o sociólogo Mancur Olson. Não será por acaso que os impostos o são pela força; e que a parábola do (Estado) predador sedentário tem verosimilhança.
5. Em seu entender, quem não entende as coisas à sua maneira politicamente correcta, não reconhece direitos e deveres. Ora isso é falso. Os direitos e os deveres fundamentais do Estado de Direito Democrático de modelo social europeu, de que nos reclamamos constitucionalmente, fundamentam uma sociedade de titulares que são pessoas responsáveis de direitos e de deveres com conteúdo personalizante (ou não seriam então reconhecidos com base na dignidade da pessoa humana, como efectivamente são). Os deveres constitucionais de solidariedade não se limitam a pagar impostos; e as liberdades fundamentais pessoais, como as «caritativas», que não forçam ninguém, não podem ser censuradas como heréticas.
6. O que Isabel Jonet faz, distribuindo gratuitamente pela federação do Banco Alimentar, é apenas facilitar a doação de muitos milhares de pessoas, que dão para Isabel Jonet distribuir. Se o que ela faz é «caridadezinha» que merece ser ridicularizada, então os ridicularizados são esses muitos milhares de pessoas que, sem se cansar, repetidamente têm vindo a dar; e os que aceitam receber. Digam lá, esses mal-dizentes, se querem acusar todos estes milhares de cidadãos de «caridadezinha». Algumas vozes anónimas até disseram que vão deixar de dar, sinal de que já deram para a caridadezinha — obviamente, ninguém dá nada pessoalmente a Isabel Jonet. Terão dado? Vão deixar de dar?
7. Se o que se pretende atingir é o humanismo ou o credo cristão — que, na nossa sociedade, possa estar por detrás destas iniciativas caridosas —, então é preciso responder bem alto e destemidamente que os cristãos não podem ceder perante a tentativa de ridicularizar [1] a sua verdade, [2] a sua liberdade e [3] a sua história.
8. A sua verdade é que confessam sem vergonha Deus e o amor ao próximo, como indissociáveis. A sua liberdade é que estão dispostos ao martírio final, se necessário, o que definitivamente os liberta perante tudo e todos. A sua história é que, com muitos erros e muitos acertos, muitos pecados e muita virtude, confessam-se diariamente pecadores perante Deus, mas não se envergonham perante quaisquer juízes humanos que agora pretendam ter descoberto a suprema iluminação e a suprema perfeição que os legitima para julgar e condenar sumariamente.
9. A doutrina cristã da Igreja tem um conteúdo teológico de fé, de esperança e de caridade, que engloba não apenas a relação com Deus, como solidariamente também a relação fraterna entre os homens. E acerca da fraternidade, as obras de caridade dos filhos da Igreja, por todo o mundo e ao longo de séculos (bem como a Doutrina Social da Igreja, mais sistematizada na Contemporaneidade), pedem meças com o património histórico dos que hoje se apresentam como julgadores perfeitos e detentores da justiça automática, eficiente e perfeita, das máquinas estatais.
10. O pensamento social cristão — constantemente proclamado pelos Papas e por mil instâncias dentro da Igreja, como por exemplo as conhecidas Comissões Justiça e Paz —, não é apenas pensamento; é também acção politicamente fecunda, de muitos modos, designadamente em partidos e em sindicatos, na Contemporaneidade. Não é possível agora aqui invocar os legítimos títulos de cidadania política e social dos católicos, na experiência histórica ocidental da Contemporaneidade (embora erros concretos também haja). Baste lembrar que a mais antiga internacional sindical é de origem cristã; que a União Europeia e a defesa da ONU e da paz e cooperação internacional são bandeiras destacadamente levantadas pelos católicos; que, no Parlamento Europeu, o maior grupo parlamentar é ainda hoje de ascendência cristã.
11. Os católicos, com erros e acertos como todos os homens, não se envergonham do seu passado em Igreja; não se envergonham da sua fé, da sua esperança e da sua caridade. E não faltarão com o seu testemunho contra aqueles que se erguem como censores totalitários do pensamento caridoso. Merece aprovação que os católicos sejam pacientes. Sobretudo a hierarquia católica. Mas, paciência é uma coisa; deixar passar sem crítica pública e destemida o erro agressivo e prepotente, permitindo a impressão de que esse erro tem razão, seria covardia na defesa da Verdade da Fé e da liberdade da Cidade.
Em legítima defesa 

Pe. Gonçalo Portocarrero de AlmadaIn “i
Foi com surpresa que li alguns dos inflamados comentários contra a presidente do Banco Alimentar Contra a Fome. Mas, nas declarações de Isabel Jonet, que não conheço pessoalmente, não encontrei nenhuma afirmação que explique esta espécie de guerra santa.

