8.09.2015

Ria de Aveiro I

Ria de Aveiro I


I
Na ria de Aveiro
Quero um pequenino
Barco moliceiro:
Também sou menino.

II
Na ria de Aveiro
Podeis vir comigo:
Barco moliceiro
Nunca tem perigo.

III
Nunca se naufraga
Na ria inocente:
Do embalo da vaga
Vêm braços à gente.

IV
Quer vão ao moliço,
Quer soltem as rédeas
O mar é submisso
Aos barcos que vedes.

V
Brancas, amarelas,
Na ria de Aveiro
Se espelham as velas,
Brinquedo caseiro.

VI
Também sou menino,
Ó moças de Aveiro,
Dai-me um pequenino
Barco moliceiro.

Ribeiro Couto
Fonte: Entre Mar e Rio

Comentários: Naturalmente que, estas quadras estão deslocadas no tempo porque a realidade do presente é diferente daquele que foram escritas.
O movimento dos moliceiros esta manhã era impressionante, despertando a atenção não só dos turistas, como de outras pessoas que passeavam junto ao muro da ria, procurando registar a melhor imagem possível, quiçá para mais tarde se recordarem dos momentos que vivenciaram neste linda cidade de Aveiro.

Postado por Joaquim Carlos, Coordenador do Projecto Imagem e Comunicação, podendo as imagens ser usadas na condição de que seja feita citação da fonte.

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