Algazarra no Parlamento
Por
Joaquim Carlos (*)
O
Parlamento reúne numa sessão. Há importantes questões a tratar. Um deputado
expõe os seus pontos de vista. Depois, fala outro do partido contrário e deita
por terra o que o orador precedente tinha dito. Nenhuma prova objectiva. Não
fez o menor esforço por compreender bem. Corta por onde lhe parece, arranca
proposições do contexto, exagera nos seus juízos e pontos de vista, põe a
ridículo e torna suspeita a opinião do seu adversário.
Mal
o orador acaba o seu discurso, o atacado pede a palavra e responde precisamente
no mesmo tom, com a única diferença de ser um pouco mais contundente. A seguir,
falam outros e outros; talvez não se tenham preocupado nada pelo assunto que o
primeiro orador propôs nem pela sua exposição; derivam a pouco a pouco para
temas totalmente diferentes. De maneira que, depois de alguns discursos, já
ninguém consegue determinar propriamente a linha da discussão. Ou então
formam-se dois bandos, que talvez venham a acabar por assumir atitudes indignas
e a transformar num alvoroço selvagem aquele diálogo para onde o POVO tinha enviado os homens da sua
confiança.
(*Jornalista)
* Os interessados ler o artigo completo podem aceder ao mesmo através deste link: http://www.ribeirinhas.pt/2013/01/25/algazarra-no-parlamento/
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