Comunicado da ADASCA sobre
o seguro do dador
O
IPST tinha que ser encerrado o ano de 2012 com uma lamentável notícia a saber: “Sangue:
Dadores mais perto de conquistarem cobertura por seguro, afiança Hélder
Trindade, conforme anuncia no espaço de SAÚDE da autoria do jornalista João
Miguel Ribeiro, edição do CM de segunda-feira, 31 Dezembro 2012 11:07, págª.
22.
De acordo com declarações do responsável do
IPST, ficamos a saber ainda que: “Os dadores de sangue poderão (?) ter um seguro para cobrir “um percalço” que
aconteça na sequência da dádiva. A garantia foi dada pelo presidente do
Instituto Português do Sangue, Hélder Trindade, acrescentando que as
negociações com as seguradoras aproximam-se do fim”.
Mais:
“O seguro para os dadores do sangue, uma exigência antiga que ganhou força com
as alterações nas taxas moderadoras, poderá ser uma realidade no próximo ano. A
garantia foi dada pelo presidente do Instituto Português do Sangue e da
Transplantação, Hélder Trindade, ao Correio da Manhã”.
Segundo
o CM: “O dirigente insistiu que “o dador tem o direito de ser ressarcido no
caso de ter um percalço”, citando a hipótese de, dado o estado de fraqueza,
sofrer uma queda e partir os dentes”.
A
notícia não ficaria completa se não fosse incluída esta declaração: “A situação
mais comum é, segundo Joaquim Alves, da Federação das Associações de Dadores de
Sangue, o dador ficar condicionado para o trabalho no dia da dádiva devido a um
hematoma no braço”.
De
acordo com Hélder Trindade, as negociações com as seguradoras têm decorrido de
forma positiva, estando o acordo final cada vez mais perto de ser alcançado.
Posição
da ADASCA de Aveiro sobre estas declarações:
De
promessas estamos nós cheios... quase a rebentar por tanto enjoo que nos tem
provocado. A reposição da Isenção das Taxas Moderadoras aos dadores de sangue
nos Hospitais, simplesmente deixou de ser falada, deixou de ser assunto para o
IPST em todas as suas intervenções públicas, o mesmo acontecendo com o ministro
da saúde, que, com aquela medida de poupança duns simples trocos, esmagou a
dignidade de quem é solidário, neste caso em concreto os dadores de sangue. É
lamentável esta atitude, apesar de também ser um dador, com a diferença de lhe
assistir um estatuto especialíssimo.
Temos
constatado que o IPST pouco ou nada se preocupa com os dadores, mas, não os
dispensa nos locais das colheitas de sangue. Com esta filosofia administrativa
de continuidade, os doentes têm as costas largas como a Troika, na medida em
que, tudo é feito e pedido em seu nome. Estamos perante uma clara falta de
coragem para assumir uma atitude coerente, é isso que esperávamos.
O
ministério da saúde e IPST têm feito dos dadores e associações uma espécie de “mulas
de cooperativa”, espécie essa já em vias de extinção. A questão do Seguro não
nos preocupa assim tanto, porque já passado existia essa figura, conforme o Decreto-Lei nº. 249/90, artigo 29, nº. 1 e 2, apesar
de nunca ter sido regulamentada, o mesmo que provavelmente irá acontecer desta
vez, embora conste no Estatuto do Dador de Sangue.
Para
a ADASCA o que mais no preocupa é sem margem para dúvidas a reposição da Isenção
das Taxas Moderadoras aos dadores nos Hospitais, como sucedia no passado
recente, não é pedir demais, mas sim, o essencial para os ter os dadores de
regresso, principalmente aqueles se sentiram desmotivados a efectuar a sua
dádiva.
Face
ao exposto, é nossa opinião que o senhor da FAS nem sequer devia se pronunciar
sobre este assunto, falta-lhe a devida autoridade moral, porque sempre esteve
do lado do ministério da saúde e o por sua vez do IPST.
Duvidamos
que exista nesta altura do ano uma reserva de 15.192 unidades de sangue, pois a
informação que dispomos não é coincidente. O IPST do presente não agrada à
maioria das associações de dadores de sangue, esperamos que se venha a proceder
a algumas alterações com as próximas eleições.
A
falta de diálogo é uma das causas, a redução dos subsídios idem, como a ausência
de um pedido de desculpas da parte do responsável do Conselho Directivo do IPST,
pelos adjectivos que arremessou contra dos dirigentes associativos,
classificando-os de terroristas de sangue vrs sindicalistas, tendo acontecido o
mesmo do lado da FAZ. Senti-me particularmente ofendido com aquelas
declarações.
Aguardamos
pelo que nos espera no início do ano de 2013. Estamos atentos ao evoluir dos acontecimentos.
A ADASCA vai manter a média de 4/5 Colheitas de Sangue por mês no seu Posto
Fixo, sou a opinião que devíamos merecer um pouco mais de respeito, até todos
somos voluntários.
Que se lixem as próximas eleições.
Excelente
ano 2013 para todos os jornalistas, são os nossos votos sinceros.
Joaquim
Carlos
Presidente
da Direcção da ADASCA
Dador de sangue vai ter seguro
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