Aveiro é uma
cidade deserta, moribunda e descaracterizada
Edifício
onde funcionou a antiga pensão barros, restaurante "Jagunço" hoje votado ao abandono senão em vias de
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Duas
pastelarias vão resistindo à crise, a Estação 90 e Bissau
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Rua
Cândido dos Reis, principal artéria da cidade que liga o antigo Quartel Bia (Brigada de Infantaria de Aveiro) e à
Estação da CP, está praticamente sem comércio.
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Aqui
temos a estátua do Dr. Lourença Peixinho, personalidade ímpar da cidade de
Aveiro
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Edifício da antiga Estação da CP com azulejos únicos, verdadeira obra de arte, sendo visitada anualmente por milhares de turistas |
Neste quarteirão da Rua Cândido dos Reis, já funcionaram
diversos restaurantes, existiu o armazém Bruno & Rocha, cujo estado de
conservação deixa muito a desejar.
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Edifício
da antiga Mercearia Tricana, hoje uma conceituada Pastelaria
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Zona
residencial na Rua de Viseu paralela com a Rua Barros Moura e do Bairro das
Barrocas
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Dando
seguimento ao Projecto de Imagem e Comunicação, achei por bem dedicar alguma
atenção à zona da Estação da CP de Aveiro, localizada ao fundo da Av. Dr. Lourenço
Peixinho, onde há uns anos o comércio estava em alta, onde não faltava o convívio
entre a classe trabalhadora.
A
famosa Av. Dr. Lourenço Peixinho, deixa-me profundamente triste, porque está
praticamente deserta, onde a certas horas da noite até mete medo caminhar por
ali, com o receio de ser assaltado.
A
cada passo encontram-se antigos estabelecimentos comerciais encerrados, prédios
com aspecto de abandono, com ameaças de derrocada, sem que nada seja feito para
alterar o estado de coisas.
Quem
conheceu esta avenida há uns 30 anos, via por todo o lado os tropas passearem
pelas ruas, a aglomerarem-se na Estação para tirar bilhete, que os levava a
passar o fim-de-semana a casa, ora tudo isso acabou.
A
movimentação que se nota na cidade de Aveiro deve-se aos estudantes da
Universidade de Aveiro, ainda assim cada vez com menos expressão. A algazarra
que se ouvia durante a noite provocada pelos estudantes da UA tem vindo a diminuir,
quiçá, por quebra de poder de contra, na medida em que a crise tudo minou.
O
estado a que chegou a cidade de Aveiro é lamentável, passando a ser uma cidade
deserta, moribunda e descaracterizada. Existem ruas onde praticamente não se vê
ninguém a circular, quando antes se via um movimento expressivo, onde havia
mercearias, lojas de roupa, entre tantas outras, agora não têm nada.
Não
estou a exagerar nos termos e, quem duvidar dê uma volta pela cidade dizendo de
seguida o que viu. Há
quem opte por manter uma habitação fechada do que aluga-la a uma renda mais
baixa, enfim, são opções que devem ser respeitadas.
Quem
visitou o Centro Comercial Oita e o Centro Comercial Riaplano, deve ter sentido
uma invasão de arrepio pelo que assistiu. O primeiro era ponto de encontro, o
segundo nunca se traduziu naquilo que os seus construtores sonharam que era ter
uma via de circulação para a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, traduzindo-se assim
num total fracasso.
A
maioria das lojas estão encerradas, umas em falência outras desocupadas. Que
sentimento de vazio…
Naturalmente
que, tudo isto é o reflexo do aparecimento das grandes superfícies comerciais,
que foram sendo construídas sem salvaguardar os interesses dos pequenos
comerciantes, nesses nem pensou ainda se tenham registado algumas reacções da
parte da Associação Comercial de Aveiro, porque a mais-valia para a região era
o licenciamento de quem tudo destruiu.
A
zona habitacional que circunda a Estação da CP está num estado miserável, com
uma péssima estética paisagística, salvaguardando as instalações da antiga
estação, cuja beleza se vai mantendo, sabe-se-lá até quando numa altura que só
se fala em contenção de despesas de forma cega.
Os
terrenos ocupados pela antiga fábrica de iates, está inundado de silvas,
propício à criação de toda espécie de bichos, tornando-se num perigo para as
pessoas que ali passam. Se os terrenos têm proprietários porque não são
obrigados a mantê-los limpos? Aqui
fica esta observação.
Como
se diz: uma imagem vale mais que mil palavras, as imagens aqui
disponibilizadas, espero que digam tudo aquilo que não escrevi, porque podiam
ser desagradáveis.
Como
se diz: uma imagem vale mais que mil palavras, as imagens aqui
disponibilizadas, espero que digam tudo aquilo que não escrevi, porque podiam
ser desagradáveis.
NB:
as imagens aqui disponibilizadas podem ser usadas na condição de que seja feita
referência da sua fonte, a saber: Projecto Imagem e Comunicação, Coordenado por
Joaquim Carlos.
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