10.11.2012

Combate de Blogs: Estudo Cientifico Comprova Pluralidade de Opiniões



COMBATE BLOGS: ESTUDO CIENTÍFICO COMPROVA PLURALIDADE DE OPINIÕES


Redacção, FC

O programa «Combate de Blogs», da TVI24, foi objeto de estudo cientifico na Universidade do Porto. A tese de mestrado de Patricia Silva foi apresentado esta quinta-feira no polo de Ciências da Comunicação com o título «A emergência do cidadão jornalista. O caso do programa Combate de Blogs da TVI24».

A agora mestre estudou o programa durante o mês de Agosto de 2011 e entrevistou os comentadores residentes (Duarte Lino, Nuno Ramos de Almeida, Tomás Vasques e Rodrigo Moita de Deus), para além do apresentador Filipe Caetano, de Luís António Santos (professor e investigador da Universidade do Minho) e de Concha Edo (professora e investigadora da Universidade Complutense de Madrid). O juiz era composto pelos professores Paulo Frias, Nuno Moutinho e Helena Lima (orientadora da tese).

A questão de partida foi: Existe a presença do cidadão jornalista/jornalismo participativo no programa «Combate de Blogs»? E Patrícia Silva conclui que sim, sublinhando a diferença em relação a outros debates televisivos.
Combate Blogs: estudo científico comprova pluralidade de opiniões

Programa da TVI foi objeto de análise em tese de mestrado na Universidade do Porto «Analisando o Combate de Blogs», encontramos sinais que o distinguem dos restantes debates da televisão portuguesa. Regra geral, os debates televisivos são dominados por um grupo reduzido de elites que têm visibilidade mediática onde o que se diz e a forma como se diz são traços exigidos ao discurso do convidado. Ora, o Combate de Blogs rompe com este modelo, trazendo para o plateau cidadãos que se destacam de acordo com o que escrevem no seu blog e não apenas em função da sua projeção pública», conclui Patrícia Silva, após análise qualitativa e quantitativa.

«O Combate de Blogs é uma novidade em relação aos debates tradicionais na medida em que pessoas anónimas com uma posição política bem definida dão voz à sua opinião e manifestam o seu ponto de vista mediante determinado assunto. Este elemento modifica a relação clássica entre emissor e recetor, já que agora o recetor se converte em utilizador e pode, simultaneamente, ser emissor de mensagens», acrescentou, durante a sua defesa.

«O Combate de Blogs possibilita diversos olhares sobre o mesmo tema o que permite abrir novos espaço para pensar, analisar e falar. O programa promove protagonistas não habitualmente representados na comunicação social, proporcionando assim uma diversidade de opiniões e uma participação mais alargada de interlocutores», frisou, indo ainda mais longe na análise:

«O telespetador, levado pelo apelo persuasivo do debate e pelo seu carácter catártico, tem no Combate de Blogs outra visão que pode satisfazer as suas dúvidas e reforçar ideias através do olhar de cidadãos anónimos manifestando diferentes ângulos argumentativos. Sublinhe-se a ousadia que este programa teve em apostar em nomes que não são da esfera mediática para debaterem e analisarem as notícias que mais marcam cada semana».

«A TVI24 apresenta os bloggers como um novo poder em termos comunicativos, um fenómeno que potencia novos atores sociais, com um papel importante na sociedade», explica, sublinhando o facto de todos os bloggers participantes no programa terem saltado para a esfera mediática, com participação noutros espaços (jornais, revistas, rádios, tv, etc).

«Combate de Blogs» é um programa de debate que procura chamar novos atores ao debate mediático, usando a blogosfera como ferramenta de inspiração. Surgiu a 14 de setembro de 2009 com um debate online no site tvi24.pt e passou para o ecrã da TVI24 a 11 de abril de 2010, onde permaneceu até 5 de agosto de 2012. Regressou ao seu espaço inicial, online, utilizando agora o formato «Google Hangout». Saiba tudo sobre o programa no blog do programa.


Fonte: PushbyIOL- iol_newsletters@iol.pt
Oct 11, 2012 at 9:10 pm


Obs: Será que os participantes neste Programa da TVI não seriam excelentes articulistas na imprensa escrita?  Na minha opinião entendo que sim. Assim se desperdiçam valores.
Nota-se com facilidade que a imprensa escrita é pouco aberta à participação do cidadão leitor, principalmente aqueles que por natureza são mais críticos sobre determinados assuntos que podem motivar incómodos para o órgão de informação. Chama-se a isto pluralidade participativa? Não me parece.
Está provado que toda a imprensa escrita, que dá demasiado enfoque à religião seja ela de natureza católica romana ou outra, a tendência é cair para níveis de procura que podem motivar à extinção desse mesmo período a curto prazo se não arrepiar caminho, assim aconteceu com o Jornal "O Comércio do Porto" que dia sim, dia não puxava para as suas páginas com destaque figuras da igreja católica romana.
Os leitores daquele extinto jornal, assim o diziam: "se este jornal do qual sou leitor há dezenas de anos continuar assim, lamento, mas, vou deixar de o comprar, de o ler", mais, "se quiser ter religião vou à igreja as vezes que entender".
Este desagrado, era dado a conhecer por cartas dirigidas à redacção, por telefonemas, nem assim houve preocupação em parar para pensar. Assim se perdeu um jornal de referência.

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