Colheitas de sangue
diminuiram 6%, instituto quer chamar mais jovens à dádiva
O Instituto Português do Sangue revelou hoje que, a 31 de
outubro, havia menos 6% de dadores inscritos do que no mesmo mês do ano
anterior, e destacou a necessidade de angariar mais novos dadores, para
precaver o futuro.
"Tivemos uma diminuição de 6% de colheitas efetivas, o
que correspondeu a menos 10.527 colheitas", disse à Lusa o presidente do
Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade.
O responsável salientou, no entanto, que nesse mesmo período
o país também gastou menos sangue, em grande parte porque as cirurgias são cada
vez menos invasivas.
Assim, de acordo com os dados do IPST, o país consumiu por
dia menos 104,8 unidades de sangue, tendo o instituto fornecido menos 30
unidades por dia.
A "Campanha 1.ª vez", hoje apresentada, é muito
dirigida aos jovens, razão por que conta com a participação da cantora Luísa
Sobral, e estará brevemente em 'spots' televisivos e de rádio. "O objetivo
é chamar a atenção dos jovens, para compensar as perdas que temos tido. Não
sentimos que perdemos a juventude, conseguimos manter, mas não é
suficiente", afirmou Helder Trindade.
Em 2013 houve 26.760 dadores de primeira vez, que
representaram 19% do total de dadores, acrescentou. "O problema é que não
podemos pensar só no dia de hoje, porque o país está a envelhecer e a
emigração, que não conseguimos travar, atinge as camadas mais jovens",
explicou o presidente do IPST.
Esta é, por isso, uma campanha mais virada para o futuro e
para a prevenção, até porque, além do envelhecimento da população e da emigração,
"não há apetência à dádiva" por uma série de outros fatores, como
"o preço dos transportes, as dificuldades das empresas e a situação
social".
Postado por Joaquim Carlos
Comentários:
os dirigentes associativos têm apelado com alguma insistência ao ministro da saúde no sentido que seja
reposta a isenção das taxas moderadoras aos dadores de sangue, nos hospitais
públicos, porque aos privados só lá vai quem pode, ou quem quer, ainda assim,
estes não dispensam o nosso precioso líquido.
Quem
é indiferente aos nossos apelos, é quem não nos respeita, quem nos trata como se
fomos uns indesejáveis, para de seguida apontar-nos dedo acusador como está sucedendo mais uma vez.
Os
hospitais privados e públicos devem milhões de euros ao IPST, e nós dadores quando necessitamos
de nos deslocar a um hospital público, temos que pagar o que não devíamos,
considerando que os dadores nem sequer dão prejuízo ao ministério da saúde, bem
pelo contrário, contribuem mesmo para o sustento de milhares de profissionais, e consequentemente as suas famílias.
As
somas de dinheiro que é gasto em publicidade nos meios de comunicação social,
era evitado, julgo que existe noção disso. As pessoas ouvem ou lêem o conteúdo,
mas, não prestam a menor atenção.
Sempre
se procurou encontrar justificações mais ou menos credíveis para as ausências dos dadores nos locais de
colheitas. Vão surgir mais... porque o que conta é justificar o injustificável.
Note-se
que os dadores pagam para serem solidários, e esse principio não pode motivar
as pessoas a “sacrificarem-se”, ainda que não se desliguem dos doentes necessitados.
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