sexta, 06 março
2015
A recolha de sangue que estava prevista
para a manhã do próximo sábado, 6 de março, na Glória do Ribatejo, foi
cancelada pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação a menos de 48
horas da sua realização, uma situação que está a provocar o desagrado do Glória
Moto Clube (GMC), que já tinha tudo preparado para que a iniciativa decorresse
como tinha sido anunciado.
Segundo Pedro Barros, a direção do GMC
foi avisada na quinta-feira, dia 5, pelas 17 horas, via telefone, por um
responsável do Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa.
"A justificação que deram foi que
não tinham pessoal para vir efetuar a recolha, mas nós achamos que isto não faz
sentido", disse à Rede Regional Pedro Barros, explicando que o GMC já
tinha a sede da Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo requisitada e tudo
comprado para o almoço convívio que se seguiria.
O responsável garante que a situação é
totalmente alheia ao GMC e acrescenta mesmo que o grupo, que promove anualmente
duas ações de dádiva, "está a ponderar se vai continuar a realizar este
tipo de iniciativas".
"Numa altura em que se lançam
campanhas a pedir às pessoas para ir dar sangue, dizendo-lhes que há escassez,
acho que se deviam aproveitar todas as recolhas que os grupos de voluntários
querem organizar, por pouco que se consiga", considerou ainda Pedro
Bastos.
Contactado pela Rede Regional, o
Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) explicou que a recolha
na Glória do Ribatejo foi cancelada por questões relacionadas com "o
planeamento e otimização de meios".
"Quando a previsão do número de
dadores é baixa e poderá não justificar a deslocação, as brigadas têm que ser
distribuídas pelos locais onde a recolha será previsivelmente maior",
afirmou fonte do gabinete de comunicação do IPST, acrescentando que foi o que
aconteceu com o caso da Glória do Ribatejo.
"Compreendemos que estas situações
não sejam agradáveis para quem as organiza, mas o IPST não pode deixar de
organizar os seus recursos em função das brigadas disponíveis para as
solicitações que tem", disse ainda a mesma fonte.
Comentários: temos notado que é o próprio
IPST a contribuir para o decréscimo de dadores de sangue, como ainda a destruir
brigadas que vinham funcionando com regularidade.
Em Aveiro, a ADASCA tem desenvolvido uma
acção contínua para realizar brigadas em algumas empresas. Incomodamos os
responsáveis dessas empresas para conseguirmos aquilo que nos propomos, quando
damos por ela, sem que o CST de Coimbra respeite o nosso trabalho, apanham a
porta aberta e entram.
Há quem fale muito em civismo ou na falta
dele. Para o civismo também deve estar presente no respeito pelo trabalho que
os outros desenvolvem, nunca no aproveitamento indevido.
No IPST existem funcionários que já deviam
ter sido postos a andar, mas, não continuam ao seu serviço, destruindo o
trabalho das associações, reporto-me naturalmente à ADASCA e não a outras do
género.
A ADASCA tem sido vítima dessas
investidas mafiosas, depois os dadores são brindados com sorrisos escarninhos,
fingidos, interesseiros. Perguntam: não é tudo para o mesmo? É. Mas, não é tudo
o mesmo nem tudo igual.
A ADASCA está solidária com o que
aconteceu com direção do GMC. Sejam exigentes, não dêem o braço a torcer… que
façam (IPST) mais apelos públicos para as pessoas doarem sangue.
Postado por Joaquim Carlos, Coordenador
do Projecto Imagem e Comunicação
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