Tendo em conta que a nossa pretensão nunca foi satisfeita, fomos obrigados a recorrer a outro expediente.
Lamentamos apenas o facto de um determinado partido político a quem recorremos ter dado a conhecer em primeira mão à comunicação social, e não a esta associação o montante da dívida existente, quiçá nunca se tenha lembrado de o fazer antes.
Na edição do Diário Económico datada do dia 21 de Junho, na página 17 ficamos a saber que os Hospitais devem qualquer coisa como 45 milhões de euros ao IPST, sendo o de Santa Maria e Pulido Valente os responsáveis por 43% desta dívida.
Neste caso em concreto, o que mais nos interessava na altura, e ainda hoje nos interessa é sabermos quanto deve o Centro Hospitalar do Baixo Vouga ao IPST cujo valor não deixa de ser preocupante.
Ora vejamos os valores constantes no mapa que nos foi enviado e que diz respeito somente ao CHBV cuja facturação está devidamente detalhada conforme se segue a 90 dias: 247.835€, 90 a 100 dias: 385.477€, 180 a 360 dias: 879.197€, 360 a 540 dias: 231.491€, de 540 a 720 dias 84.688€, finalmente a 720 dias: 142.356€, somando assim um total de 1.971.045€.
No ofício nº. 2908/SEAPI datado do dia 19 de Junho pode ler-se que “tendo sido solicitada a competente informação à Administração Central do Sistema de Saúde, IP, sobre os valores em dívida ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (ACSS), IP., nos foi transmitido que, em 31.12.2011, ao então Instituto Português do Sangue, I.P., se encontra dívida da parte dos serviços hospitalares públicos, o valor de 45.635.600€” e continua: “Mais nos foi informado de que, a ACSS, IP não dispõe de informação sobre os valores em dívida àquele instituto por parte dos serviços hospitalares privados”.
Será que o montante desta dívida está relacionado com o corte brutal nos subsídios neste ano às associações dadores de sangue? Tudo indica que sim, mas, que culpa temos nós? Cumprimos com o nosso dever.
Quanto do CHBV seria bom que limpa-se a sua imagem o mais breve possível, não deixando porém de respeitar a dignidade dos dadores sangue, sempre que estes sejam obrigados a dirigir a este hospital. Afinal, os dadores e as suas associações têm influência na economia do País. O nosso sangue além ser vida, é ouro os números falam por si. Alguém poderá questionar: o que a ADASCA tem a ver com isto? Muito.
Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Aveiro, 02-07-2012
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