É verdade que a pobreza de muitos e as dificuldades que tantos padecem no nosso país devem ser respeitadas e, portanto, seria inaceitável a insensibilidade de quem a elas se referisse com desdém, ou indiferença. Mas não é o caso, até porque, mais alto do que as palavras de Isabel Jonet, fala o seu serviço à causa dos mais necessitados, sem qualquer proveito pessoal, nem sequer a remuneração que, pela mais elementar justiça, lhe é devida.Mas talvez seja este o principal pecado da Presidente do Banco Alimentar, a culpa pela qual está a ser apedrejada na praça pública: a caridade.
O tempo moderno não só abastardou o amor, agora reduzido ao mais ínfimo prazer, como também conspurcou a caridade, reduzida a esmola aviltante. Por isso, um furioso sindicalista – passo o pleonasmo – vociferava na televisão: «Não queremos caridade!». Mas, onde estaria ele – e nós – sem a caridade dos que nos deram o ser e a vida e tantos outros bens que jamais poderíamos reivindicar?!
Quando a irmã de Lázaro jorrou, sobre os pés do Mestre, um nardo puro de grande preço, Jesus aprovou aquele gesto sublime de amor, mas houve quem, em nome dos pobres, se indignasse.
Foi Judas Iscariotes, um dos Seus discípulos, aquele que O havia de entregar.
Os «crimes» de Isabel Jonet

Heduíno Gomes, In MTIC
Ao contrário de muitos católicos de poltrona, Isabel Jonet faz uma coisa útil: dá de comer a muita gente que tem fome. Quanto a mim, se alguma coisa lhe há a apontar, é meter na lista dos necessitados alguns que o não são de facto. O seu conceito de pobreza é demasiado lato segundo o meu gosto, demasiado generoso para o homo sapiens sapiens. Numa reunião onde estivemos, já tive ocasião de lhe assinalar a sua demasiada generosidade. Sou dos que pensam que até o consumismo de gadgets invadiu o conceito de pobreza, mimando-o e aburguesando-o. E não sabia eu nessa altura de alguns truques de uns chicos espertos para sacar comida ao Banco Alimentar sem terem necessidade absolutamente nenhuma.

Mas afinal a senhora, ao ouvirmos os telejornais, programas tipo tablóide e na net, seria uma criminosa!
Por ter dito umas verdades sobre Portugal e a sua vida económica, cai o Carmo e a Trindade. Na realidade, todo este alarido nada é pelo que Isabel Jonet disse.
Esmiuçando, trata-se de uma demagogiazita da esquerda cuja ideologia política se choca com os valores do cristianismo: a caridade, aqui no caso de Isabel Jonet, é crime! Porquê? Porque a caridade atrasa a revolução… (não estou a inventar nada, pois está nos manuais dos clássicos marxistas!). Isabel Jonet luta contra a fome. E o que essa gente quer é que haja fome para haver revolução.
O «crime» da Isabel Jonet é, pois, ser uma sabotadora da revolução. E assim, toda a esquerdalha que por aí há junta-se em coro contra uma organização que mata a fome. Está lá a Isabel Jonet e pedem a sua demissão. Se lhes fizessem a vontade, amanhã pediriam a demissão de quem lhe sucedesse.
Mas a esquerdalha não é tudo. Tendo Isabel Jonet o azar de ser cristã, vai daí, esta onda de contestação é retransmitida e ampliada por outra espécie de iluminados, sempre à coca de atacar o cristianismo e as pessoas que, na sociedade, se afirmam e agem como tal.
Que excelente ocasião para os iluminados, aproveitando o movimento da esquerdalha, poderem atacar o cristianismo!
Repare-se nisto. Quando veio a público a corrupção à volta do SIS e da maçonaria, foi logo à televisão o iluminado António Arnaut dizer que a maçonaria é muito boazinha, que até tem obras de bem-fazer. Como é engraçado ninguém piar sobre este facto, por vir de outro lado que não dos cristãos! Só é pena que a maçonaria tenha tão poucas dessas obras, certamente louváveis, das quais só veio à cabeça do ex-Grão Mestre do GOL um único exemplo para citar. No fundo, a questão é esta: se vier da esquerda ou da maçonaria, é «solidariedade» e«humanismo». Se vier da Isabel Jonet, é «caridadezinha» e «hipocrisia».
Força, Isabel Jonet! Não desista!

