Cientistas conseguem obter células-tronco do sangue
Pesquisadores
da Universidade de Cambridge desenvolveram uma nova técnica para a obtenção de
células-tronco partindo-se do próprio sangue dos pacientes.
Consideradas
uma das maiores promessas da medicina regenerativa, já que podem ser
convertidas em qualquer tipo de célula existente no organismo, tais como
células ósseas, musculares, nervosas e sanguíneas, num processo também
conhecido por diferenciação celular, as células-tronco são importantes,
principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias
de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, Diabetes mellitus do
tipo 1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas diversas, traumas
na medula espinhal entre outras.
São
encontradas em células embrionárias, na placenta, no líquido amniótico no
cordão umbilical e em vários locais do corpo, como na medula óssea, no sangue e
no fígado.
As
principais questões levantadas pela sua utilização se relacionam com o fato de
que algumas de suas fontes de obtenção — como os embriões humanos, por exemplo
— são consideradas controversas do ponto de vista ético. Em segundo lugar, como
a fonte provém de outro organismo o material obtido está sujeito à rejeição, de
forma análoga ao que pode ocorrer com o transplante de órgãos.
Assim,
a nova técnica promete resolver ambas as questões levantadas, uma vez que
possibilita que células-tronco sejam obtidas directamente do sangue do paciente,
sem a necessidade da utilização de embriões humanos, ao mesmo tempo que tende a
resolver os principais problemas relacionados à rejeição, posto que o material
transplantado é proveniente do próprio organismo do paciente.
De
acordo com a publicação oficial dos pesquisadores foi possível a produção de
novos vasos sanguíneos a partir de células-tronco obtidas de um tipo de célula
presente na corrente sanguínea responsável pela reparação das paredes dos
vasos.
Os
resultados são promissores e as pesquisas prosseguem no sentido de determinar
se o material obtido com a nova técnica seria seguro o suficiente para uma
utilização em larga escala.
Fonte:
BBC, Stem Cells Translational Medicine
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