COMBATE
BLOGS: ESTUDO CIENTÍFICO COMPROVA PLURALIDADE DE OPINIÕES
Redacção,
FC
O
programa «Combate de Blogs», da TVI24, foi objeto de estudo cientifico na
Universidade do Porto. A tese de mestrado de Patricia Silva foi apresentado
esta quinta-feira no polo de Ciências da Comunicação com o título «A emergência
do cidadão jornalista. O caso do programa Combate de Blogs da TVI24».
A
agora mestre estudou o programa durante o mês de Agosto de 2011 e entrevistou
os comentadores residentes (Duarte Lino, Nuno Ramos de Almeida, Tomás Vasques e
Rodrigo Moita de Deus), para além do apresentador Filipe Caetano, de Luís
António Santos (professor e investigador da Universidade do Minho) e de Concha
Edo (professora e investigadora da Universidade Complutense de Madrid). O juiz
era composto pelos professores Paulo Frias, Nuno Moutinho e Helena Lima
(orientadora da tese).
A
questão de partida foi: Existe a presença do cidadão jornalista/jornalismo
participativo no programa «Combate de Blogs»? E Patrícia Silva conclui que sim,
sublinhando a diferença em relação a outros debates televisivos.
Programa
da TVI foi
objeto de análise em tese de mestrado na Universidade do Porto «Analisando o
Combate de Blogs», encontramos sinais que o distinguem dos restantes
debates da televisão portuguesa. Regra geral, os debates televisivos são
dominados por um grupo reduzido de elites que têm visibilidade mediática onde o
que se diz e a forma como se diz são traços exigidos ao discurso do convidado.
Ora, o Combate de Blogs rompe com este modelo, trazendo para o plateau cidadãos
que se destacam de acordo com o que escrevem no seu blog e não apenas em função
da sua projeção pública», conclui Patrícia Silva, após análise qualitativa e
quantitativa.
«O
Combate de Blogs é uma novidade em relação aos debates tradicionais na medida
em que pessoas anónimas com uma posição política bem definida dão voz à sua
opinião e manifestam o seu ponto de vista mediante determinado assunto. Este
elemento modifica a relação clássica entre emissor e recetor, já que agora o
recetor se converte em utilizador e pode, simultaneamente, ser emissor de
mensagens», acrescentou, durante a sua defesa.
«O
Combate de Blogs possibilita diversos olhares sobre o mesmo tema o que permite
abrir novos espaço para pensar, analisar e falar. O programa promove
protagonistas não habitualmente representados na comunicação social,
proporcionando assim uma diversidade de opiniões e uma participação mais
alargada de interlocutores», frisou, indo ainda mais longe na análise:
«O
telespetador, levado pelo apelo persuasivo do debate e pelo seu carácter
catártico, tem no Combate de Blogs outra visão que pode satisfazer as suas
dúvidas e reforçar ideias através do olhar de cidadãos anónimos manifestando
diferentes ângulos argumentativos. Sublinhe-se a ousadia que este programa teve
em apostar em nomes que não são da esfera mediática para debaterem e analisarem
as notícias que mais marcam cada semana».
«A
TVI24 apresenta os bloggers como um novo poder em termos comunicativos, um
fenómeno que potencia novos atores sociais, com um papel importante na
sociedade», explica, sublinhando o facto de todos os bloggers participantes no
programa terem saltado para a esfera mediática, com participação noutros
espaços (jornais, revistas, rádios, tv, etc).
«Combate
de Blogs» é um programa de debate que procura chamar novos atores ao debate
mediático, usando a blogosfera como ferramenta de inspiração. Surgiu a 14 de
setembro de 2009 com um debate online no site tvi24.pt e passou para o ecrã da
TVI24 a 11 de abril de 2010, onde permaneceu até 5 de agosto de 2012. Regressou
ao seu espaço inicial, online, utilizando agora o formato «Google Hangout».
Saiba tudo sobre o programa no blog do programa.
http://www.iol.pt/push/iol-push---tecnologia/combate-de-blogs-patricia-silva-tvi24/1382779-6186.html
Fonte:
PushbyIOL- iol_newsletters@iol.pt
Oct 11, 2012 at 9:10 pm
Obs: Será que os participantes neste Programa da TVI não seriam excelentes articulistas na imprensa escrita? Na minha opinião entendo que sim. Assim se desperdiçam valores.
Nota-se com facilidade que a imprensa escrita é pouco aberta à participação do cidadão leitor, principalmente aqueles que por natureza são mais críticos sobre determinados assuntos que podem motivar incómodos para o órgão de informação. Chama-se a isto pluralidade participativa? Não me parece.
Está provado que toda a imprensa escrita, que dá demasiado enfoque à religião seja ela de natureza católica romana ou outra, a tendência é cair para níveis de procura que podem motivar à extinção desse mesmo período a curto prazo se não arrepiar caminho, assim aconteceu com o Jornal "O Comércio do Porto" que dia sim, dia não puxava para as suas páginas com destaque figuras da igreja católica romana.
Os leitores daquele extinto jornal, assim o diziam: "se este jornal do qual sou leitor há dezenas de anos continuar assim, lamento, mas, vou deixar de o comprar, de o ler", mais, "se quiser ter religião vou à igreja as vezes que entender".
Este desagrado, era dado a conhecer por cartas dirigidas à redacção, por telefonemas, nem assim houve preocupação em parar para pensar. Assim se perdeu um jornal de referência.
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