Última hora: Banco Alimentar ajuda esquerda caviar 

por Henrique RaposoIn expresso
A nação está novamente assombrada e chorona perante um caso de extrema necessidade. A nação percebe a agonia, os gritos e as manifs da esquerda caviar. A nação compreende que as prebendas, os prémios, os subsídios e as cátedras do regime não chegam para alimentar os nossos revolucionários de cadeirão. É preciso mais. As fundações e os observatórios não chegam para alimentar os Marcuse do Bairro Alto. É preciso mais. Tal como Paulo Campos, esta esquerdinha está numa situação desesperada e precisa da ajuda dos pais para comprar viagens a Nova Iorque e para bancar a renda no Príncipe Real. A nação compreende e está a responder ao apelo.

Esta onda de solidariedade está a ter o seu ponto forte nos sítios do costume. A nossa reportagem pode garantir que a ONG chamada Pingo Doce prepara uma daquelas campanhas de descontos de 50% destinada apenas à esquerda caviar. O cidadão que desejar usufruir destes descontos só tem de aparecer com óculos de massa preta e com a newsletter da cinemateca do Azerbaijão; em alternativa, o cidadão pode fazer prova do doutoramento em ciências da educação ou em antropologia das tribos urbanas. A Caritas, por seu lado, prepara a habitual distribuição de roupinhas, e já garantiu a maior concentração de sempre de t-shirts representativas do humor de esquerda, essa força da natureza (Ché, CCCP, Merkel com bigodinho à Hitler, Passos com bigodinho à Hitler, o Sr. Zé com bigodinho à Hitler).
Mas, naturalmente, o Banco Alimentar lidera a onda. A nossa reportagem pode adiantar que esta instituição prepara uma recolha especial. Com o nome de código "miminho para o revolucionário de cadeirão", esta campanha terá sacos de plástico com a seguinte inscrição: "Não compre leite, arroz e habitual et caetera. Compre apenas bife de novilho". E, numa verdadeira demonstração de caridade, o Banco Alimentar garantiu-nos que, caso as compras ultrapassem os 50 euros, serão disponibilizados vouchers da FNAC destinados à compra da última obra de Zizek intitulada "Não, o bife não é neoliberal". Esta reportagem confessa-se deveras comovida.
Passar entre os pandeiretas peticionários
Helena Matos, In blasfêmias 
Presumo que Isabel Jonet deve estar a ser aconselhada explicar-se, pedir desculpas, fazer um desmentido… Enfim, o costume. Teve azar: os pandeiretas deram por ela. Como vêem muita televisão descobriram o que disse Isabel Jonet. (Uma das vantagens de viver em arquivos é que nunca se vê um pandeireta: investigam pouco e os raros que por lá passam têm de falar baixinho).  Claro que aquilo que Isabel Jonet disse não tem nada de novo mas os pandeiretas que da realidade só lhes interessa o diz que disse das televisões e redes sociais ficaram indignados. E um pandeireta indignado twitta logo para outros pandeiretas e todos todos unidos fazem um caso. E aí o objecto da indignação dos pandeiretas vive uns dias de verdadeiro inferno. Parece não haver na terra uma pessoa tão iníqua quanto aquela que tanto indignou os pandeiretas. Todos se sentem obrigados a criticar essa pessoa. Das televisões e rádios pedem depoimentos sobre o assunto. 
