9.25.2012

Dádivas de Sangue Diminuíram neste Verão


Dádivas de sangue diminuíram neste verão
Reservas do país contam cada vez mais com o contributo de novos dadores mais jovens

Por: Redacção / CM  |  25- 9- 2012  19: 2

As reservas de sangue do país contam cada vez mais com o contributo de novos dadores mais jovens, mas ainda assim as dádivas deste ano foram inferiores às do ano passado, revelou o presidente do instituto do sangue, nesta terça-feira.

Fazendo um balanço das campanhas de colheita de sangue no verão, o presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) revelou que houve 45.991 dadores, menos 1.327 no que no mesmo período de 2011 (47.318).

No entanto, Hélder Trindade salientou o facto de se terem registado 8.486 novos dadores, o que corresponde a 18,5% do total de inscritos (no ano passado os novos dadores representavam 12,8% do total).

Além disso, estes novos dadores apresentavam uma média de idades de 33 anos nas mulheres e de 34 anos nos homens, comparativamente com a média geral de 41 anos nos homens e 39 nas mulheres, o que «mostra que a juventude se encontrou envolvida».

Apesar de os resultados das colheitas continuarem inferiores aos do ano passado, Hélder Trindade sublinhou que a campanha de verão permitiu «ultrapassar esta etapa de menor colheita, sem que houvesse falta de sangue nos hospitais».

Desta forma foi possível inverter a quebra de 16% nas dádivas de sangue que se verificou até julho, tendo este acumulado descido para 14% no final de agosto.

«Não deixou de haver quebra, só não é tão acentuada, havendo dados de recuperação», disse, alertando ser provável que o número continue a aumentar, já que a campanha de verão continua mais alguns dias.

Segundo o responsável, à data de hoje a reserva nacional de sangue encontrava-se acima das 11 mil unidades, sendo que com mais de oito mil unidades, considera-se que a «situação é segura».

As quebras nas dádivas que se vinham registando e o facto de os meses de verão serem «mais difíceis» levou o IPST a lançar uma campanha alargada com várias medidas, entre as quais Hélder Trindade destacou o call centre, que contacta todos os dadores que não dão sangue há mais de um ano.

«Só durante este período, o call centre realizou 10.563 telefonemas, tendo mobilizado 1.801 dadores, o que corresponde a uma taxa de sucesso de 17,05%», observou.

Hélder Trindade lembrou, ainda, que as colheitas do IPST cobrem 59% das necessidades do país, cabendo aos hospitais os restantes 41%.

Do total, mais de metade é feita com a cooperação das cerca de 170 associações de dadores de sangue existentes a nível nacional, que contam com um financiamento do IPST de aproximadamente 600 mil euros por ano(?).

Questionado sobre se está previsto algum corte nestes apoios, Hélder Trindade disse que a proposta de orçamento já está em discussão e que não há qualquer indicação nesse sentido, até porque «um corte sério poderia causar dificuldades nas associações».

Obs: Quanto custou as 10.563 chamadas ao IPST? Ficaram mais baratas do que a retirada das taxas moderadoras? Mais, tenho sérias dúvidas dos valores apresentados em forma de apoios financeiros às associações, tendo em conta que a redução na sua maioria foi mais de 30%.


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