GRITO
DE GUERRA VS ALERTA
Crer
fazer dos outros cegos, surdos e eventualmente mudos, é na minha opinião crer
ir longe de mais, e a sua queda pode estar iminente. |
Por
vezes sinto uma profunda necessidade de dar um GRITO de GUERRA vs ALERTA, como
forma de dar a conhecer à sociedade como somos tratados no SNS.
Quem
pretende enfiar a carapuça na cabeça dos dirigentes das associações de dadores
de sangue, e consequentemente manter os dadores na ignorância? Quem lucra com
isso e que proveitos retiram? Claro que ninguém é perfeito, agora crer fazer
dos outros cegos, surdos e eventualmente mudos, é na minha opinião crer ir
longe de mais, e a sua queda pode estar iminente.
Os
leitores mais atentos devem lembrar-se do conteúdo do livro com o título
"Jogo Sujo" sendo seu autor Ramiro Carrola.
Acreditamos,
que nas nossas costas, nas quatro paredes dos gabinetes, onde se alinham as
estratégias a dignidade dos dadores de sangue é esmagada. Porque será, as
pessoas só são diferentes, reivindicativas enquanto não ocupam cargos de
decisão? A seguir tudo muda, dão o dito por não dito. Lembro-me de uma máxima
que diz tudo: “Se quiser pôr à prova o carácter de um homem, dê-lhe poder.” ―
Abraham Lincoln.
Já
não é de hoje que se questiona a postura e as atitudes das pessoas diante da
oportunidade de exercerem qualquer tipo de poder. Mais do que o carácter,
acredita-se há muito tempo, que se pode conhecer toda a personalidade de uma
pessoa, observando a forma como ela lida com o poder que tem condições de
exercer.
Se
quiser conhecer realmente uma pessoa, dê-lhe poder e investigue junto àqueles
que por algum tipo de hierarquia, ainda que subjectiva, devem lhe prestar
qualquer tipo de obediência. Questione como é o seu relacionamento com elas. A
resposta obtida demonstrará com total fidelidade, as manifestações mais
obscuras de seu carácter.
Lord
Acton, o historiador inglês, afirmou: “o poder tende a corromper, e o poder
absoluto corrompe absolutamente”. O mais interessante é que, diante de um poder
que não conheciam e que lhes foi outorgado modificando o rumo de suas relações
com os outros, algumas pessoas tendem a justificar suas mediocridades se
escondendo atrás de falácias do tipo: “sou franco e transparente – falo o que
tenho que falar na cara”, sou curto e grosso” ou “sou extremamente
profissional”. Trata-se de uma defesa contra o lado obscuro que foi aflorado e
que de certa forma ainda pode ser causa de vergonha. Estas justificativas
tentam legitimar as grosserias, indelicadezas, a falta de educação e gentileza,
e, o que é pior, a má vontade, a intolerância, a falta de companheirismo, ou
seja, a mediocridade.
O
poder leva a pessoa a não se identificar mais com aqueles que faziam parte de
suas relações, sejam familiares, vizinhos ou colegas de profissão.
Após
estas mudanças, nada mais tem volta. O poder um dia acaba, porque tudo acaba, e
isso é certo, e o “poderoso” fica sem saber onde foi que errou, culpando as
pessoas, por serem incompetentes e incapazes de lhe acompanharem em sua heróica
e maravilhosa jornada.
Estes
são os que esquecem que o poder não se manifesta pela capacidade de controlar
uma equipa, humilhando e “colocando cada um em seu lugar”. O poder pode e deve
ser reconhecido, avaliado e calculado pela quantidade de justiça de que é capaz
de praticar, pela sua capacidade de promover a auto-estima em cada membro da
equipa e pela felicidade de que é capaz de impregnar na missão que abraçou.
Sem
essa visão positiva do poder, vamos continuar a conviver com os medíocres, que
iludidos com sua efémera parcela de poder, passam a vida distribuindo
autoritarismos e afectando vidas sem nenhum discernimento e integridade,
vivendo guiados por suas vaidades e egoísmos pessoas que mais se vão sentir
destruídos.
Há
quem se mantenha atento ao evoluir dos acontecimentos. Carapuças para estes
lados, não, OBRIGADO.
Postado
por Joaquim Carlos
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