Aqueles que pensam exactamente o mesmo que o alvo da fúria dos pandeiretas calam-se bem calados não vão os pandeiretas virar-se contra eles. Deixá-los por conta daquela vítima que enquanto pregam para aquele lado deixam uma pessoa em  sossego! E assim neste medinho que inspiram os pandeiretas vão reforçando a sua estratégia. Porque de cada vez que se mobilizam reforçam-se: os alvos ficam reduzidos  a fanicos e aqueles que estão à volta interrogam-se sobre quem será  o próximo a ficar na berlinda. Também valha a verdade que é coisa que dura pouco tempo: mais ou menos uma semana e lá vão eles com as pandeiretas para outro lado. Para a semana que vem têm Merkel e também podem voltar àqueles pretéritos assuntos que lhes foram tão caros quanto as alterações climáticas, Guantanamo,  ou o muro na faixa de Gaza…
 O ataque a Isabel Jonet torna-se oficial: a esquerda é uma velha gaiteira que já não entende as figuras ridículas que faz 
Maria João Marques, In O Insurgente
Fui ver hoje o vídeo das já famosas declarações de Isabel Jonet e declaro-me pasmada. Estive os seis minutos a ouvir a senhora, pensando ‘é agora que vem o incontável’ e, afinal, nunca veio nada se não umas declarações inócuas e sensatas. Se a esquerda tolinha por agora se tem de agarrar, para denunciar o escândalo, a declarações sensatas, está verdadeiramente num estado indigente.
Mas como já se tem escrito, o que incomoda a esquerda não são as declarações de Isabel Jonet: é a própria Isabel Jonet (como de resto se vê no ódio dos textos que produzem). Ora elenquemos. Isabel Jonet é católica e mãe de família numerosa – péssimo começo; muito melhor se fosse uma feminista radical que declarasse já ter feito vários abortos. Tem uma vida privilegiada – a vida privilegiada não é problema, mas seria preferível se a tivesse alcançado através de negociatas com o estado ou de tráfico de influências. Trabalha em regime de voluntariado – onde já se viu tal desrespeito por quem tem de trabalhar a troco de um ordenado?! Preside a uma organização que vive dos voluntários, resulta devido a donativos de famílias e empresas e, efectivamente, ajuda dezenas de milhar de pessoas diariamente dando-lhes comida – verdadeiramente inaceitável! Alguém que pratica a caridade e incita outros a fazer o mesmo. Uma delinquente. A ser enxovalhada e demitida. Quem prega que se tire a uns para dar a outros mais pobres, de caminho alimentando clientelas diversas, crimes, desperdícios e por aí adiante, mas que não dá nada a ninguém, esse, sim, é virtuoso e não duvideis que alberga a solidariedade no coração. Que alguém dê o seu dinheiro ou o seu tempo a outro que menos tem faz, claro, uma afronta a quem recebe. E, sacrilégio!, Isabel Jonet conhece mesmo os pobres e os seus problemas; não sabe que os pobres só se devem conhecer enquanto categoria intelectual e através de Dickens, Soeiro Pereira Gomes e Manuel da Fonseca.
Enfim, a imbecilidade dos ataques a Isabel Jonet está, lamenta-se informar e apesar do efectivo peso dos ‘pandeiretas’ no meio comunicacional (que faz com que seja também um serviço prestado à comunidade mandar os ‘pandeiretas’ dar uma volta sempre que necessário) , condenada. Por mais que se tente não vão conseguir – como nenhuma experiência comunista ou socialista conseguiu – mudar a natureza humana. E dita a natureza humana que alguém se sinta reconfortado quando ajudou quem precisa – como o país em peso teima em fazer a cada campanha do Banco Alimentar. Já que alguém se sinta bem quando paga impostos, pensando que com os seus impostos a pobreza de outro vai ser reduzida, para que isso suceda – em vez de as pessoas naturalmente cogitarem que a quase totalidade do dinheiro estaria melhor no seu porta-moedas e que os impostos alimentam mais a máquina que os pobres – desejo boa sorte à esquerda." 

Enviado por Emanuel Sardo

Postado por Joaquim Carlos

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