10.24.2012

Mensagem aos Dadores de Sangue Associados de ADASCA de Aveiro


Mensagem aos Dadores de Sangue Associados de ADASCA de Aveiro


Imagem da ADASCA no decorrer de uma edição da Feira de Março em Aveiro

Prezados Colegas Dadores(as) de Sangue!

Decorrida mais uma Colheita de Sangue no Posto Fixo da ADASCA, à qual os Prezados Colegas fizeram questão em aderir e inscrever-se como sócio(a) desta grande associação, vimos por este meio como é habitual dar a conhecer os resultados alcançados. Assim:

- Dadores aprovados:46
- Dadores suspensos:08
- Dadores eliminados:0
- Total de inscritos:---54.
- Desistências:---------6.

Comentários: comparando estes resultados com os alcançados em data semelhante no ano transacto, registamos uma adesão de mais 7 potenciais candidatos à dádiva de sangue.

Decorreram infelizmente algumas incidências que não nos passaram despercebidas, às quais somos totalmente alheios, ainda que alguns colegas dadores sejam levados a pensar que os funcionários que procederam ao seu atendimento, à avaliação médica e recolha de sangue no Posto Fixo anexo á Sede da ADASCA, são nossos funcionários, ou voluntários o que não é verdade, pertencem sim ao Centro Regional de Sangue e Transplantação de Coimbra, pelo que não nos devem ser imputadas quaisquer responsabilidades pelo que sucedeu ou sucede no decorrer das Colheitas de Sangue.

Evidentemente que ficamos contristados por ver colegas desistirem de tanto esperar pelo seu atendimento, muitos deles vindos de longe, com despesas associadas à sua deslocação, sem serem ressarcidos. Alguns gestos poucos simpáticos foram direccionados à minha pessoa, quando nada posso fazer para alterar a situação decorrente, pois nós estamos impedidos de interferir nas actividades dos elementos da brigada, quando muito, levamos ao conhecimento a quem de direito o que na verdade sucedeu. Será que adianta alguma coisa? A resposta não devo ser eu a dá-la.

Quem me conhece desde o ano 2006 (ano da fundação desta associação), sabe que sou igual a mim próprio, não vacilo no que escrevo e das posições que entendo que devo tomar publicamente, estou sempre na linha da frente em defesa dos nossos associados.

Francamente, fico contristado por constatar que pouco tem sido feito em prol dos dadores, e isso incomoda-me profundamente, acompanha-me uma mágoa... pela forma como se desenvolve o atendimento leva-nos a crer que não somos assim tão necessários quanto fazem crer publicamente via comunicação social.

Quem observa com alguma atenção como decorre o atendimento aos dadores no local da Colheita, fica-se com a clara percepção de que tanto faz comparecer 30 como 50 aderentes, pior é se comparece mais de 60, quando não devia ser assim. Será que estou a ser injusto? Admito. Como se compreende os apelos que o IPST faz à dádiva de sangue se na prática não há capacidade de respostas?

Não é por tomar atitudes destas que vou alterar o que corre menos bem, aliás, por vezes sinto que estou a ser tratado ao nível de sola de sapato: deixa-o falar ou escrever, nós é que sabemos, diz alguém para os seus botões. Diz-se que a responsabilidade fica bem a quem a assume, o certo é que continua solteira, ninguém está disponível para casar com ela ou chamá-la para junto de si.

A tendência de adesão de potenciais candidatos à dádiva de sangue, é para aumentar de forma substancial, contudo, o IPST não leva esta realidade em conta, embora continue a dizer publicamente que os dadores são imprescindíveis.

Concluo apresentando-vos em nome da Direcção da ADASCA as nossas mais sinceras desculpas, esperando podermos contar com a vossa melhor compreensão, e claro com a vossa adesão às nossas actividades numa próxima oportunidade.

Os doentes, esses sim, dependem de nós dadores, do nosso gesto solidário, de resto vale o que vale. Sejamos UNIDOS.

Se não houver componentes sanguíneos em quantidade suficiente, são capazes de dizer aos doentes que a culpa é dos dadores e das associações de dadores, quando na verdade não é verdade.

Cordialmente,
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Site: www.adasca.pt

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