Imagens
Tristes do Domingo
O conhecido bairro da misericórdia anexo à antiga reitoria da UA |
Os chafarizes existentes em Aveiro deixaram de ter água corrente, como a imagem demonstra. Ao ponto que se chegou. Com o calor as margens começam a abrir veias, que mais tarde não retém a água. |
Aqui vemos uma árvore centenária no Parque Infante D. Pedro. |
As condições a que se encontram estas piscinas devia envergonhar a todos os que se envolveram na sua destruição. |
Como revela a imagem, andou por lá uma máquina a devastar o mato, que já atingia a altura da vedação. Que cenário tão triste e vergonhoso. |
Há
mais de trinta anos que vivo em Aveiro, cidade que já foi mais linda do que
agora, tudo era mais natural, desde os estabelecimentos comerciais, as relações
humanas eram mais sinceras, cordiais, a honestidade estava sempre em primeiro
lugar.
Naquele
tempo o Centro de Emprego funcionava com umas 5/6 pessoas, no edifício onde
podemos encontrar a Pastelaria Magestik, junto ao Tribunal Judicial de Aveiro.
Aveiro
respirava dinâmica, as ruas viam-se movimentadas, militares a marchar pelas
ruas, entre outras forças vivas, que desapareceram num ápice, quando interesses
políticos e empresariais começaram a falar mais alto.
Aveiro
tinha um Beira-Mar Clube com impacto a nível nacional, os jogos movimentavam
milhares de pessoas para o antigo Estádio, que por sua vez davam vida ao
comércio, ainda que o receio dos estragos se fizessem sentir junto dos
comerciantes e das forças policiais.
Ali
ao lado, funcionavam em pleno as Piscinas do Beira-Mar, tanto de Verão como de
Inverno, tendo sido destruídas a belo prazer sabesse-lá a favor de quem, e que
dificilmente se virá a saber. Curioso, é verificar que foram os próprios
aveirenses que destruíram tudo o que foi construído com financiamentos
públicos, sem que ninguém seja chamado à responsabilidade pelos actos danosos
praticados. Neste País é assim, onde já tudo é possível acontecer, é para isto
que os políticos entre outros indivíduos nos pedem os votos.
As
imagens aqui disponíveis, não levantam dúvidas, podem é motivar alguma
perplexidade. Se não incomodam ninguém, a mim incomodam-me imenso, porque o
dinheiro que foi esbanjado está agora a ser-nos pedido de volta, ainda à quem
tenha o desplante de nos dizer na cara, que andamos anos a viver acima das
nossas possibilidades. Pelos frutos, se deve conhecer os políticos que pugnaram
pela cidade de Aveiro.
Se
Aveiro não existisse a Universidade que hoje tem, o que seria desta cidade? A indústria
na sua maioria até parece que sofreu uma guerra química, só existem paredes ao
alto, e no seu interior máquinas ou ferro velho que já nem para reciclar serve.
A
maior industria que hoje existe em Aveiro, por estranho que possa parecer, é o
Centro de Emprego na zona do Cais da Fonte Nova, para onde se dirigem todos os
dias milhares de pessoas sem esperança alguma em vir encontrar trabalho.
Ali
nota-se e respira-se a desesperança de centenas de jovens recém formados na UA,
como ainda dos diversos Institutos Superiores, vendo-se na iminência de terem
que sair do País onde nasceram, cresceram, estudaram, mas, não lhes é dada
oportunidade para recompensarem o investimento que foi feito na sua formação
através das bolsas de estudo.
Na
qualidade de pai de dois alunos frequentadores daquela Universidade, nas
condições citadas, sinto-me incomodado com tudo o que tem vindo a acontecer.
*Postado
por Joaquim Carlos, Coordenador do Projecto Imagem e Comunicação. As
imagens serem usadas na condição de que seja feita referência da sua fonte de
origem.
Curioso, ninguém comenta, nem que sejam asneiras... estão todos de acordo com este cenário.
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