Nota à
Imprensa - STJ mantém a pena a Hugo Ernano e aumenta indemnização
A
APG/GNR teve ontem conhecimento que o Supremo Tribunal de Justiça decidiu
manter ao Profissional da GNR e nosso associado Hugo Ernano os quatro anos de
pena suspensa e aumentar para 55 000€ a indeminização a pagar aos familiares da
vítima. Esta decisão ficou muitíssimo aquém do que era expectável.
A
decisão poderá abrir um precedente grave que poderá condicionar a actuação das
forças de segurança quando era suposto que recorressem ao uso da arma de fogo.
Entendemos que, com esta pena, face à criminalidade cada vez mais violenta,
organizada e sofisticada, a Lei nº 457/99 que regulamenta a utilização das
Armas de Fogo por parte das Forças de Segurança deve ser revista pois fica
desenquadrada face à matéria de facto apresentada em sede de tribunal e face matéria
crime aplicada, sem contar com as repercussões negativas junto dos
profissionais da GNR, que diariamente se vêem confrontados com situações em que
têm que agir e em que uma conjugação de factores de ordem imprevisível podem
ter desfechos trágicos, como foi o caso.
Os
cidadãos também esperam dos Profissionais das forças de Segurança uma actuação
segura, que os proteja dos criminosos e não que sejam punidos quando os
protegem, dai que obrigatoriamente se coloque a questão acerca de que tipo de
polícia se pretende para o país, se uma polícia operante e firme no combate à
criminalidade ou uma polícia frágil com receio de ser punida quando age
legitimamente e de forma proporcional no exercício das suas funções.
Estes
últimos 6 anos provocaram danos irreparáveis, a nível pessoal, familiar,
profissional e financeiro ao Profissional da GNR, ainda não foi promovido ao
posto de Guarda Principal, ainda é alvo de um o processo disciplinar, que está
pendente a aguardava decisão judicial e que poderá ter como consequência mais
grave a expulsão definitiva da GNR.
A
APG/GNR está disponível e solidária seja qual for a decisão tomada pelo nosso
associado Hugo Ernano acerca deste processo.
Lisboa,
11 de Dezembro de 2014
A
Direcção Nacional
Comentários:
Não deixa de ser estranha esta última decisão judicial, agravando ainda mais a
situação e o futuro deste jovem militar, ao serviço do País e por sua vez da
sociedade.
Será
que existe espaço na cabeça de qualquer um Juiz bem intencionado, para pensar que
o militar em causa atirou com o intuito de matar alguém? A justiça não dá
ouvidos à VOZ DO POVO! Porque será?
A
minha opinião inclina-se para a seguinte máxima popular: é preso por ter cão e
por não ter cão… o destino estava traçado.
Tenho
no meu núcleo de amigos alguns elementos da GNR e, por todos nutro o melhor
apreço, sabendo que as condições que lhes são oferecidas para desempenho das
suas missões, como elementos de autoridade, não são as melhores.
Nota-se
em poucas palavras que o seu desencanto é total, muitos deles declarando vontade
de abandonar a instituição, porque se sentem desmotivados.
Mais
palavra para quê! Aceite Srº. Hugo Ernano um ABRAÇO de solidariedade deste seu
grande admirador, pela coragem, pela tenacidade com que tem lutado para que se
faça verdadeira JUSTIÇA.
Postado
por Joaquim Carlos
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