Aveiro: “Élio Maia ficou muito zangado connosco”, assume movimento cívico
Recurso ao Ministério Público para tentar travar ponte pedonal no canal central provocou a ira do presidente da Câmara
Jornalista:
Rui Cunha
José Carlos Mota, um dos principais dinamizadores do Movimento Cívico por Aveiro, revelou que Élio Maia, presidente da Câmara, ficou “muito zangado” com a abertura de um processo no Ministério Público (MP) para aferir a legalidade da construção da ponte pedonal no canal central. Na sessão pública de apresentação de um parecer jurídico encomendado a Fernanda Paula Oliveira, professora da Faculdade de Direito de Coimbra, José Carlos Mota admitiu que “custou muito” aos membros do grupo de cidadãos recorrer a instâncias judiciais para travar o projecto do Parque da Sustentabilidade (PdS). No entanto, “não são questões menores” que o movimento quer ver averiguados com o processo desencadeado no MP junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, iniciativa que provocou a ira do líder do município. “Numa reunião, Élio Maia ficou muito zangado connosco” quando lhe foi comunicado este passo do Movimento Cívico por Aveiro, relatou José Carlos Mota.
O docente da Universidade de Aveiro (UA) diz que os elementos do grupo “nunca” foram ouvidos e que “não houve debate público”. Os cidadãos já realizaram diversas acções para tentar bloquear a obra, entre apelos à tutela a abaixos-assinados com mais de 3.500 subscritores.
A recente desistência da empresa a quem foi adjudicada a empreitada foi vista como uma “boa oportunidade” para reequacionar o projecto, mas assim não foi entendido pela maioria PSD/CDS, lamenta José Carlos Mota.
Postado por: Joaquim Carlos
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