12.08.2013

JAIME DE MAGALHÃES LIMA - Antologia Aveirense

Antologia Aveirense

JAIME DE MAGALHÃES LIMA
 

NOTAS BIOGRÁFICAS

Nasceu em Aveiro, em 15 de Outubro de 1859. Matriculando-se na Universidade de Coimbra, concluiu o curso de Direito de 1880. Desde muito novo que se dedicou ao estudo dos grandes problemas sociais, sempre absorto na contemplação da Natureza.
Em 1892 foi eleito presidente do Município de Aveiro.
A sua conferência sobre o crédito agrícola em Portugal, realizada em 1899, na Real Associação de Agricultura Portuguesa, causou sensação. Fez várias viagens pelo Mundo, tendo percorrido a Espanha, França, Itália, Áustria, Inglaterra, Bélgica, Suiça, Holanda, Norte de África e Rússia, onde visitou Tolstoi.
Além de assídua colaboração nos jornais A Província, Novidades, Repórter, Nacional, Jornal da Noite e Diário Ilustrado, e nas revistas Lusitânia, Portucale, Revista de Portugal (de Eça de Queirós), Vitalidade e Seara Nova, deixou numerosos artigos e monografias dispersos nas colunas do Boletim da Real Associação Central de Agricultura Portuguesa, Revista dos Campos, Portugal Agrícola, Revista Florestal e Revue Politique et Parlamentaire. Publicou: Estudos sobre a Literatura Contemporânea (1886); O Sr. Oliveira Martins e o seu projecto de fomento (opúsculo 1887); A Democracia (estudo sobre o governo representativo, 1888); Arte de Estudar (trad. do inglês, de A. Bain – 1888); Cidades e Paisagens (1889); Doutrinas de Leão Tolstoi (1892); Jesus Cristo (trad. do francês, de Didon – 1894); Transviado (1899); Notas de um provinciano (1899); Elogio de Edmundo de Magalhães Machado (1900); O Sonho da Perfeição (romance 1901); As Vozes do Meu Lar (1902); Na Paz do Senhor (romance 1903); O Reino da Saudade (romance, 1904); Via Redentora, Apóstolos da Terra, Servo e Menor, S. Francisco de Assis e os seus Evangelhos (1908); A Guerra (depoimento de herejes, 1915); Rasto de Sonhos (Arte e alentos de pousadas na minha terra, 1918); A Língua Portuguesa e os seu Mistérios (1925); Alberto Sampaio e o significado dos seus estudos na interpretação da história nacional (1924); Cândido da Cunha, o pintor do mistério e da paisagem (1926); Dificuldades étnicas de insinuação do nacionalismo na arte portuguesa contemporânea 1931), e o amor das nossas coisas e alguns que bem o serviram 1933). Recolhido na sua Quinta do Eixo, proximidades de Aveiro, onde conseguiu uma colecção de eucaliptos, que é considerada a mais notável da Península, ali morreu em 26 de Janeiro de 1936.

/ 70 /  Inédito de Jaime de Magalhães Lima

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