Os Cães conseguem detectar câncer de
pulmão com o olfacto, sugere estudo
Descoberta abre caminho
para diagnóstico precoce da doença. Um novo estudo sobre o tema está previsto
para ser realizado em breve.
Os cães têm uma grande capacidade para detectar o câncer de pulmão com seu olfacto apurado, uma descoberta que abre caminho para um diagnóstico precoce desta doença, sugere estudo realizado na Áustria e publicado nesta quarta-feira (5) .
"Os cachorros não têm qualquer problema para identificar os pacientes com tumores cancerígenos", explica Peter Errhalt, chefe do departamento de pneumologia do hospital de Krems (nordeste da Áustria) e um dos autores da descoberta.
Os cães do estudo sentiram o cheiro de 120 amostras de hálito de pessoas doentes e saudáveis e conseguiram identificar em 70% dos casos as que sofriam com câncer de pulmão. Este resultado é tão promissor que está previsto um novo estudo de dois anos com amostras de 1.200 pessoas, indicou Peter Errhalt em colectiva de imprensa.
A investigação científica dos austríacos coincide com outros testes realizados nos Estados Unidos e Alemanha. O objectivo em longo prazo é determinar quais são exactamente os odores que os cachorros são capazes de detectar, explica Michael Muller, do hospital Otto Wagner de Viena, que colaborou com o estudo.
Se for alcançado este objectivo os cientistas poderão construir uma espécie de 'nariz electrónico para diagnosticar o quanto antes o câncer de pulmão e aumentar assim as possibilidades de sobrevivência dos pacientes.
Actualizado em
18/08/2011 07h00
Cão farejador pode ser usado para
detectar câncer de pulmão, diz estudo. Animais conseguiram identificar
compostos voláteis que sinalizam a doença. Pesquisa foi conduzida no hospital
Schillerhoehe, na Alemanha.
Cães farejadores treinados podem ser úteis para
detectar câncer. (Foto: Reprodução/TVCA/arquivo)
Cães farejadores podem ser a nova arma para detectar os primeiros estágios do câncer de pulmão em humanos, segundo aponta um estudo divulgado pelo European Respiratory Journal, publicação médica sobre o sistema respiratório. O trabalho foi conduzido por pesquisadores do hospital Schillerhoehe, na Alemanha.
Os cães foram treinados para detectar compostos orgânicos que evaporam com facilidade (VOCs, na sigla em inglês) e que estão ligados à presença do câncer. Durante o estudo, 200 voluntários - saudáveis, com câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crónica - tiveram a sua respiração "analisada" pelos cachorros treinados.
Os animais usados identificaram 71 pessoas com câncer de pulmão de um total de 100 possíveis. Os animais também foram eficientes em mostrar que outras 372 amostras - de um total de 400 - não apresentavam tumores.
Os primeiros estágios da doença nem sempre estão associados com sintomas e a descoberta precoce pode ser acidental. Já a técnica de detectar câncer de pulmão por meio de amostras do ar exalado por pacientes já havia sido desenvolvida, porém era considerada de difícil aplicação pelos especialistas.
No trabalho com os cães, os cientistas conseguiram não só identificar os tipos específicos de VOCs, mas também a saber afastar a influência da fumaça do tabaco na detecção. Como consequência, a equipe alemã conseguiu identificar marcadores estáveis para confirmar a presença de tumores no pulmão e que não se confundem com o cigarro, odores de comida e drogas.
Câncer de pulmão é causa de morte mais comum por tumor maligno no mundo. Já na Europa, a doença é a segunda mais frequente entre homens e mulheres, provocando 340 mil óbitos por ano no continente.
Actualizado em 01/02/2011 08h58
Cão
é capaz de farejar câncer de intestino, indica pesquisa. Estudo de faro canino
pode levar ao desenvolvimento de sensores para detectar doença.
Câncer de intestino é difícil de detectar durante os
estágios iniciais da doença. (Foto: BBC)
estágios iniciais da doença. (Foto: BBC)
Um cão labrador conseguiu detectar um câncer de intestino pelo cheiro do hálito e de amostras de fezes em uma pesquisa realizada no Japão. O estudo, publicado pela revista especializada "Gut", indicou que o animal foi capaz de identificar a doença mesmo em suas fases iniciais.
Outras pesquisas já haviam sugerido anteriormente que os cães são capazes de farejar câncer de pele, de bexiga, de pulmão, de ovários e de mama. Acredita-se que a biologia do tumor inclui um cheiro distinto, e uma série de estudos já usou cachorros para tentar detectá-los.
Os pesquisadores da Universidade Kyushu, no Japão, dizem que seria difícil e custoso usar cachorros em testes de rotina para detectar câncer, mas que o estudo poderia levar ao desenvolvimento de sensores electrónico no futuro.
Amostras
Na pesquisa, o labrador Marine, de oito anos, foi apresentado a cinco amostras, uma das quais era de um paciente com câncer e quatro de pessoas saudáveis. Nos testes com amostras de hálito o animal detectou a amostra com câncer em 33 de 36 vezes. Com as amostras de fezes, o cachorro acertou 37 das 38 vezes.
Mesmo o câncer de intestino em estágio inicial foi detectado, o que é conhecidamente difícil. Segundo alguns estudos, os testes mais comuns para detectar câncer de intestino, que tentam identificar pequenas quantidades de sangue nas fezes, revelam apenas um em cada dez casos em estágio inicial.
"Pode ser difícil introduzir o julgamento do faro canino na prática clínica por conta do custo e do tempo necessário para o treinamento do cão. A habilidade do faro pode variar entre os cães e também no mesmo cão em dias diferentes", afirma o coordenador do estudo, Hideto Sonoda.
Nariz electrónico
Algumas pesquisas anteriores já indicaram o potencial de um 'nariz canino electrónico para a realização de testes para identificar o câncer pelo cheiro.
"O cheiro específico do câncer existe, mas os componentes químicos (que provocam o odor característico) não estão claros. Somente o cachorro conhece a resposta", disse Sonoda à BBC. "Por isso é necessário identificar os compostos orgânicos voláteis específicos detectados pelos cães para desenvolver um sensor precoce de câncer."
Segundo ele, porém, o desenvolvimento de um sensor do tipo ainda vai exigir tempo e novas pesquisas.
Postado por Joaquim Carlos
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