3.12.2013

Conceito Social dos Hipócritas


Conceito Social dos Hipócritas

Por Joaquim Carlos (*)
O lado sinistro da hipocrisia é dramático
A hipocrisia é apanágio da simulação denuncia-se pelo vício de carácter que apresenta o indivíduo em afectar a piedade, virtude, nobreza de sentimentos que não possui. O hipócrita concentra na alma a dissimulação, o fingimento, a mentira, enfim todos os elementos que lhe mascaram o carácter. Enganar pela aparência é-lhe a súmula moral: ser e não parecer, o lema da vida.
As condições essenciais da fisionomia moral do hipócrita são a doçura, gentileza, os exageros, a aparência, a timidez, a vaidade e sobretudo o alto senso de enganar, torna-se por isto sempre "um homem vil, tímido e dramático e, no exercício da falsidade, vai-se fazendo sempre mais esperto, mais hábil, porque vive, sempre na falsidade e acaba por não saber distinguir o que na verdade sente e o que finge sentir" (Mantegazza).
Simular, mostra-se-lhe a arma predilecta. Há hipócritas em matéria de sentimentos, de amor, honradez, de política, religião, e intriguistas e jeitosos, captam confiança e simpatia da família, dos amigos, dos asseclas, e passam às vezes a existência inteira a ocultar o carácter caviloso e ladino, propenso ao mal, reduto de egoísmos inconfessáveis e obscuros.



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