Imagens da
zona habitacional da Forca em Aveiro
O
ser falante é tão susceptível à influência das imagens que chega a não poder
prescindir delas. Caso contrário, permaneceria numa condição devastadora para o
eu e para a consciência. As imagens têm importância para o ser humano desde
muito cedo, antes mesmo que ele comece a falar. O sentido pleno do termo
"imagem", em psicanálise, remete à relação do sujeito com as
identificações formadoras do eu. O que é próprio da imagem é o investimento
pela libido, quer dizer, aquilo pelo qual um objecto se torna desejável. Em
todo processo de inserção e reconhecimento do sujeito nos laços sociais, sua
identificação fundamental supõe a relação com a imagem. A identificação é,
propriamente, a transformação produzida no sujeito, quando ele assume uma
imagem. O acesso a uma imagem implica a identificação no duplo sentido do
termo, isto é, o de reconhecer sua própria forma e o de assimilar o que
reconhece.
A
imagem especular, diferentemente, é sempre dependente do original, pois
corresponde à reprodução invertida que uma superfície polida dá de um objecto nela
reflectida. Entretanto, a relação do sujeito moderno com a imagem não se reduz
mais à relação com a imagem especular. Trata-se de saber que efeitos isso tem
para a subjectividade.
"Fotografar
é recortar um determinado espaço em uma específica fracção de tempo. Os grandes
fotógrafos são aqueles que conseguem ultrapassar essas limitações, fazendo com
que essa determinada imagem transcenda molduras e retenha o tempo em seu
momento mais preciso." (desconheço o autor)
O
homem do século XX é diferente dos homens de outras épocas mesmo quando, essencialmente,
continua sendo o mesmo. Este novo 'habitat' proporciona ao homem uma rede extraordinariamente
densa de estímulos, condicionamentos e provocações sensoriais. O homem muda
porque tudo muda ao seu redor. Criou-se e continuamos criando um meio (habitat)
muito distinto. A civilização moderna, com seus meios técnicos de transporte,
seus meios de comunicação (imprensa, rádio, cinema, TV), enfim, com seus meios mecânicos
e até electrónicos de interrelação, está oferecendo ao homem novas formas de
perceber, de intuir, sentir e pensar.
O
acto de comunicar implica um pensar crítico, sem ele não pode existir comunicação
e sem comunicação não há verdadeira educação. Afinal, antes de ser um processo
unicamente técnico, a comunicação é um processo eminentemente humano.
Postado
por Joaquim Carlos, Coordenador do Projecto Imagem e Comunicação, podendo as
imagens ser usadas na condição de ser feita referencia da sua fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário