10.02.2012

Unidades de Saúde Familiar passam para os Privados


Criado grupo de trabalho
Ministério estuda abertura das Unidades de Saúde Familiar aos privados

 O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho “com o objectivo de analisar as condições de abertura de Unidades de Saúde Familiar (USF), a título experimental, ao sector social e cooperativo”.

As USF assentam em equipas multiprofissionais constituídas por médicos, enfermeiros e pessoal administrativo (Foto: Paulo Pimenta)
O despacho do secretário de Estado adjunto de Paulo Macedo, publicado terça-feira em Diário da República, estabelece que este grupo irá “identificar as áreas prioritárias de implementação dos projectos-piloto, tendo em atenção as necessidades das populações, designadamente em termos de carência de médicos de família”, e “propôr os procedimentos jurídicos, a metodologia e a calendarização necessários”.

As USF são unidades de prestação de cuidados de saúde, individuais e familiares, que assentam em equipas multiprofissionais, constituídas por médicos, enfermeiros e pessoal administrativo, e que podem ser organizadas em três modelos - A, B e C -, num quadro de contratualização interna, envolvendo objectivos de acessibilidade, eficiência e qualidade.

Os três modelos assumem diferentes patamares de autonomia, aos quais correspondem distintos graus de partilha de risco e de compensação retributiva. Estes prevêem a possibilidade de transição de um modelo para outro.

O modelo A compreende as USF do sector público administrativo com regras e remunerações definidas pela Administração Pública, aplicáveis ao sector e às respectivas carreiras dos profissionais que as integram e com possibilidade de contratualizar uma carteira adicional de serviços, paga em regime de trabalho extraordinário, bem como contratualizar o cumprimento de metas, que se traduz em incentivos institucionais a reverter para as USF. De acordo com os dados mais recentes do ministério, neste momento estão a funcionar 177 USF com este modelo.

No B, em que estão a funcionar 161 USF, o modelo consiste num nível de contratualização de desempenho mais exigente e abrange as USF do sector público administrativo com um regime retributivo especial para todos os profissionais, integrando remuneração base, suplementos e compensações pelo desempenho.

Até ao momento, ainda não há nenhuma USF em modelo C, que se assume “como supletivo relativamente às eventuais insuficiências demonstradas pelo SNS e abrange o sector social, cooperativo e privado”, e cuja actividade assenta num contrato-programa celebrado com a ARS respectiva.

Fernando Leal da Costa determina ainda que as propostas deverão ser entregues num prazo de dois meses e que a participação no grupo de trabalho “não confere direito a qualquer remuneração adicional, sem prejuízo do abono de ajudas de custo e de transporte pelas deslocações realizadas”. Luís Pisco, vogal do conselho directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo , será o coordenador deste grupo que terá mais oito pessoas.

As actuais 338 USF abrangem um total de 6558 profissionais, dos quais 2356 médicos, 2333 enfermeiros e 1869 administrativos.

Por João d´Espiney
Fonte: Jornal “Público”, edição de 02.10.2012 - 11:23

Obs.: Deixa-me indignado o que estou a observar, ou melhor, o que estão a fazer ao País onde nasci, nele cresci e trabalhei durante toda a minha vida.
Entra um Governo, encarrega-se de vender ou de destruir o que de melhor encontra, entra outro faz o mesmo, ainda que a voz do Povo se faça ouvir contra tudo o que fazem. Os senhores eleitos, fazem ouvidos de marcador. Alegam eles, que a sua eleição democrática lhes dá legitimidade para o fazem.
Portugal era rico em tudo, agora o que vemos é um País destruído, sem nada, tudo em nome sabe-se-lá de que interesses. Vemos a destruição de Países inteiros por força das guerras de facções, aqui segundo nos dizem é a Comunidade Europeia que manda, e os políticos obedecem, numa postura de servilismo e lambe botas.
Aveiro por exemplo, era um Concelho onde não havia desemprego, os trabalhadores movimentavam-se duma fábrica para outra, agora encontramos só escombros, um cenário de estilhaçar o coração.
A frota pesqueira existente na Gafanha da Nazaré, como aquelas áreas enormes de seca de bacalhau, empregava milhares de pessoas, hoje quase não se vê uma pessoa a trabalhar. Em concreto, o que pretendem fazer do nosso País? Para onde querem empurrar as pessoas e os jovens?
Destruíram as grandes produções agrícolas, o que vemos são restos de estábulos por onde passaram centenas de animais. As principais ruas da cidade de Aveiro estão a ficar desertas, sem comércio, o pouco que lá existe vai resistindo sabe deus como.
Quem conheceu o País há uns 40 anos atrás, e como o vê agora só pode ficar revoltado, chamar todos os nomes aos governos que existiram. Conclusão: só são diferentes enquanto lá não estão, de restou a trampa é toda a mesma. Fico triste quando ouço da boca dos meus filhos: quando terminar o Mestrado quero sair daqui para fora, o meu País não me oferece garantias para viver, constituir família, etc. etc.
Esta é a revolta que habita na minha alma. Já dominamos impérios, hoje somos nada. O que nos reserva o futuro?





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