Mensagem aos Dadores de Sangue Associados de ADASCA
de Aveiro
Imagem da ADASCA no decorrer de uma edição da Feira de Março em Aveiro |
Prezados Colegas Dadores(as) de Sangue!
Decorrida mais uma Colheita de Sangue no
Posto Fixo da ADASCA, à qual os Prezados Colegas fizeram questão em aderir e
inscrever-se como sócio(a) desta grande associação, vimos por este meio como é
habitual dar a conhecer os resultados alcançados. Assim:
- Dadores aprovados:46
- Dadores suspensos:08
- Dadores eliminados:0
- Total de inscritos:---54.
- Desistências:---------6.
Comentários: comparando estes resultados
com os alcançados em data semelhante no ano transacto, registamos uma adesão de
mais 7 potenciais candidatos à dádiva de sangue.
Decorreram infelizmente algumas
incidências que não nos passaram despercebidas, às quais somos totalmente
alheios, ainda que alguns colegas dadores sejam levados a pensar que os
funcionários que procederam ao seu atendimento, à avaliação médica e recolha de
sangue no Posto Fixo anexo á Sede da ADASCA, são nossos funcionários, ou
voluntários o que não é verdade, pertencem sim ao Centro Regional de Sangue e
Transplantação de Coimbra, pelo que não nos devem ser imputadas quaisquer
responsabilidades pelo que sucedeu ou sucede no decorrer das Colheitas de
Sangue.
Evidentemente que ficamos contristados
por ver colegas desistirem de tanto esperar pelo seu atendimento, muitos deles
vindos de longe, com despesas associadas à sua deslocação, sem serem
ressarcidos. Alguns gestos poucos simpáticos foram direccionados à minha
pessoa, quando nada posso fazer para alterar a situação decorrente, pois nós
estamos impedidos de interferir nas actividades dos elementos da brigada,
quando muito, levamos ao conhecimento a quem de direito o que na verdade
sucedeu. Será que adianta alguma coisa? A resposta não devo ser eu a dá-la.
Quem me conhece desde o ano 2006 (ano da
fundação desta associação), sabe que sou igual a mim próprio, não vacilo no que
escrevo e das posições que entendo que devo tomar publicamente, estou sempre na
linha da frente em defesa dos nossos associados.
Francamente, fico contristado por
constatar que pouco tem sido feito em prol dos dadores, e isso incomoda-me
profundamente, acompanha-me uma mágoa... pela forma como se desenvolve o
atendimento leva-nos a crer que não somos assim tão necessários quanto fazem
crer publicamente via comunicação social.
Quem observa com alguma atenção como
decorre o atendimento aos dadores no local da Colheita, fica-se com a clara
percepção de que tanto faz comparecer 30 como 50 aderentes, pior é se comparece
mais de 60, quando não devia ser assim. Será que estou a ser injusto? Admito.
Como se compreende os apelos que o IPST faz à dádiva de sangue se na prática
não há capacidade de respostas?
Não é por tomar atitudes destas que vou
alterar o que corre menos bem, aliás, por vezes sinto que estou a ser tratado
ao nível de sola de sapato: deixa-o falar ou escrever, nós é que sabemos, diz
alguém para os seus botões. Diz-se que a responsabilidade fica bem a quem a
assume, o certo é que continua solteira, ninguém está disponível para casar com
ela ou chamá-la para junto de si.
A tendência de adesão de potenciais
candidatos à dádiva de sangue, é para aumentar de forma substancial, contudo, o
IPST não leva esta realidade em conta, embora continue a dizer publicamente que
os dadores são imprescindíveis.
Concluo apresentando-vos em nome da
Direcção da ADASCA as nossas mais sinceras desculpas, esperando podermos contar
com a vossa melhor compreensão, e claro com a vossa adesão às nossas
actividades numa próxima oportunidade.
Os doentes, esses sim, dependem de nós
dadores, do nosso gesto solidário, de resto vale o que vale. Sejamos UNIDOS.
Se não houver componentes sanguíneos em
quantidade suficiente, são capazes de dizer aos doentes que a culpa é dos
dadores e das associações de dadores, quando na verdade não é verdade.
Cordialmente,
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Site: www.adasca.pt
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